tag:blogger.com,1999:blog-282270222024-03-28T05:58:12.152+00:00SAHARATTQUANDO EU DESERTO. -
WHEN I GO TO SAHARA. -
QUAND JE VAIS POUR LE SAHARA.António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-18343918184704237372010-01-11T12:35:00.005+00:002010-08-17T18:12:21.507+01:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjao05MFaXTIkPmIsA7B6xzhv9Wl1MGx3Xpa0bWACozrAMyBB5FUKLVRkCwmD6aU0-cK0yH4CqricKl_l_lw-LI0RVHB3k5NKASbKQtmeEtOhvlpTIPLZ9ysO_UaBGopuYkfgcfiw/s1600-h/1ideias+nomadas+jpeg.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 458px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5426293374607123186" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjao05MFaXTIkPmIsA7B6xzhv9Wl1MGx3Xpa0bWACozrAMyBB5FUKLVRkCwmD6aU0-cK0yH4CqricKl_l_lw-LI0RVHB3k5NKASbKQtmeEtOhvlpTIPLZ9ysO_UaBGopuYkfgcfiw/s320/1ideias+nomadas+jpeg.jpg" /></a><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-2011496276056208042009-09-27T12:45:00.014+01:002010-08-17T18:52:34.925+01:00Islandia-Iceland<div align="left"><strong><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><a name="OLE_LINK1">ISLANDIA OU ICELAND</span></strong></a><br />( falta terminar e colocar fotos)<br /><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">A Islândia</span></strong> é um país circunscrito sobretudo a uma ilha localizada no Norte da Europa.<br /><br />Situa-se a uma dezena de quilómetros do Círculo Polar Árctico, a trezentos e sessenta quilómetros a leste da Gronelândia, a oitocentos quilómetros a Norte da Escócia e a mil quilómetros a Oeste da Noruega. <img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5426305432796473602" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjANbbEd3rESCqsYy9JzrI8OHpK8Pz3UCDDiUcOZ36mK6gZxbhTJfAJWHpCaUBkwHuquiF9Tmspfl-ir5j99yGHsKa7WrYBJHZthxBdYXxTOa5PNZQ23zPK86MnMoredwJPPV07lQ/s320/_DSC7563.jpg" /><br /><br />É um pouco maior do que Portugal, tem cerca de cem mil quilómetros quadrados.<br /><br /><span style="color:#cc6600;">É o país do mundo geologicamente de origem mais recente</span>, de génese vulcânica e que ainda hoje em dia vai aumentando a sua superfície, devido a contínuas erupções vulcânicas, algumas delas muito recentes.<br />É disso exemplo o acontecimento que se passou em 1963, em que a lava brotada por uma dessas erupções levou à formação de uma nova ilha, a Ilha Surttsey.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Atrevo-me a dizer que a Islândia é o ultimo território virgem da Europa</span></strong>.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBOJYWql0oj6eHtE2ZT7vdtVI3WMjpDyErIQ4Xdq54ZuzPqhV7QKheI5IlIQHntVoiBKg33y7n79Uux_v3Rq4BeOjOwx1CrIUFR306ONI3hiUQiDKMKQeez69kKAsnOPxfy798KA/s1600-h/_DSC8931.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 216px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386190666713123090" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBOJYWql0oj6eHtE2ZT7vdtVI3WMjpDyErIQ4Xdq54ZuzPqhV7QKheI5IlIQHntVoiBKg33y7n79Uux_v3Rq4BeOjOwx1CrIUFR306ONI3hiUQiDKMKQeez69kKAsnOPxfy798KA/s320/_DSC8931.jpg" /></a><br /><br /></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div align="left"><br /><br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">A interacção do fogo com o gelo, com a água e com o vento, fizeram dela um dos territórios mais incríveis e espectaculares deste planeta.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg47T9tja9StEaMsXbuz3dkMkmE9zJQPfIZAkOWA610uZKdvilBue_O74Zy25-RmG5-bO1wvbYXHHrZHiKDrkY370QjrK6XdT6BnJB2-3IN9cO57XeSXpaYTRi1hNjGoTSzYONRMw/s1600-h/_DSC8968.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386188617094350594" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg47T9tja9StEaMsXbuz3dkMkmE9zJQPfIZAkOWA610uZKdvilBue_O74Zy25-RmG5-bO1wvbYXHHrZHiKDrkY370QjrK6XdT6BnJB2-3IN9cO57XeSXpaYTRi1hNjGoTSzYONRMw/s320/_DSC8968.jpg" /></a></span></strong><br /><br /><br /><br />No meio desta ilha passa a fractura atlântica que separa a placa euroasiática da americana e que, anualmente, aumenta dois centímetros e meio. sendo em Thigvellir o local onde esse afastamento tectónico é mais visível.<br />Fazendo contas a esta separação poder-se-á prever daqui a alguns milénios a formação de duas Islândias. <br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;"></span></strong></div><div align="left"><strong><span style="color:#cc6600;">Iceland, a terra do gelo</span></strong>, é para os islandeses um nome depreciativo pois acham-se com um <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9xCQ5CUIH_AUKVMo8wMZXJEdL7OClzNJUtbxLpQpexNIgq8DoMYH0dX_mddfIITuy1uVHAZsHIJ07wgJ7Let3sRiVhsw82SGWmIK1pBbrkYtC52Gemoo6uDQlmwKAyJ3fM6nCTw/s1600-h/_DSC8846.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 216px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386187401652714578" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9xCQ5CUIH_AUKVMo8wMZXJEdL7OClzNJUtbxLpQpexNIgq8DoMYH0dX_mddfIITuy1uVHAZsHIJ07wgJ7Let3sRiVhsw82SGWmIK1pBbrkYtC52Gemoo6uDQlmwKAyJ3fM6nCTw/s320/_DSC8846.jpg" /></a>clima temperado graças ao facto do seu país ser circundado pela corrente quente do golfo.<br />Na realidade, as temperaturas mínimas no verão são sempre superiores a zero graus centígrados e as temperaturas máximas de catorze graus e, se não houver vento, é agradável passear naquela ilha.<br /><br />Era meu desejo há cerca de vinte anos visitar a Islândia, mas só este ano comecei os preparativos para esta viagem. O meu procedimento para o preparo de toda e qualquer viagem é, em primeiro lugar, a compra de um livro turístico, que me indique os lugares mais interessantes a visitar. Para surpresa minha, em Portugal não existe nenhum livro, em qualquer língua, sobre este tema e então, claro, recorri à internet para a recolha de dados.<br /><br />Devido ao facto de se tratar de um país bastante isolado, com usos e costumes próprios e com grande parte do território desabitado, resolvi telefonar a um português que lá viveu, para obter informações mais precisas.<br />Ao falar com ele sobre várias coisas, entre elas o <strong><span style="color:#cc6600;">clima</span></strong>, diz-me o seguinte:<br />- <strong>Não vale a pena levar guarda-chuva</strong>.<br />Respondo eu, contente, pois uma das coisas que temia era a chuva.<br />- <strong>Então isso é bom sinal, é porque não chove em Agosto</strong>.<br />Resposta:<br />-Não, chove sempre. Mas quando chove, <strong>o vento é de tal ordem que é impossível abri-lo.<br /></strong>Pensei então, ‘mas onde me vou eu meter, eu que gosto tanto de Sol’.<br /><br />Sobre a <strong><span style="color:#cc6600;">alimentação</span></strong>, diz-me ele:<br />- Leve sempre comida, porque quando lhe dá a fome pode não ter onde comer.<br />Constatei durante a minha estadia que, ou se come fast food (hambúrgueres, pizas, salsichas, etc.) ou os restaurantes normais são do tipo gourmet, apresentando os pratos bem ornamentados mas apenas com um ilhéu de comida no centro, optimamente confeccionados, saborosos, mas caros.<br />Uma sopa custa cinco euros, mas um prato de lagosta custa trinta e cinco, por isso mais vale comer marisco.<br /><br />Há cerca de vinte anos, num congresso de medicina desportiva onde participei, encontrei um colega que tinha como hobby fotografar e escrever artigos para uma revista de viagens turísticas, e que tinha acabado de visitar a Islândia.<br />Descreveu-me as belezas da ilha e concluiu dizendo-me ser <strong><span style="color:#cc6600;">um destino a não perder</span></strong>.<br /><br />A altura do ano em que o país é talvez mais bonito é Junho por haver ainda bastante neve, por não haver quase noite, mas existe o inconveniente de algumas das pistas ainda não estarem abertas ao trânsito e do degelo tornar a travessia dos rios difícil e, nalguns casos, impossível.<br />Julho é o mês em que menos chove e a época preferida para férias pelos islandeses.<br />Em Agosto as temperaturas ainda são boas, com os rios com menor caudal.<br /><br />Tentei levar o meu jipe, embarcando para lá em ferry da Escócia mas, para azar meu, devido à crise, este ano ferry só da Noruega e para tal destino a distância aumenta, e ainda por cima obriga a uma maior travessia de barco de dois dias de duração.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs5VShznPMdsOcMLHNSaBWDHPU9XgzkZKDQ8Hizg9E0rXml38v0y_6m8YQAfibKpl-gPa5q1XthiS1bHHcXL81qQE1ootg-IoJqBrQybQKXBJ1sqejhY8U-hMgnXGrJ7fSEa6WLA/s1600-h/_DSC8837.jpg"></a><br />Pensei então em ir de avião e alugar um jipe, mas aí tive um outro dissabor. O custo do aluguer de um jipe é mais do dobro do de um automóvel e causava ainda mais um outro problema.<br />De jipe e sozinho por aquelas pistas, podia acontecer que, arriscando em algumas passagens, o que já não faria de carro, por lá ficasse enterrado e depois... quem é que de lá me tirava?<br /><br /><span style="color:#cc6600;">Mesmo assim informei-me de quais as pistas mais interessantes e tracei nelas o meu itinerário.<br /></span><br />Acabei por decidir alugar um automóvel com tracção às quatro rodas, <strong><span style="color:#cc6600;">lembrando-me dos velhos tempos, em que de Renault 4 L corria todo o Alentejo</span></strong>, no Inverno, à procura dos pombos e em que nunca precisei de nenhum tractor para me desatascar.<br />Mas que me atasquei, atasquei, mas só naquele tal barro, em que mesmo a andar a pé, os pés teimam em lá ficarem e que, ao saírem, trazem agarrados à botinha de borracha dois quilos de massa vermelha e em que, por vezes, acontece o pé de lá escapar deixando atrás e enterrada a bota que o protegia. De tal situação por vezes resulta desequilíbrio, o que leva por acabar por meter o pé, apenas com a meínha, no próprio barro viscoso e ensopado e quando o pezinho molhado e enlameado volta à bota, após uma manobra de limparmos a meia, da única maneira possível, com a mão, pois se não o fizermos o pé não cabe na bota, sentimos posteriormente ao andar, como se uma almofada de gel estivesse no seu interior e a mãozinha limpadora, ainda que muito sacudida, fica sempre com o barro agarrado, acabando por resultar, passado pouco tempo, haver barro em toda a roupa e até na própria face.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Desculpem este desvario</span></strong>, pois é sobre a Islândia que pretendo escrever.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Na Islândia</span></strong> ,quase todas as pistas que fiz estavam em óptimo estado e em muitas delas cheguei a andar a velocidades elevadas, o que não se deve fazer, tal como não se deve ir para tais pistas sem ser em jipe, até porque é proibido e explicado na Rent a car, com a indicação de que naquelas pistas o seguro não abrange qualquer estrago.<br />Felizmente para mim nada me aconteceu e fiz naquela ilha, em oito dias, apenas quatro mil e quinhentos quilómetros e só o vento conseguiu danificar o meu carro como à frente vos vou contar, no relato das minhas habituas desventuras.<br />Ah, é verdade tive um furo cuja reparação custou trinta e cinco euros, o preço de quase um pneu novo em Portugal, mas o pneu foi muito bem arranjado. Primeiro foi ao jacto de água, tal a quantidade de areia preta de origem vulcânica que estava agarrada àquela jante, o pneu foi todo desmontado, limpo por dentro e levou um remendo no interior, na própria lona, mas garanto-vos que a pedrinha que o provocou não teve tempo para fazer grande estrago.<br /><br />Vou tentar descrever-vos esta ilha, de uma forma simplista:<br /><br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Descrição da Islândia</span></strong><br /><br />Toda a ilha é rodeada por uma planície com apenas cerca de cinco a dez quilómetros de largura ao longo do mar, de um verde lindo devido à tundra de líquenes que a cobre.<br /><br />É limitada exteriormente pelo mar com uma costa de inúmeros pedregulhos, cabos e algumas praias de areia preta.<br /><br />A planície tem, no seu limite interior, montes que se elevam abruptamente, também eles essencialmente verdes, mas que em muitas zonas são policromáticos.<br /><br />Esta planície torna-se muito mais larga no Sul, devido à erosão dos glaciares no seu lento trajecto para o mar e onde o verde dá lugar a um amarelo dourado. A planície descrita, desaparece a Oeste e Leste sendo ocupada por inúmeros fiordes que na zona Oeste parecem promontórios, tal a altura que atingem.<br /><br />A estrada principal que rodeia toda a ilha, a N 1 situa-se quase toda nesta planície.<br />É uma estrada asfaltada, com um bom piso, mas mesmo ela, no Norte, transforma-se em algumas zonas em incríveis estradões de terra batida. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5U8nffx7P5Pjw-m9V59LRwGL7ISh1Mell1b-bjwANsM7GwQL9VV1KvZNVgSpVJrupLefEU1_Vg2MsBMgIxW0EW1y96W5I-VB9yao9qYEkPAxjKUj8-sZpadwCGDTKr8anETyaUg/s1600-h/_DSC8900.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386191955255032274" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5U8nffx7P5Pjw-m9V59LRwGL7ISh1Mell1b-bjwANsM7GwQL9VV1KvZNVgSpVJrupLefEU1_Vg2MsBMgIxW0EW1y96W5I-VB9yao9qYEkPAxjKUj8-sZpadwCGDTKr8anETyaUg/s320/_DSC8900.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /></div><div align="left"><div align="left">O termo, terra batida, é o hábito de como se denomina uma estrada não asfaltada mas que, na realidade, não se pode aplicar à Islândia. Atrevo-me a dizer que<strong><span style="color:#cc6600;"> nesta ilha não há terra</span></strong>, tal como não há lama.<br />O solo é constituído por areia cinzenta ou preta e talvez cinzas vulcânicas.<br /><br />O <span style="color:#cc6600;">interior da ilha</span> é um deserto de aspecto lunar, num planalto com cerca de seiscentos metros de altitude com inúmeros montes e mais de duzentos vulcões, com o Hekla e o Katla ainda perigosamente activos.<br /><br />Existem inúmeras <span style="color:#cc6600;">quedas de água,</span> cuja maioria nem denominação tem, sendo uma delas, a Dettifoss, a maior da Europa.<br /><br />Existem ainda numerosos e maravilhosos <span style="color:#cc6600;">canyons</span> e é do final de um deles, o de ……. , que vos mostro as fotografias que se seguem.<br /><br /><br /><span style="color:#cc6600;">Áreas geotérmicas</span><br /><div><div><div align="left">com fumarolas, nascentes de onde borbulha água quente, <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidfV7R1X1C1aCZSTZzFVWt3CTNvTuEAErYiUxmfmwnkH3HrT5DOBccWDl-B4Jl44CMCTKwo9dQhhh4DI7qFQmRCH9u-ntV0HcHUfPJjgTrTyvgcKpiOeBsllUGBJdRpJv54sgTKA/s1600-h/_DSC7369.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5426302528077073746" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidfV7R1X1C1aCZSTZzFVWt3CTNvTuEAErYiUxmfmwnkH3HrT5DOBccWDl-B4Jl44CMCTKwo9dQhhh4DI7qFQmRCH9u-ntV0HcHUfPJjgTrTyvgcKpiOeBsllUGBJdRpJv54sgTKA/s320/_DSC7369.jpg" /></a>lagoas de águas leitosas e sulfurosas, barulhos que vêm das entranhas de magma e um lindo gueyser, o Strokkur, que lança em cada três minutos um jacto de água quente com vinte metros de altura.<br />Campos de lava, inúmeros fiordes e largos areais negros e dourados.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3hHWDzgipLarKXaA75GnCObvAEwc5WM98y0CxkhH8oBky1A3n2gKVIy9rOn3rfus92ze9861vKyBRBrDugL0fk1B8iii6AiQuIkW5ECbJFKM77GdCCL83_twg_uCwjjC8Foc2Eg/s1600-h/_DSC8333_1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 214px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5426308759017268450" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3hHWDzgipLarKXaA75GnCObvAEwc5WM98y0CxkhH8oBky1A3n2gKVIy9rOn3rfus92ze9861vKyBRBrDugL0fk1B8iii6AiQuIkW5ECbJFKM77GdCCL83_twg_uCwjjC8Foc2Eg/s320/_DSC8333_1.jpg" /></a><br /></div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPW0slokKsiyPIulSo1i-HURZQrFSYY-cw67LwnFldkYmmNE6kR-UU_hyw8TlVasj4ByHj6QN7e_fUlG8BpIno4VfZ-88dz8ZrieG4uliKcNN6COSSBYy5Rs7Pt5TC6eo5ynmgCA/s1600-h/_DSC8341.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5426307620789974770" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPW0slokKsiyPIulSo1i-HURZQrFSYY-cw67LwnFldkYmmNE6kR-UU_hyw8TlVasj4ByHj6QN7e_fUlG8BpIno4VfZ-88dz8ZrieG4uliKcNN6COSSBYy5Rs7Pt5TC6eo5ynmgCA/s320/_DSC8341.jpg" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivYORpxGdabMlyaAsq6kV_KzRex30JVbOfsoi9BJnigjW7lRL_I8W-O0z00YnnnFAFR4LKIPMCWk7yjq1unc8aN_lhmexQ9KTXSUEzE4pcZbhCQP921T30ocGR3Ss5Iuc8I3YMsA/s1600-h/_DSC7329_2.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 214px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5426294981885896338" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivYORpxGdabMlyaAsq6kV_KzRex30JVbOfsoi9BJnigjW7lRL_I8W-O0z00YnnnFAFR4LKIPMCWk7yjq1unc8aN_lhmexQ9KTXSUEzE4pcZbhCQP921T30ocGR3Ss5Iuc8I3YMsA/s320/_DSC7329_2.jpg" /></a><br />Em suma, <strong><span style="color:#cc6600;">Deus foi perfeito ao aliar neste território uma panóplia de maravilhas naturais a que<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdnTz66Us1mBiyyRuChkNTW3W0lzcshdlVLBDwS0yn-uw_k5Tlxaa68-DCxZ0Az0UCWGbMJUBT_SdWGN2vkG37SUdZHBrR7Q5oHuDAaPaG8ygOfbSSPoqwks0-oECqpjVnw0d6iA/s1600-h/_DSC7364.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 213px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5426295900129663410" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdnTz66Us1mBiyyRuChkNTW3W0lzcshdlVLBDwS0yn-uw_k5Tlxaa68-DCxZ0Az0UCWGbMJUBT_SdWGN2vkG37SUdZHBrR7Q5oHuDAaPaG8ygOfbSSPoqwks0-oECqpjVnw0d6iA/s320/_DSC7364.jpg" /></a> juntou um povo consciente, que se aproveita dos recursos do país sem o destruir</span></strong>.<br /><br />Existe uma responsabilização colectiva, de há muitos anos para cá, de manterem intacto este reduto europeu, ao que não será estranha uma educação pública, que tem como raíz o parlamento mais antigo do mundo, Althing, que instituiu na Islândia <strong><span style="color:#cc6600;">a democracia mais antiga do mundo.<br /></span></strong><br /><br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">O INTERIOR DA ILHA<br />OUTRO PARAÍSO PARA A PRÁTICA DO TODO O TERRENO<br /></span></strong><br />No interior da ilha existe apenas uma estrada principal de costa a costa, que liga o Norte ao Sul e que, na zona mais afastada das costas, passa entre dois glaciares. Só a percorri em alguns quilómetros no Sul e palpita-me que não seja em grande parte asfaltada.<br /><br />Todo o restante interior da ilha é atravessado por inúmeras pistas, que têm de transpor incontáveis rios, passando neles pelo próprio leito, pois existem poucas pontes.<br /><br />O governo Islandês é cuidadoso na manutenção destas pistas, parecendo que na véspera passou por ali uma máquina a alisá-las, cuidado esse que vai ao extremo de, nas lombas, as pistas serem construídas por duas vias, para evitarem choques frontais.<br /><br /><div align="left">Quando conduzimos nelas o seu piso faz-nos pensar que conduzimos o carro de rali que abre o troço, tal o aspecto que apresentam. Na maioria das que percorri não havia buracos.<br /><br />Em quase toda a ilha a paisagem é de incrível beleza, <span style="color:#cc6600;">lembrando os Açores, mas mais montanhosa</span>, ou <span style="color:#cc6600;">os Alpes, mas aqui ainda com uma maior beleza, por a montanha ladear o mar</span>.<br /><br />O céu quando está azul tem sempre imensas nuvens brancas ou escuras com tonalidades diferentes o que dá um aspecto ainda mais fotogénico a uma paisagem, já por si só, espectacularmente cénica.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">O mar azul, o verde da planície, o policromático das montanhas, os abundantes lagos com costas pedregosas espectaculares, dão uma beleza incrível a todo este conjunto ao qual se juntam os glaciares, dando-nos uma sensação de assombro ao verificar na progressão da estrada que o quadro muda, mas que a beleza pitoresca se mantém.<br /></span></strong><br />Descobri nesta ilha algo que desconhecia totalmente: <strong><span style="color:#cc6600;">a incrível beleza dos glaciares. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN_T0xMtk13yO_cX8X_IS4SvSTRTEaUp_J6h66lboSP5d9ddd69UX5hsf3KdX9k8GlJ4ecx1ng-b7NSlAZNnYqpmXH-NjdZqNqS9aXqBeXOEghmKEn19ErSL0dvC7xZGldxXskTQ/s1600-h/_DSC8841.jpg"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN_T0xMtk13yO_cX8X_IS4SvSTRTEaUp_J6h66lboSP5d9ddd69UX5hsf3KdX9k8GlJ4ecx1ng-b7NSlAZNnYqpmXH-NjdZqNqS9aXqBeXOEghmKEn19ErSL0dvC7xZGldxXskTQ/s1600-h/_DSC8841.jpg"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN_T0xMtk13yO_cX8X_IS4SvSTRTEaUp_J6h66lboSP5d9ddd69UX5hsf3KdX9k8GlJ4ecx1ng-b7NSlAZNnYqpmXH-NjdZqNqS9aXqBeXOEghmKEn19ErSL0dvC7xZGldxXskTQ/s1600-h/_DSC8841.jpg"></a><br /></span></strong><br />Já tinha visto e até esquiado sobre glaciares, mas como os vi sempre cobertos por neve e em alta montanha, foi com pasmo que vi pela primeira vez um glaciar a desaguar no mar.<br /><br />Na Islândia existe o maior glaciar da Europa, o <span style="color:#cc6600;">Vatnajokull,</span> com oito mil e trezentos quilómetros quadrados e mil metros de profundidade, e que possui um vulcão activo no seu leito, cujo calor que emana altera constantemente a forma deste glaciar que desagua num lago junto ao mar e onde pela primeira vez vi, ao vivo, icebergues.<br /><br />A sensação que tive ao olhar para este enorme glaciar e para o lago com inúmeros pequenos icebergues é indescritível, e tive-a poucas vezes na minha, já bem vivida, vida.<br /><br />Lembro-me de a ter tido pela primeira vez quando também pela primeira vez vi a Torre Eiffell, tive-a na praça do Vaticano ao visitar a Catedral de S. Pedro e, principalmente, a Capela Sistina, no Louvre especialmente ao observar arte egípcia e os quadros de Leonardo da Vinci, tive-a sempre que vi esculturas de Miguel Ângelo, também a senti ao ver pela primeira vez Manhattan e passear no seu interior, e tive-a também ao ver, e pela primeira vez, no deserto do Sahara, um cordão dunar, os pequenos ErgChebi e ErgChegaga ……..Senti o mesmo quando na Mauritânia alcancei e atravessei no Sahara o deserto de Macter …. E ainda na Mauritânia quando estive e dormi mesmo no centro do Sol de África…Senti a mesma admiração no Cabo Canaveral, em Yellowstone e no Grande Canyon.<br />Na China, em Pequim no Palácio do Imperador, na Grande Muralha e no rio Guillin….de cujas fotos tantos bons calendários foram embelezados.<br /><br />Sinto, nessas alturas, que estou a contemplar algo que me demorou muito tempo a conseguir alcançar e que tanto e tanto admirei e desejei avistar.<br />Algo muito forte que muito prezei em criança, pensando na altura, que possibilidades viria a ter para alcançar tais paragens.<br />É uma sensação incomparável de estar a olhar para algo supremo, o que me faz experimentar uma admiração máxima.<br />É um sentimento estranho que me faz desejar permanecer ali o maior tempo possível.<br /><strong><span style="color:#cc6600;"></span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Sinto-me pequenino perante tanta beleza ou tanta grandeza ou tanto simbolismo.<br /></div></span></strong><br /><div align="left">Em suma, é uma sensação que tem algo de ilógico, mas são sentimentos em mim tão intensos, que o que está descrito em cima não o consegue exprimir.<br />São conjunturas em que atinjo a máxima infantil felicidade, onde penso sempre como é bom estar vivo e poder desfrutar de tal quimera e onde misturo Deus e Natureza, pois sinto a necessidade de agradecer por estas maravilhas existirem e eu as poder presenciar.<br /><br /><span style="color:#cc6600;">A Islândia</span> é habitada por milhões de aves marinhas, ovelhas, cavalos e algumas vacas, espécies mais abundantes do que islandeses, que são apenas trezentos mil.<br />Arrisco-me a dizer, pensando ter a certeza, de que há muitos mais cavalos do que cavaleiros e de ter a certeza ao afirmar que há muitas mais ovelhas do que islandeses.<br /><br /><span style="color:#cc6600;"><strong>Cavalos</strong></span><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN_T0xMtk13yO_cX8X_IS4SvSTRTEaUp_J6h66lboSP5d9ddd69UX5hsf3KdX9k8GlJ4ecx1ng-b7NSlAZNnYqpmXH-NjdZqNqS9aXqBeXOEghmKEn19ErSL0dvC7xZGldxXskTQ/s1600-h/_DSC8841.jpg"></a><br />Quanto aos cavalos, bem: <span style="color:#cc6600;">nos islandeses conheço duas particularidades</span>.<br /></div><br /><br /><div align="left">Uma a de pensarem que o nome do país Iceland é incorrecto e a outra a de considerarem que têm cavalos. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU5VSafw7f4WK1iW7IfGbs3kWUT9QqrTVePEJx9n6sAmYxlQpdWm0CMbgHtqDPKY06AlL5reVW3QkaUJa1s6YOu8lc1_WiStECu7U4a4TzlV2zCpIUnjIwdzEhUbmbUtsQQuy-8g/s1600-h/_DSC8837.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 214px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386194923661133906" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU5VSafw7f4WK1iW7IfGbs3kWUT9QqrTVePEJx9n6sAmYxlQpdWm0CMbgHtqDPKY06AlL5reVW3QkaUJa1s6YOu8lc1_WiStECu7U4a4TzlV2zCpIUnjIwdzEhUbmbUtsQQuy-8g/s320/_DSC8837.jpg" /></a><br /></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div align="left">Existe de facto uma raça própria de equídeos na Islândia, mas que devido às suas características, entre as quais terem apenas entre 132 a 142cm de altura, são na realidade póneis e não cavalos.<br />Mas com isto não estou a desprestigiar aqueles bichos que, por serem particularmente lindos, fizeram com que eu acabe por, em seguida, escrever sobre eles.<br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN_T0xMtk13yO_cX8X_IS4SvSTRTEaUp_J6h66lboSP5d9ddd69UX5hsf3KdX9k8GlJ4ecx1ng-b7NSlAZNnYqpmXH-NjdZqNqS9aXqBeXOEghmKEn19ErSL0dvC7xZGldxXskTQ/s1600-h/_DSC8841.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386186433687990642" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN_T0xMtk13yO_cX8X_IS4SvSTRTEaUp_J6h66lboSP5d9ddd69UX5hsf3KdX9k8GlJ4ecx1ng-b7NSlAZNnYqpmXH-NjdZqNqS9aXqBeXOEghmKEn19ErSL0dvC7xZGldxXskTQ/s320/_DSC8841.jpg" /></a><br /><br /><div align="left">Estes póneis existem na Islândia há mais de mil anos, aplicando-se desde essa altura sobre eles, uma das mais antigas leis, do também muito antigo parlamento Islandês, lei essa que proíbe o cruzamento dos póneis com outras raças equinas.<br />Dessa lei, já com séculos de duração, resultou um apuramento da linhagem, apresentando os póneis uma cabeça bem proporcionada com perfil em linha recta com testa larga. Pescoço musculoso, curto, volumoso e bastante largo na base. Traseira longa. Garupa larga. Pernas fortes e curtas.<br />Possuem uma pelagem dupla de cores variadas para se protegerem do frio.<br />Há mais de cem nomes para os diferentes padrões de cor.<br />Possuem uma crina enorme, por vezes de cor diferente da do restante pêlo e um rabo volumoso, composto por pêlos muito compridos.<br />O seu número é de oitenta mil na Islândia e de cem mil espalhados pelo mundo.<br /><br /><span style="color:#cc6600;">Os islandeses</span> falam uma língua arcaica muito próxima da dos Vikings, uma espécie de latim escandinavo que pouco evoluiu no tempo.<br />São bastante religiosos, ao que não será estranho o isolamento e o lidar com o poder dos meios naturais no meio bastante adverso em que estão inseridos, mas esta religiosidade luterana não fez apagar as crenças pagãs, contadas nas Sagas, com histórias de fantasmas, duendes, fadas e gnomos, respeitadas pelo povo que, conta-se, chegou a modificar construções e traçados de estradas, para não irritar algumas destas criaturas rancorosas, prontas para provocarem a desgraça.<br />A própria moralidade católica não é cumprida nos casamentos, pois um terço das crianças nasce de mães muito jovens e solteiras, sem que isso perturbe as suas famílias.<br /><br />Sessenta por cento dos islandeses vivem na capital e seus arredores, o que leva a que o interior da Islândia, montanhoso, seja desértico, acontecendo o mesmo com muitas zonas do litoral tal como nos Fiordes do Oeste.<br /><br /></div><div align="left"><div align="center"><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>Primeira estória</strong></span></div><div align="center"> </div><div align="center">É nos Fiordes do Oeste que começa a minha estória que vos vai mostrar aquilo que todos sabemos e, por vezes, esquecemos e que demonstra que <strong><span style="color:#cc6600;">muito dos assuntos que se lêem na internet não são precisos, que são muitas vezes errados </span></strong>e que neste meu caso foram enganadores.<br />Depois de muito procurar na internet mapas que me orientassem para a minha viagem, resolvi escolher o que me pareceu melhor.<br />Na programação do meu percurso estava uma visita de barco em Stykkisholmur no norte da península de…… às ilhas …….. , apanhando depois um ferry que me levaria a Brjánslaekur no sul dos Fiordes do Oeste.<br />Apesar de ter ido para a estrada de madrugada, verifiquei com o passear na península, que não conseguiria chegar a horas ao primeiro barco.<br />Nunca pensei foi não conseguir chegar a tempo do segundo. </div><div align="left"><p align="left"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5U8nffx7P5Pjw-m9V59LRwGL7ISh1Mell1b-bjwANsM7GwQL9VV1KvZNVgSpVJrupLefEU1_Vg2MsBMgIxW0EW1y96W5I-VB9yao9qYEkPAxjKUj8-sZpadwCGDTKr8anETyaUg/s1600-h/_DSC8900.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386191955255032274" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5U8nffx7P5Pjw-m9V59LRwGL7ISh1Mell1b-bjwANsM7GwQL9VV1KvZNVgSpVJrupLefEU1_Vg2MsBMgIxW0EW1y96W5I-VB9yao9qYEkPAxjKUj8-sZpadwCGDTKr8anETyaUg/s320/_DSC8900.jpg" /></a></p><br /><p align="left">Mas a minha preocupação não foi grande, pois poderia haver um outro barco que fizesse a travessia do estreito e, caso não houvesse, ao longo da costa e para Norte em direcção aos fiordes havia estrada, estrada essa que não queria percorrer, por aparentemente não ter interesse paisagístico, tendo em conta não ter conseguido ler nada sobre essa zona.<br />Ao chegar lá, soube que só há um Ferry por dia e tive, de imediato, de me pôr à estrada.<br />Foi aqui que<span style="color:#cc6600;"> o mapa tirado da internet me enganou</span>, mostrando-me a existência de uma estrada ao longo da base dos fiordes quando, na realidade, essa estrada contorna pela costa todo o exterior dos múltiplos fiordes, o que na prática significou andar e andar sem qualquer progressão e com a agravante de se tratar de condução em estrada de “terra batida” e ainda com a apreensão do<span style="color:#cc6600;"> ponteiro indicador da gasolina se estar a aproximar perigosamente do zero</span>.<br />Mas uma desgraça não vem só, e assim além do mapa, também<strong><span style="color:#cc6600;"> o Gps me burlou</span></strong>, ao mostrar-me permanentemente nomes, que na estrada alcançava, sem nada haver nesses pontos, só descobrindo, mais tarde, que esses nomes não eram de povoações, mas sim a denominação ou do fiorde ou da do braço de mar.<br /></p></div><br /><div align="left">Com o ponteiro da gasolina a apontar o zero, comecei a andar em quinta velocidade a quarenta quilómetros hora utilizando o acelerador com uma impulsão de meio milímetro ou ainda menos e a desligar o motor em toda e qualquer descida.<br />Desta maneira preparei-me para alcançar a maior distância possível, tendo quase a certeza de que ia pernoitar no carro e na estrada, no frio da noite, habitualmente um grau centígrado.<br />Já tinha então verificado no mapa e no Gps não haver naquela estrada e numa extensão de muitos quilómetros qualquer povoação.<br /><br />Percorri, nestas circunstâncias, cerca de cinquenta quilómetros, conseguindo com aquela forçada condução, que <strong><span style="color:#cc6600;">um Subaru Imprenza batesse um máximo mundial de baixo consumo</span></strong>.<br />De repente, e com alegria, vejo uma placa a indicar Parque de Campismo e como já tinha onde me abrigar, acelerei, quanto mais não fosse para mudar a posição do pé e para alcançar mais rapidamente a “civilização”.<br /><span style="color:#cc6600;">Senti um contentamento enorme ao chegar lá, como se de New York se tratasse.<br /></span>Para minha sorte, o parque de campismo, além de acomodações, tinha pessoas, espécie rara naquela região e, vejam bem, havia ali a tal tão desejada bomba de gasolina.<br />Enchi completamente o depósito e pus-me outra vez à estrada, ciente de que o hotel onde tinha marcação ainda ficava a 180 quilómetros de distância e, claro, que com uma única possível progressão, em estrada de “terra batida”, mas com a vantagem de ter ainda luz do Sol, que só se põe às vinte e duas horas e trinta minutos.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Já agora uma informação</span></strong>: um litro de gasolina custa cerca de um euro e o gasóleo é ligeiramente mais barato (<strong>2009</strong>).<br /><br />No caminho que segui, em algumas (poucas) rectas daquela estrada, agora com gasolina para gastar, <strong><span style="color:#cc6600;">era outro o ponteiro que assustava, o do conta rotações</span></strong>, que tinha a tendência em se aproximar do red line e garanto-vos que um Subaru 4X4 tem uma enorme segurança mesmo em altas velocidades e isto num estradão em óptimo estado, lisinho, duro e sem qualquer buraco.<br />Penso que o motivo do bom estado daqueles estradões e das pistas da Islândia num país em que todos os dias chove, se deve à consistência do piso que é constituído, de areia preta de origem vulcânica, que não empapa com a água. <p align="left"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYDImRW0eoIz-S8Udq-hTYHyeD1z6fyA2RaEZXO0DK4Usmpr8M-vonba0F270UbQHZSG0ktSqRHNRDc9drRwa0zSwXC_52ORxGP5Vt4NC9c9t9A3B0Wu7buwdS0-jnaZiF2nBdZw/s1600-h/_DSC8927_1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386189657083747234" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYDImRW0eoIz-S8Udq-hTYHyeD1z6fyA2RaEZXO0DK4Usmpr8M-vonba0F270UbQHZSG0ktSqRHNRDc9drRwa0zSwXC_52ORxGP5Vt4NC9c9t9A3B0Wu7buwdS0-jnaZiF2nBdZw/s320/_DSC8927_1.jpg" /></a></p><br /><p align="left">Ao fim da maior jornada que fiz naquela ilha, lá consegui chegar ao Hotel programado para jantar e para dormir, jantar esse que, claro, tive de adiar para o dia seguinte, pois nos hotéis as refeições terminam às vinte e uma horas.<br />Se fiquei aflito, não, pois conheço bem aquele ditado antigo, que eu modifiquei de acordo com a minha vivência:<br /></p></div><strong><span style="color:#cc6600;"></span></strong><br /><div align="left"><strong><span style="color:#cc6600;">“Se vais para o mar, para a ilha ou para o deserto, havia-te no Alentejo.”<br /></div></span></strong><br /><div align="left">Claro que na mala do carro tinha uma geleira com super bocks, paio alentejano, chouriço alentejano, presunto alentejano, pão alentejano, queijo alentejano e conservas de peixes, que sei lá se não foram pescados em Sines</div><br /><div align="left"><strong><span style="color:#cc6600;">Segunda Estória<br /></span><span style="color:#cc6600;"><br />Ir à Islândia e ter uma tempestade é muito mais fácil do que ir a Roma e ver o Papa.</span></strong><br /></div><div align="left">Pois e não é qualquer tempestade que pára este parvónio, que com muita chuva e vento forte, no Sul da ilha e com um itinerário com o percurso a passar no promontório de………. de tal não tirou esse propósito, subindo lá acima, tendo para si todo o espaço que ali havia para estacionar o seu carro (porque seria?).<br />Como chovia em abundância agarrei com a mão direita a parka que me preparei para vestir fora do carro e coloquei a mão esquerda no fecho da porta do Subaru para a abrir e – surpresa - a porta abriu-se com uma rapidez, força e impulso tal, como se outro carro nela tivesse batido e ao mesmo tempo com um estrondo enorme, como se arrastasse para a frente a própria carroçaria. </div><br /><div align="left">Sem ainda ter tido tempo para pensar no que estava a acontecer, senti que a porta me tentava também impelir por a minha mão esquerda, que segurava o fecho da porta, ter tido, por breves instantes, a veleidade de a tentar segurar.<br />A porta saltou-me da mão e agora era dentro do carro, que tudo o que estava solto mexia.<br />O vento tinha feito aquele estrago e agora fazia voar do carro o mapa e o papel onde eu tinha escrito todo o itinerário.<br /></div><br /><div align="left">Saí do carro para tentar recuperá-los, tarefa totalmente impossível tal a velocidade que levavam.<br />Mas agora já outra coisa ainda mais importante voava, os meus óculos graduados que o vento me arrancou da cara e que seguiram em voo o trajecto dos papéis.<br /></div><br /><div align="left">Eu não acreditava no que me estava a acontecer pois, enquanto no interior do carro, nem pela mente me passou a intensidade daquele vento.<br /></div><br /><div align="left">Ia ficar sem a descrição do itinerário, sem mapa e sem os óculos.<br /></div><div align="left">Os óculos, após cinquenta metros de voo, deviam ter ficado com as lentes paralelas ao vento e aterraram roçando as inúmeras pedras do chão e, de tudo o que o vento levou, os óculos foram a única coisa que consegui recuperar e, claro está, com as lentes bastante riscadas.<br />Voltei ao carro para pôr os óculos no seu interior e agarrei na parka para vestir, pois chovia e estava bastante frio.<br />Mas tive de imediato de desistir de tal intento, pois o vento ao bater no casaco estava a transformá-lo em para-pente e, caso não desistisse de o vestir, as probabilidades de seguir os papéis para o abismo, que tinha no fundo o mar, estavam a tornar-se bastante sérias.<br />Meti-me no carro e fugi dali, verificando posteriormente que, na porta do carro, se tinha partido o batente que a segurava à carroçaria, o que fez com que chocasse com o guarda lamas, empenando-o e deixando na porta a marca do embate.<br /></div><br /><div align="left"><span style="color:#cc6600;">Descobri então os meus dotes de bate chapa.<br /></span>A porta, ao abrir ou ao fechar, batia no guarda lamas. Com uma chave de fendas aplicada na extremidade posterior do guarda lamas e com uma pedra a bater sobre um livro que coloquei sobre ele, consegui endireitá-lo e, com pressão sobre as dobradiças da porta, resolvi totalmente o problema. O vinco na porta ficou para as gerações vindouras.<br /></div><br /><br /><div align="left"><strong><span style="color:#cc6600;">O TAL HABITUAL, MAS DESTA VEZ BRUTAL,DIA AZARENTO<br /></span></strong><br />Esse dia, como sempre, começou às zero horas e foi exactamente a essa hora que em Reykyavik entrei numa fast food para jantar, que é algo que devia ter cumprido no dia anterior.<br />Dirigi-me depois para o Hotel, onde cheguei à uma hora da manhã e onde pedi para me acordarem às quatro e meia, pois nesse dia tinha, às sete horas e vinte minutos, avião para Portugal.<br />Às cinco horas, como previsto, saí do hotel com um cálculo de demora de trinta minutos para alcançar o aeroporto. </div><br /><div align="left">Quando estava a meter as malas no carro outro casal fazia o mesmo num táxi.<br />Pensei que, àquela hora, aquele táxi, logicamente só podia ir para o aeroporto e como não sabia bem o caminho resolvi segui-lo.<br />Na realidade <span style="color:#cc6600;">o táxi foi para o aeroporto, mas para um outro</span>, de onde partem os voos internos.<br />Agora e ainda mais perdido, só o GPS me podia ajudar e, como não havia trânsito dentro da capital da Islândia, foi a conduzir que comecei a regular e a procurar naquele aparelho e num mapa pirateado o caminho para o aeroporto.<br />Descobri, guiando-me pelo Gps, a via rápida que me iria permitir deixar Reykyavik, mas entrei nela em sentido inverso.</div><br /><div align="left">Continuei em frente até um sinal luminoso que me permitia virar à esquerda, mas não efectuar inversão de marcha, sendo esta última a manobra que aprontei.<br />Continuei na via rápida, agora no sentido certo e acelerando para recuperar o tempo perdido. Mais à frente surge a indicação para virar à direita para o aeroporto, mesmo em cima do cruzamento, que passo, travando em seguida.<br />Sem trânsito resolvo fazer marcha-atrás, viro então á direita seguindo o caminho certo.<br />Meto-me do lado direito pois sabia que tinha de apanhar outra via rápida, mas agora a sinalização aparece não para virar à direita, mas à esquerda e, exactamente, e também como na anterior, junto ao cruzamento.<br />Olho pelo espelho, não vejo ninguém, e faço na auto-estrada uma curva a noventa graus.<br />Até agora, com o tempo a voar, as coisas não estavam a correr mal, atrasado já estava, mas não muito, e para correrem melhor ali estava a estação de serviço que me iria permitir encher o depósito do carro alugado, que iria entregar logo a seguir no aeroporto.<br />Sem empregados nessa bomba, uso o cartão de crédito que, depois de várias tentativas, não funcionou. Tentei com o outro cartão de crédito e o mesmo me aconteceu, verificando eu que os outros condutores conseguiam realizar essa operação.<br />Fiquei estupefacto, a<span style="color:#cc6600;"> Islândia foi o primeiro país que visitei onde não toquei em dinheiro “vivo” e onde até um simples isqueiro, uma vez e uma cola, de outra, consegui comprar com cartão de crédito.<br /></span>Este problema não era grave, só me ia custar algum dinheiro, pois as agências de aluguer de automóveis cobram bastante pela falta de combustível.<br /></div><br /><div align="left">Voltei à estrada, agora já bastante atrasado e, claro, acelerei e nem um quilómetro ainda tinha percorrido quando atrás de mim aparece, a velocidade vertiginosa, <span style="color:#cc6600;">um <strong>carro da polícia</strong> com toda a artilharia de luzes acesas e, claro, para me mandar encostar</span>.<br />Pensei de imediato que estava lixado pois vinha a uma velocidade de cento e quarenta quilómetros numa auto-estrada onde incrivelmente só se pode andar a noventa.<br />Pagar a multa, que remédio tinha eu senão pagar caso o pudesse fazer utilizando o cartão de crédito, mas o tempo que iria demorar faria com que perdesse o avião.<br />Saí do carro extremamente ansioso, o que é mau quando se fala com um polícia, e a primeira coisa que disse foi:<br />- Peço desculpa mas estou muito atrasado para apanhar o avião.<br />Resposta:<br />- <span style="color:#cc6600;"><strong>Não tenho nada a ver com isso</strong></span><span style="color:#000000;">(cabrões),mostre-me os seus documentos.<br />Dei lhe a carta de condução que ele olhou, enxergou, mirou, divisou, analisou, dissecou, frente e trás.<br />Cinco minutos passaram com ele a estudar aquele tão pequeno bocadinho de papel.<br />Ali estava um polícia cuidadoso e um cidadão prestes a perder um avião, o que poderia ser grave, pois não sabia quando voltaria a haver outro avião para o mesmo destino. </span></div><br /><br /><div align="left"><span style="color:#000000;">Finalmente, lá me disse que, da central, por câmaras, me tinham observado a fazer uma manobra perigosa e que os tinham avisado para actuarem.<br />Eu respondi, com a única justificação que me veio à memória:<br />- <strong><span style="color:#cc6600;">Há manobras que se fazem que só são perigosas se houver trânsito, deixando de o ser quando não o há</span></strong>.</span></div><br /><div align="left"><span style="color:#000000;">(em todo o lado os polícias não entendem isto)<br />O polícia fica a olhar para mim por alguns instantes, sem eu perceber se ele aceitava ou não a minha explicação e de seguida manda-me sentar no banco traseiro do seu carro. </span></div><br /><div align="left"><span style="color:#cc6600;">Fiquei incrédulo com o que me estava a acontecer.</span></div><div align="left"><span style="color:#000000;"></span> </div><div align="left"><span style="color:#000000;">Olhei para o meu carro estacionado na auto-estrada, para um avião que acabava de levantar do aeroporto mas que não era ainda o meu e pensei momentaneamente se me devia negar a fazê-lo, pois naquele momento <strong><span style="color:#cc6600;">estava convencido de que iria preso.<br /></span></strong>Surgiu-me então a ideia de que, como estava outro polícia ao volante do carro, caso eu lhe explicasse as coisas podia ser que ele fosse mais compreensivo e me deixasse abalar.<br />Entrei para o carro e o outro polícia diz-me, no sotaque inglês dele, pronunciado com grande acentuação dos R uma frase da qual nada entendi e respondi:<br />- Não entendo.<br />Fez-se silêncio no carro, seguido de diálogo em islandês entre os dois polícias, surgindo em seguida na mão de um deles um alcoolímetro que me dão para assoprar.<br />Não ficam contentes com o primeiro sopro e mandam-me assoprar com mais força.<br />Encho o peito de ar de tal modo que imaginei que o interior do carro entrasse em vácuo e, para mostrar a minha colaboração, soprei com toda a força para o aparelho, força essa que temi pudesse fazê-lo rebentar. </span></div><br /><br /><div align="left"><span style="color:#000000;">Eles, de seguida, olharam para o aparelho e olharam um para o outro e nada disseram, e eu de trás aproveitei aquele silêncio e disse:<br />- Nothing!<br />Resposta:<br />- Yes.<br />Então repentinamente voltei a dizer :<br />- Posso então ir-me embora para ir apanhar o avião para Portugal.<br />Silêncio no carro e como não vinha qualquer resposta, eu disse de imediato:<br />-Thank you e saí, persuadido de que eles me iriam chamar, mas tal felizmente não aconteceu.<br />Agora, atrasadíssimo, faltava-me ainda entregar o carro na Rent a car, o que costuma ser rápido.<br />Mas qual quê, o azar continuava a perseguir-me.<br />Problemas agora surgiam com a dúvida de estragos na pintura do carro.</span></div><br /><div align="left"><span style="color:#000000;">Em A,,,,,, num sábado de manhã, andava na rua principal da cidade um animador que engraçou comigo e que queria lavar-me o carro.<br />De imediato e para tornar mais engraçada a situação, pois já tínhamos público a assistir, disse-lhe:<br />- <span style="color:#cc6600;">Lavar não, mas escreva no carro ICELAND</span>, o que ele fez.<br />Pois agora tinha à minha frente na Rent a car uma senhora que achava que a pintura estava estragada, se calhar até pensava que eu tinha usado tinta para escrever o nome do seu país e, para ter a certeza disso, só me recebia o carro depois de lavado.<br />Olhei para o aeroporto e despedi-me do meu avião.</span></div><br /><div align="left"><span style="color:#000000;">Pensei e aproveitei logo para dizer:<br />- A esta hora da manhã onde vou eu lavar um carro? </span></div><br /><div align="left"><span style="color:#000000;">Na estrada perdi tempo por não conseguir meter gasolina no carro com o cartão de crédito, depois tive problemas com a polícia e agora o tempo que a lavagem vai levar irá fazer com que de certeza perca o avião.<br />Com esta conversa piorei ainda mais a situação e a senhora olhava para mim já como criminoso ou vândalo estragador de carros.<br />Ela própria levou o carro e pediu-me para a acompanhar. E foi com incredulidade que viu desaparecer das duas portas do carro a palavra Iceland.<br />Recebeu-me então o carro obrigando-me a pagar sessenta e cinco euros pela gasolina em falta, mas arranjou-me de imediato transporte para a entrada do aeroporto.<br />Ao chegar ao aeroporto três quartos de hora antes da partida do avião, a esperança que ainda tinha de entrar nele desvaneceu-se pois havia filas enormes para o chek-in.<br />Mas não desisti, enchi o peito de ar, olho em redor a pensar como resolver a situação e vejo uma Islandesa com a farda do aeroporto, de olhos lindos e, como não custa tentar, encho-me de charme e discretamente mostro como aprecio os seus olhos, e explico-lhe a minha situação, dizendo-lhe que o meu atraso se devia a problemas com a Rent a car e agora tendo o cuidado de não falar na polícia.<br />Felizmente resultou, ela levou-me e fez-me de imediato as formalidades de embarque, quando cheguei à porta de embarque lá estava ela e lá fui o último a entrar para o avião.<br />Não perdi o avião, mas o mesmo já não aconteceu em Munich, onde fiz escala. Em que o pouco tempo entre os dois aviões e a mudança de um terminal para outro e um mau serviço de aeroporto fez com que o perdesse, mas aqui já sem problemas pois calculei, e bem, que haveria outro avião mais tarde.<br />De tudo o que acontece tento tirar proveitos e aqui o proveito foi o de ir almoçar como deve ser num restaurante do aeroporto.<br />Comi um óptimo peixinho frito acompanhado com batatas e feijão verde, feijão esse que tinha junto carne de porco, pelo que a funcionária que me servia me mostrava com insistência essa carne olhando para mim e pensando que a minha religião não mo permitia fazer.<br /><strong><span style="color:#cc6600;">Até aqui pensam que sou árabe</span></strong>.<br />Esta óptima refeição para duas pessoas e acompanhada por uma caneca de cerveja e uma coca-cola custou-me dezoito euros, algo impensável no aeroporto de Lisboa.<br /></div></span><br /><div align="left"><span style="color:#000000;">Para mim, e a seguir a uma refeição, vem um charuto e, como os tinha na mala do porão, procuro uma loja de tabaco onde entro e pronuncio com a minha facilidade de português:<br />- Have you José de la Piedra cigars?<br />O alemão acha graça à minha pronúncia e diz-me:<br />- No, but I have José L Piedra. Utilizando uma também óptima pronuncia espanhola.<br />Vendeu-me então os charutos cubanos oferecendo-me, talvez devido à empatia criada, duas guilhotinas e duas caixas de fósforos com um pau muito grosso, próprios para acender charutos.<br />Saí dali e procurei o pátio exterior entre os dois terminais e mal passei a porta acendi de imediato o charuto enviando de seguida o fósforo não para o chão, claro, mas para um recipiente ao lado da porta. Procurei em seguida sentar-me aproveitando para tal os degraus de uma escada que dava acesso ao piso superior.<br />Quando estava a saborear o meu cubano, olho para a porta por onde tinha alcançado o pátio e com espanto <span style="color:#cc6600;">vejo fumo a sair do recipiente para onde tinha atirado o fósforo, fumo esse logo seguido de labaredas</span> que se contiveram ao recipiente que, por ser metálico e estar contíguo a uma parede em vidro, não apresentavam qualquer perigo.<br />Continuei sentado a observar e vigiar a situação como qualquer outro dos transeuntes que por ali passavam e que nada tinham a ver com aquilo, mas com um pensamento que felizmente ninguém conseguia ler:<br /><strong><span style="color:#cc6600;">- Que mais, hoje, me irá acontecer?<br /></span></strong>Fiquei contente quando ao fim de dois a três minutos o fogo, só por si e como era lógico acontecer, se extinguiu, e continuei sentado fumando o meu charuto colocando na minha face um ar de ingénuo não fosse alguém pensar que poderia ter sido eu o causador de tal situação.<br /><span style="color:#cc6600;">Eu, nem pensar, o fogo foi além e eu estava aqui.</span><br />Passados uns cinco minutos ouço uma sirene e começo a ver circular pelo pátio do aeroporto um <strong><span style="color:#cc6600;">enorme camião MAN dos bombeiros e vejo sair dele quatro bombeiros a vestirem o blusão anti-fogo </span></strong>e a dirigirem-se para o recipiente do lixo, cada um trazendo na mão sua coisa, uns extintores e os outros umas bombas metálicas. Só estas bombas foram utilizadas deitando para o recipiente, que já nem fumo tinha, um líquido incolor e com espuma que os bombeiros teimavam em continuar a deitar, líquido esse que já não era necessário para apagar qualquer fogo, mas que agora fazia estragos ao cair do recipiente para o chão e sujando-o de negro, causando-me ainda mais problemas de consciência pelo meu acto irreflectido.<br />Mas por outro lado achava graça ao ilógico de tudo aquilo<br /></div></span></div></div></div></div></div></div><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-53625206571218354482009-04-10T18:55:00.019+01:002010-08-17T19:03:56.637+01:00<div align="center"><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>A VIAG<img class="gl_color_fg" border="0" alt="Cor do texto" src="http://www.blogger.com/img/blank.gif" /><img class="gl_color_fg" border="0" alt="Cor do texto" src="http://www.blogger.com/img/blank.gif" />EM DOS BICHOS</strong></span></div><div align="center"><strong></strong> </div><div align="center"><strong></strong> </div><div align="center"><strong></strong> </div><div align="center"><strong> </strong>Estou a começar a escrever esta estória no Aeroporto de Dakla, enquanto espero pelo avião que me levará a casa e <strong>augurando que esta aventura, ou melhor, algumas desventuras dela, tenham terminado</strong>.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4FxjSEU891IFQMba_k_nOOMEDqwoiFf4wPXyhJmTnh5ZEkzMmienN1DYh7nf3mpZjOYmpT4qSvrXQjpe0iisByrtiks2pTy1I3Wo6z8_J49lJp7hC3YF6rXjAPo-MmvZCnqmioA/s1600-h/DSC_6883.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 216px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323867836548422994" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4FxjSEU891IFQMba_k_nOOMEDqwoiFf4wPXyhJmTnh5ZEkzMmienN1DYh7nf3mpZjOYmpT4qSvrXQjpe0iisByrtiks2pTy1I3Wo6z8_J49lJp7hC3YF6rXjAPo-MmvZCnqmioA/s320/DSC_6883.jpg" /></a><br />O meu 4X4, somente devido à quebra de uma simples correia de ventoinha, entregou a alma a Alá. A “depanage” de Marrocos entrou em acção e eis-me assim privado do meu preferido meio de locomoção.<br /><br />Esta viagem consistiu numa missão humanitária à Mauritânia, <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjidDWVKZRA9OfpvbdUvAOcJsaNcEYk-zTt2qKf7GjbstbZycKwSm0lnVAf3IFanZdsjZZ_krB0EPNZ0j6je8YXzoQ4bh1CKA9UYFNgIpf5EZkbg05usEeG0mKVKk_Vxik_gqP94A/s1600-h/DSC_6646.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 216px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323914962680308706" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjidDWVKZRA9OfpvbdUvAOcJsaNcEYk-zTt2qKf7GjbstbZycKwSm0lnVAf3IFanZdsjZZ_krB0EPNZ0j6je8YXzoQ4bh1CKA9UYFNgIpf5EZkbg05usEeG0mKVKk_Vxik_gqP94A/s320/DSC_6646.jpg" /></a>para onde <strong>IDEIAS NÓMADAS</strong> teve por incumbência levar medicamentos, roupa, calçado, material escolar e instrumentos de <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNmCrKXkLc0P-L2Uqoe8abBE-X2wIxl70XXLBpy3TChW47V4-1xPEu6bDEm0nm_HZQxfM8featpJdUTuc3SE3jX6PYvXJ76OomJRKRsvip3vLXn7efQ7XS_6KSxcVQtwQfi3ZPGw/s1600-h/DSC_6684.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 216px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323899399863029218" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNmCrKXkLc0P-L2Uqoe8abBE-X2wIxl70XXLBpy3TChW47V4-1xPEu6bDEm0nm_HZQxfM8featpJdUTuc3SE3jX6PYvXJ76OomJRKRsvip3vLXn7efQ7XS_6KSxcVQtwQfi3ZPGw/s320/DSC_6684.jpg" /></a>higiene para crianças e algum material de puericultura, que foram entregues preferencialmente nas aldeias por onde habitualmente o Rali Dakar costuma passar, áreas essas que sofreram economicamente com a estúpida forçada anulação do rali, que a intolerância <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLJm4z5XLBlmRRs12Drl8_-I6YAYuZ5nju2XgItk8cUuqoAcDY5XiPOzP8ic9_X3lX8ZjLvjlDxqTKzzQJbXXj0OXw0w3aAHVcq2Qg2osMGkurNSo541LleST8_pseGXfujX75AA/s1600-h/DSC_6677_1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 216px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323897948949686690" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLJm4z5XLBlmRRs12Drl8_-I6YAYuZ5nju2XgItk8cUuqoAcDY5XiPOzP8ic9_X3lX8ZjLvjlDxqTKzzQJbXXj0OXw0w3aAHVcq2Qg2osMGkurNSo541LleST8_pseGXfujX75AA/s320/DSC_6677_1.jpg" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHERLUzpzGhHLjKVCOfwHWNvKGhU1UFX8k3mhdhe69BcyKWdzciLIzuVUKXxO2nGvKEicvx5aLkhhBpIJC38NJQJ3Z_NpQKUBJiPd6L-CdYIt_2qqfbdkdDe9mR-ZFZpi7tYp34w/s1600-h/DSC_6657.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 216px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323913742650645570" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHERLUzpzGhHLjKVCOfwHWNvKGhU1UFX8k3mhdhe69BcyKWdzciLIzuVUKXxO2nGvKEicvx5aLkhhBpIJC38NJQJ3Z_NpQKUBJiPd6L-CdYIt_2qqfbdkdDe9mR-ZFZpi7tYp34w/s320/DSC_6657.jpg" /></a>fundamentalista da má interpretação do Corão acabou por obrigar.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBUE3Kb7gsuV0cGZJm9sk8QvDkFXNTyw8nnwNI8aI21sssHI5qkr6emi7HVIOHURYs6DhNAoDYAoBySanxxsGviyxkBmOgtMQf22Znrq3K6BkNqn96qAM9B7hix-C41Cac5NOIEQ/s1600-h/DSC_6665_1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 216px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323901400624400834" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBUE3Kb7gsuV0cGZJm9sk8QvDkFXNTyw8nnwNI8aI21sssHI5qkr6emi7HVIOHURYs6DhNAoDYAoBySanxxsGviyxkBmOgtMQf22Znrq3K6BkNqn96qAM9B7hix-C41Cac5NOIEQ/s320/DSC_6665_1.jpg" /></a>O meu jipito antes da chegada à Mauritânia queimou a junta da cabeça do motor, acabando por ter que ser rebocado para sul, até à fronteira entre Marrocos e a Mauritânia, onde o deixei à <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6SqME4_J0F4WDW-yQT4O3YqVhofi3xdSJ6nlrL3mP6bDehEDHlNx01omk5UafDD1mwoUrN12wDFtlo0HFdaybPtG-kQWNIKkUhL-albhfoxinxteQGu_-g4VZO3Mcw06AvtTDiA/s1600-h/DSC_6906.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 213px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323897165422823922" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6SqME4_J0F4WDW-yQT4O3YqVhofi3xdSJ6nlrL3mP6bDehEDHlNx01omk5UafDD1mwoUrN12wDFtlo0HFdaybPtG-kQWNIKkUhL-albhfoxinxteQGu_-g4VZO3Mcw06AvtTDiA/s320/DSC_6906.jpg" /></a>“guarda” do exército dos dois países.<br /></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left">Quando regressámos tornámos a rebocá-lo agora para norte até Barbas, albergue, bomba de gasolina, entreposto de venda de peixe e marisco, restaurante, etc., e que dista apenas oitenta quilómetros da fronteira. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVTwLfTthT5k11j871vqaeZ_LLpg1TrI7xMGzXhYsdKx7XUJcNVY46ce0NVc3c9aJpDaVcEHszXWut-fgPJ3NRph-nt9aFHom6_4ikawaa0PkpehU3i6nEY-D_L_IJZz-fvCJPYg/s1600-h/DSC_6803.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323863505589773458" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVTwLfTthT5k11j871vqaeZ_LLpg1TrI7xMGzXhYsdKx7XUJcNVY46ce0NVc3c9aJpDaVcEHszXWut-fgPJ3NRph-nt9aFHom6_4ikawaa0PkpehU3i6nEY-D_L_IJZz-fvCJPYg/s320/DSC_6803.jpg" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifsYTu8WaqLrPEB3fLxAuHa1jpww4Almqf-Qb2z6n_NOj_wcypTsBVspVW8o30YoZy6g2dnQl711mFTW4QXYKtmh6mHcwp5N8D4YZH9iWmriPLVDer9siPcLgEt7syj8i8RjuolA/s1600-h/DSC_6758.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323864339567765778" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifsYTu8WaqLrPEB3fLxAuHa1jpww4Almqf-Qb2z6n_NOj_wcypTsBVspVW8o30YoZy6g2dnQl711mFTW4QXYKtmh6mHcwp5N8D4YZH9iWmriPLVDer9siPcLgEt7syj8i8RjuolA/s320/DSC_6758.jpg" /></a><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1xr0D_INkELbrZnn0_xuCM02p4OxJ6xYqS5whaKguzDr2gZSerN4fIvdVGvjM5zjgdVlA1cOfgWCIglCMQGJy_p5KrJL6YdLMjHg-4jgkZd8vnrgZN75wWM9JUOBJ4eepIJI94A/s1600-h/DSC_6827_1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323847055215835778" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1xr0D_INkELbrZnn0_xuCM02p4OxJ6xYqS5whaKguzDr2gZSerN4fIvdVGvjM5zjgdVlA1cOfgWCIglCMQGJy_p5KrJL6YdLMjHg-4jgkZd8vnrgZN75wWM9JUOBJ4eepIJI94A/s320/DSC_6827_1.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div align="left">Todo o grupo, coitado, durante um dia, fez somente poucos quilómetros do acampamento que instalámos junto à fronteira e até Barbas, o que até em parte para foi bom, pois assim <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitXAVsf3tygXzSJW4DkXzEWZ7BMnlDHqUYzpeidKao8JkS5QLP_GyLBF76Kqt10ZtpJaXB2ELJxkwjj4a1tRRDbLH2VlshlT6NfxDWjfhD4sENLguw94CrPzeTk-8_QaE_izsqzQ/s1600-h/DSC_6709_3.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 270px; FLOAT: left; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323772497839303570" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitXAVsf3tygXzSJW4DkXzEWZ7BMnlDHqUYzpeidKao8JkS5QLP_GyLBF76Kqt10ZtpJaXB2ELJxkwjj4a1tRRDbLH2VlshlT6NfxDWjfhD4sENLguw94CrPzeTk-8_QaE_izsqzQ/s400/DSC_6709_3.jpg" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2ji9LSrsoEmfRxsONi1h_iIlbp6Kpths5yRqwT5sVG4jgVmaZ1-SAxshy8Hw9Xg7qFD2b8XURAiM_zcmX3Jpjs4rjhTGtndJ3uJy-pVXbzKiyH38WZbBEvmBjTy2iT2EQS_o_BQ/s1600-h/DSC_6790.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 266px; FLOAT: left; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323774107976845090" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2ji9LSrsoEmfRxsONi1h_iIlbp6Kpths5yRqwT5sVG4jgVmaZ1-SAxshy8Hw9Xg7qFD2b8XURAiM_zcmX3Jpjs4rjhTGtndJ3uJy-pVXbzKiyH38WZbBEvmBjTy2iT2EQS_o_BQ/s400/DSC_6790.jpg" /></a>descansaram da enormidade de quilómetros diários a que esta missão nos obrigou, e que se<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsQeasaeZ1xs5q-CsBrvlV1SeE71KCRALpVLLBnL38utfsyCTWOm63UNx_l8OMdyV3IdISQdoDbx8n82X4dxEWbGftyp2e5zmwEPP3knqI8Kc4wyECpku3m7GuQcioUxMb6JNsGw/s1600-h/DSC_6730_1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 270px; FLOAT: left; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323767882339322290" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsQeasaeZ1xs5q-CsBrvlV1SeE71KCRALpVLLBnL38utfsyCTWOm63UNx_l8OMdyV3IdISQdoDbx8n82X4dxEWbGftyp2e5zmwEPP3knqI8Kc4wyECpku3m7GuQcioUxMb6JNsGw/s400/DSC_6730_1.jpg" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkxMttIZDJBudPhGewhjNkKRk-pS5Iedm-p-j03OM_GDloVcSKYTBeaDM978opa6KXJgJKnDD3uWfRk9AfTx3qSV8Bx5i0ou0A-WClhPg0-5Mm0mnw4it29xDsokj0Vo_kVxeW8g/s1600-h/DSC_6715.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 270px; FLOAT: left; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323769200322208370" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkxMttIZDJBudPhGewhjNkKRk-pS5Iedm-p-j03OM_GDloVcSKYTBeaDM978opa6KXJgJKnDD3uWfRk9AfTx3qSV8Bx5i0ou0A-WClhPg0-5Mm0mnw4it29xDsokj0Vo_kVxeW8g/s400/DSC_6715.jpg" /></a>deveu ao facto de a burocracia para a legalização dos medicamentos que levávamos para distribuir nos ter atirado para três dias de espera na capital da Mauritânia, aonde, nos nossos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihDzZEROUD1GecclpDeGog3j3EofpJwq_LcUHyoflTAgjWYOdF-gg_Z7cqY22erpVYtNE62yy13RM0eFOCko5GMp9EpU7SrK4HIcyVx0-vCEnGPCt_9V6-rCsAOxeL9rhmN1tZ7w/s1600-h/DSC_6753_1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 216px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323766062213041058" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihDzZEROUD1GecclpDeGog3j3EofpJwq_LcUHyoflTAgjWYOdF-gg_Z7cqY22erpVYtNE62yy13RM0eFOCko5GMp9EpU7SrK4HIcyVx0-vCEnGPCt_9V6-rCsAOxeL9rhmN1tZ7w/s320/DSC_6753_1.jpg" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizUzE2JYNKYzOynIMPOllbNMOKAFH7KjyS6C7JJN8iIpWvdpEmMS-_i40pRUseB7gdAivU7lQ5NuW6kjHR3BcuRUBAgG3zQtd5f2xo7zj-lE5j_Dbs_tCpMMNH5_qoWWGUcROEpg/s1600-h/DSC_6732_1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 216px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323767117781222290" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizUzE2JYNKYzOynIMPOllbNMOKAFH7KjyS6C7JJN8iIpWvdpEmMS-_i40pRUseB7gdAivU7lQ5NuW6kjHR3BcuRUBAgG3zQtd5f2xo7zj-lE5j_Dbs_tCpMMNH5_qoWWGUcROEpg/s320/DSC_6732_1.jpg" /></a>planos, nem tencionávamos ir o que para mim acabou por ser bom por me permitir fotografar <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjo2uiNdirkP8nnblC8d7HfzMzq7J1gzSxUO7_7kN-USK5BroEXvSMdLTIkOztEExrJ-zvm_cgMMaxUnHtpEykhGr5EkfkfgfFlL4EX2dIhJ5VczWRcsyshPhw2tFVNAJJG822rQ/s1600-h/DSC_6763_1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 216px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323765410339488914" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjo2uiNdirkP8nnblC8d7HfzMzq7J1gzSxUO7_7kN-USK5BroEXvSMdLTIkOztEExrJ-zvm_cgMMaxUnHtpEykhGr5EkfkfgfFlL4EX2dIhJ5VczWRcsyshPhw2tFVNAJJG822rQ/s320/DSC_6763_1.jpg" /></a>com tempo Nouakshot e tanto tempo tive que até pombos fotografei a beber água na piscina do hotel.</div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 270px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323207064748558050" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9KJDmnWWKKS7Yy5uXuxLCy5mV59ygHEFHMorAN4WhPBJsYsVq1HOdutc04LlYxjr73hk3jBb3G6txuYDM0T_h0GtmRw-apd6BIRy8ztxwxTzp1EW0rSGUh4r8Usdbz43PUXzVFg/s400/DSC_6777_2.jpg" /><strong><span style="font-size:130%;">Nouakshot<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3qr-RT09EHuOvRLEjgNZa7avNrdVB6TX4xj60pj5RsP6BckMQtSGBGVLe4nYug1fLLwCQ-WPsrJfZ6Yq4ahCvMg9E_qG_Nv4_GEWbWCqBGr3cqej6whSue_9CFrYkOYrNL7ZlcQ/s1600-h/DSC_6822.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 216px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323205386311098194" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3qr-RT09EHuOvRLEjgNZa7avNrdVB6TX4xj60pj5RsP6BckMQtSGBGVLe4nYug1fLLwCQ-WPsrJfZ6Yq4ahCvMg9E_qG_Nv4_GEWbWCqBGr3cqej6whSue_9CFrYkOYrNL7ZlcQ/s320/DSC_6822.jpg" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHBw2XJhUpEqKABKFi6rtd76jlQSApUgy1m6mq87NNrr1cwlO9Bo0mcjpBF4DTBTEQxRf2WnDhjKPMov_hEFK0tyzfaKxfTUeRPZOcP_xgIZ3wd44xDRqsf0bDRI-NwU5Xj9Xgbw/s1600-h/DSC_6814.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 216px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323206459296806178" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHBw2XJhUpEqKABKFi6rtd76jlQSApUgy1m6mq87NNrr1cwlO9Bo0mcjpBF4DTBTEQxRf2WnDhjKPMov_hEFK0tyzfaKxfTUeRPZOcP_xgIZ3wd44xDRqsf0bDRI-NwU5Xj9Xgbw/s320/DSC_6814.jpg" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxC29s4a-dsJlpA1TbO4AhMBNdPS5ikyPP1gOo-EaFiTp-ysXjQcE60AotiQ_ArnlVscbsoFOTFnzPPU0Yuywp2ygsP7zPNpiTfWrFJi_C6cHW-0wE4jVCC3P8Cf0q7_4gmVX6Qg/s1600-h/DSC_6771_1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 216px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323207797171428770" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxC29s4a-dsJlpA1TbO4AhMBNdPS5ikyPP1gOo-EaFiTp-ysXjQcE60AotiQ_ArnlVscbsoFOTFnzPPU0Yuywp2ygsP7zPNpiTfWrFJi_C6cHW-0wE4jVCC3P8Cf0q7_4gmVX6Qg/s320/DSC_6771_1.jpg" /></a><br /></span></strong><br />Se quiserem saber mais sobre toda a viagem desta missão procurem em<br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">Primeira estória</span></strong><br /><br />Mas já agora conto-vos o meu primeiro encontro com o desagradável nesta viagem, e a razão do título desta estória.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7_YjDY-0cajtVBIjEmL9lV6awqNacfl3tTMDyXXuWF3gEaKOwNbd7EVDrqDpuw1gq_exI4MKKB7Yyf49yeY7Qf7wTmJHxALR040_05p1wYOUxRuElBshWTvmAeuPE7O7Ndm4WBA/s1600-h/DSC_7134.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323930894627774674" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7_YjDY-0cajtVBIjEmL9lV6awqNacfl3tTMDyXXuWF3gEaKOwNbd7EVDrqDpuw1gq_exI4MKKB7Yyf49yeY7Qf7wTmJHxALR040_05p1wYOUxRuElBshWTvmAeuPE7O7Ndm4WBA/s320/DSC_7134.jpg" /></a>Um dia de manhã, no caminho para o norte da Mauritânia, após termos dormido na noite anterior num acampamento no Sahara, comecei a sentir uma impressãozita nos dedos do pé, fiquei desconfiado mas não liguei, mas passado um bocadito a certeza era absoluta, dentro da minha bota estava algo que mexia e só podia ser um bicho.<br /><br />-<em>Páre o jipe por favor Francisco,</em> gritei eu para o condutor do veículo onde eu seguia, pois tenho um bicho dentro da bota e já a estou a tirar e não queremos que o animal fique no carro.<br /><br />Mal o jipe pára, saio de imediato e já com o atacador desatacado, retiro a bota, bato-a com força na areia com o cano virado para baixo esperando que de lá saia a razão do meu incómodo, mas sem qualquer resultado.<br />Olho para o interior da bota e nada vejo. Meter a mão lá dentro, conjecturo que é arriscado e algo repugnante.<br />Será que estava enganado e que nada lá está dentro? Penso que não e volto então a executar a mesma manobra de bater na areia, com a bota virada para baixo, mas aplicando mais energia.<br /><br />Finalmentedo seu interior, sai aparentemente todo contente, o causador da nossa paragem.<br /><br />Um grilo, que sai de facto todo jovial, a correr pela areia, a bandear-se e a fazer curvinhas e cujo prazer aparente, penso, se deva à liberdade alcançada e não ao cheirinho do interior da bota.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEii6KJ_a7zZDmwZPB70XgilfCGT7_z6-G65Fs07Z97rlbeUpgHF6VyyXgVvMeb6prokhfwnulPbMaBTM8DBUSXMHrG2kitK-_kUvcE1TM-IXbEhDpUTJSl44C45KQXVunF7kK_Jxw/s1600-h/DSC_7164.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 213px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323929195342708914" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEii6KJ_a7zZDmwZPB70XgilfCGT7_z6-G65Fs07Z97rlbeUpgHF6VyyXgVvMeb6prokhfwnulPbMaBTM8DBUSXMHrG2kitK-_kUvcE1TM-IXbEhDpUTJSl44C45KQXVunF7kK_Jxw/s320/DSC_7164.jpg" /></a>No acampamento da noite anterior, para nossa surpresa apareciam grilos de todo o lado, grilos esses que mostravam uma total independência, parecendo saber para onde se dirigiam, cruzando-se sem embaterem, não se importando com os humanos, nem tendo qualquer medo deles e encaminhando-se e alcançando-nos numa atitude de tira-te daí que quero passar e que se metem em todo o lado, não se importando com as pauladas que lhe damos para os desviar e que devido à sua teimosia ou determinação continuam no azimute traçado, mantendo a sua velocidade acelerada de chegar a ……!!!!<br /><br /><div align="left"><strong>Da próxima vou seguir um grilo</strong></div><div align="left"></div><div align="left">Mas o meu grilo parecia ter um comportamento diferente, mantinha a mesma pressa, seguia numa determinada direcção, em linha recta, mas cambaleava e vacilava no caminho, curvava e retomava o mesmo trajecto.<br />Será que o cheirinho no interior da bota dopou o bichinho?<br /><br /><strong>VIAGEM PARA DAKLA<br /></strong><br />Accionada a assistência em viagem ainda da parte da manhã, esta chegou às dezanove horas, o que é um verdadeiro milagre em terras tão inóspitas.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaf-mJgXsmtU4k0hnxMEjYvhw1lIEYS9BDIBI3ZSqgp_2I4IE0nZshscgydoRhDUwIicfvrI-EGCu7YGVDaUNmxhYL7PijjWDenUKxyvKI069abM9es3s8vgRHsI2PNCl-LPJQJw/s1600-h/DSC_7015.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 213px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323938985505190514" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaf-mJgXsmtU4k0hnxMEjYvhw1lIEYS9BDIBI3ZSqgp_2I4IE0nZshscgydoRhDUwIicfvrI-EGCu7YGVDaUNmxhYL7PijjWDenUKxyvKI069abM9es3s8vgRHsI2PNCl-LPJQJw/s320/DSC_7015.jpg" /></a>O trajecto que me esperava era cerca de trezentos quilómetros até Dakla, e àquela hora e sem nada no caminho, cuidei logo do jantar que aquele “oásis” me proporcionaria e que evitaria o “Ramadão” nocturno, para o qual não fui programado.<br /><br />Após o jantar, consegui ainda persuadir a boa vontade do condutor a dormirmos naquele albergue e a partir apenas de madrugada, pois já estava a ponderar o que me aguardava.<br /><br />O chefe achou que eu estava já a abusar da boa querença do Marroquino e até porque o chefe não acredita nas minhas "vidências" e lá tive de partir de noite, para norte, fazendo uma prece a Alá, para que não acontecesse ao marroquino o que me estava já acontecendo a mim, o sono, que acabou por me vencer pois não resisti a toda aquela escuridão da cabine e de ir a olhar para uma recta de dezenas de quilómetros, que não conseguia enxergar, pois o “reboque” tinha como luzes de máximo, umas luzes tipo médios com uma das lâmpadas fundida e como nada acontecia e a visibilidade era nula ajudada pela neblina do mar, que nos acompanhava ali mesmo ao nosso lado esquerdo, lá adormeci na “poltrona” do camião arruinando um pouco mais a minha já desgraçada coluna.<br /><strong><span style="font-size:130%;">Outra estória:<br /></span></strong>Quando estamos a dormir há pouco tempo e nos acordam, dá-nos a ideia que foi naquele preciso momento que nos deixámos dormir. Pois foi isso mesmo que me aconteceu, sem ter noção de quanto tempo tinha passado e esta sensação foi agravada com um despertar de uma intensidade arrepiante e aterradora, que não quero voltar a experimentar por ter sido de uma veemência horrível a horripilância vivida.<br /><br />Este violento despertar deveu-se a ter sentido movimentos sobre o meu pé esquerdo, uma espécie de arranhar na bota, o que me deixou ficar apreensivo, mas pensei de imediato, que era algo no chão da cabine do camião que rolara para o meu pé e tentei voltar a dormir.<br />Mas como podia algo que rolou, e numa recta, mexer assim?<br /><br />Fiquei subitamente intimidado e olhei para o pé, mas a escuridão era tal que não permitia avistar fosse o que fosse.<br />Pensei então em pedir ao camionista para acender a luz da cabine, caso a tivesse, quando repentinamente, sinto algo que mexe bem vivo ao longo da minha perna esquerda e aí tive a certeza absoluta, de que só podia ser uma cobra.<br /><br />Tenho horror àqueles bichos e, naquele sítio, em pleno deserto do Sahara, até poderia ser uma cobra peçonhenta, uma daquelas de cabeça triangular e de língua de fora, com duas presas no maxilar superior, prontinhas a espetarem-se na minha perninha.<br /><br />Prego um grito e estupidamente e instintivamente estico violentamente a perna, pregando um pontapé no tablier do carro, o que podia ter assustado a cobra, tendo ela agora o motivo para injectar o seu brutal veneno na minha perninha e logo ali, num lugar sem qualquer socorro e com os medicamentos deixados no nosso camião em Barbás .<br /><br />Com o meu berro e o barulho do pontapé no tablier do carro, o marroquino assusta-se e dá uma guinada no volante, o que projecta o camião para a esquerda, seguida de outra guinada do volante para a direita, voltando eu a sentir a mesma impressão, mas agora na perna direita, pois a outra estava esticada, quase junto ao pára brisas e os meus gritos voltaram a aumentar.<br /><br />Foi uma sensação claustrofóbica, porque não podia fugir, associada a medo, repugnância, horror e aversão, agravada por ter sentido todo o contacto do bicho com a minha pele, pois o que trazia vestido eram apenas uns calções,.<br /><br /><em><strong>É uma cobra, c’est une cobre stop, stop .arrete.</strong></em><br /><br />O meu horror e o medo de uma morte tão estúpida, como se a morte não fosse sempre estúpida, impeliu-me para abrir a porta do camião e mandar-me em voo para a estrada, o que não consegui, pois devido à escuridão, não consegui encontrar o manípulo da porta, nem consegui ver a cobra no chão da cabine do camião, nem afastar-me dela, pois não sabia onde estava, embora eu, já nesta altura, me encontrasse de joelhos em cima do banco.<br /><br />O marroquino, penso que sem perceber o que se passava, mas tendo a certeza de que se tratava de algo de grave, pára violentamente o camião o que me projecta para a frente, ele abre a porta e salta da cabine para a estrada e eu, que tentei não cair em cima da cobra apoiando-me no tablier, volto para o banco, onde me tento pôr de pé, o que me força a bater com a cabeça no tecto do camião, de seguida rastejo pelo banco e atiro-me em voo, logo a seguir ao camionista e pela porta por onde ele saiu.<br /><br />Por sorte não consegui abrir a porta do meu lado, pois o pavor que sofri era tanto, que saltaria com o camião em movimento, o que seria uma escolha errada, sendo preferível a cobra, caso ela não me picasse.<br /><br />Mesmo assim a queda ainda foi grande, imaginem um salto partindo de cócoras de cima de um banco do camião e caindo em desequilíbrio em cima do duro asfalto.<br /><br />Felizmente aprendi a cair, tantas já foram as quedas que tantas situações já me proporcionaram e por isso daquele incidente só resultaram uns arranhões e uma valente equimose no ombro esquerdo.<br />Levantei-me de imediato e corri para a frente do camião, para observar atentamente com a única luz possível, se a minha perninha, apesar de não ter sentido nada, tinha algum sinal de picadela, que tanto podia ser dois sulcos profundos no caso das cobras peçonhentas ou vários orifícios pequenos provocados pelas cobras de dentes pequenos e iguais.<br />Aforunadamente só apresentava os aranhões provocados pelo raspar da perna no asfalto.<br /><br />-<em>Monsieur q’est ce que c’est,</em> pergunta-me o condutor do camião.<br /><br /><em>C’est une cobre, une grande cobre</em>, disse eu, só então pensando que não sabia dizer cobra em francês.<br />-<em>C’est um reptile um grand réptil une snake et il est dans l’intérieur du camion. Il m’a touché et tourné ma jambe.</em><br /><br />Soube mais tarde que a palavra cobra “snake with a hood” é utilizada graças aos Portugueses internacionalmente para denominar a Cobra Capelo desde os tempos das descobertas marítimas, em que Portugal, na altura a maior potencia mundial, criava vocábulos para o mundo.<br /><br />Eu em francês devia ter bradado <em><strong>couleuvre<br /><br /></strong></em>Mais valia portanto ter gritado <strong>COBRA</strong> pois cobre em francês tem precisamente o mesmo significado que em português.<br />O desentendimento mantinha-se e nada melhor há do que a mímica para um bom viajante internacional.<br />O meu bracinho começou então a imitar o ondular do corpo da cobra e a minha boca guinchava o sopro <em><strong>vuuuuu </strong></em>que a as cobras fazem quando também têm medo e antes de morderem.<br /><br />Imaginem uma noite de breu e um desgraçado com dor na perna braço e ombro a fazer teatro para outro, mal iluminados pelo farol de um camião, de madrugada longe de tudo e todos e imaginem as caras de incredulidade de ambos.<br /><br />Trata se de uma cena penosa, hilariante, que gostava de ver representada.<br /><br />Agora o marroquino já tinha percebido a situação mas tal como eu não entendia o desfecho da mesma, pois tínhamos uma cobra dentro da cabine do veículo que nos impossibilitava a saída daquela estrada por onde não passa ninguém.<br /><br />Lembrei-me, então, de ir ao meu carro buscar uma lanterna para vermos o bicho e no meu pensamento engendrava a forma de nos libertarmos, bicho e nós, de tal situação.<br /><br />Mas a situação não era de fácil resolução porque depois de a conseguir ver, como retirá-la?<br /><br />Em outro lugar pensar-se-ia numa cana ou num pau comprido, mas no deserto não há árvores.<br /><br />Encontro a lanterna e entrego-a ao marroquino, o camião era dele e eu achava-o com mais competência para lidar com cobras.<br /><br />Mas como pensam que foi o desfecho do enredo?<br />Ele devolve-ma, porque tem medo de cobras.<br /></div><p>Isto é que está aqui uma mariquice, filho da mãe do marroquino.<br /><br />Bruto agarro na lanterna, abro com cuidado a porta do veículo, sentindo então todos os meus pelinhos do corpo a erguerem-se devido ao calafrio que esta conjuntura me acarretava e com a lanterna já apontada para o chão do camião olho com atenção e rapidez para o seu interior, consigo apenas distinguir um saco de plástico preto, vejo então ao lado do saco um vulto negro e grosso.<br /><br />Pronto <strong>ali estava o bicho causador de tal estrago</strong>.<br /><br />A cobra?<br /><br />Qual cobra.<br /><br />Quatro ou cinco lagostas que o marroquino tinha comprado em Barbas, penso que para revender, pois eles fazem dinheiro com tudo (como mais à frente irão ler) vivas, colocou-as dentro de um saco entre mim e ele, tendo uma delas caído para cima do meu pé, do que resultou as antenas terem roçado na minha perna imitando a tal cobra que o pensamento forjou.<br /><br />Não avisam, não pensam e só um coração forte como o meu resiste, e até ver, a estes espaventos.<br /><strong><span style="font-size:130%;">O RESTO DO TRAJECTO EM DIRECÇÃO A DAKLA</span></strong><br /><br />Retomámos o andamento e passados umas dezenas de quilómetros o marroquino pára o camião junto a um estaleiro com tractores com pá frontal, que têm como função retirar a areia que teima e com razão ocupar o elemento estranho daquelas paragens que é a estrada, sai e dirige-se para as traseiras dele e volta com um jerrican vertendo do seu interior gasóleo no nosso veículo.<br />Pergunto:<br />-<em>É do seu patrão</em>?<br />Resposta:<br />-<em>Não, eu é que sou<strong> "amigo do guarda".........</strong></em>.<br /><br /><strong>Esquemas! Só engendrais para ganharem mais.</strong><br /></p><p>É outra forma de aproveitamento do alheio.<br />Mais uma centena de quilómetros paramos numa estação de serviço para um franco convívio de meia hora com parlatório em árabe com trocas comerciais de franco agrado mútuo e chá que nem necessário foi pagar e com direito a factura de gasóleo sem ter havido abastecimento, ou antes abastecimento houve, mas na estrada.<br /><br />Mais cem quilómetros e repete-se o ritual na segunda bomba de combustível. Pelos vistos não parámos mais vezes por só haver duas estações.<br /><br />Resultado: <strong>Deixei de dizer mal da linha da CP do Oeste</strong> onde trajectos de cem quilómetros em um pouco mais de duas horas são de facto francamente mais rápidos apesar disto acontecer num país onde se irá construir um TGV com um trajecto de apenas trezentos quilómetros para poupar vinte minutos em tal trajecto.<br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">O Hotel<br /></span></strong><br />Às três horas da madrugada lá cheguei às minhas acomodações, um hotel que à primeira vista me cheirou logo a espelunquice.<br />Retirei o meu jipe do reboque, pois sabia que tinha de ali permanecer cerca de quarenta horas e o jipe funcionava sem problemas atestando-o de água de trinta em trinta quilómetros.<br /><br />Subi ao quarto, tratava-se de um apartamento com cozinha que tinha apenas um frigorífico e uma mesa e cadeiras de plástico, estava tudo limpo, mas havia uns insectos rastejantes que não me preocuparam pois não tinham aspecto de querer dormir comigo.<br />Pus o computador a receber fotografias para o disco externo, despi-me, pensei em tomar banho mas estava tão cansado que adiei para a manhã seguinte.<br /><br />Já deitado olho para as paredes e verifiquei que tinha como companhia <strong>alguns mosquitos e mais de cem moscas. </strong><br /></p><p>Levantei-me, claro que aborrecido e fui à recepção em cuecas (não faço a mínima ideia do que os muçulmanos pensam de tal acto) para pedir insecticida, pois preferia dormir com algum veneno do que com todo aquele esvoaçar.<br />O Porteiro e guarda do meu carro e o recepcionista tinham desaparecido, chamei, fiz barulho, bati em portas, nada e de repente aparece uma mulher e então agora eu, em trajes menores, mas pensam que ela se preocupou, o pior é que ela só sabia falar árabe.<br />Lá tive de recorrer à mímica, com a mãozinha a pulverizar e a boquinha a fazer chchchch e a árabe não me compreendia. </p><p>Eu só em cuecas agarro-lhe na mão, claro que nem me lembrei que não se pode mexer na pele das árabes, consequência um gritinho histérico com um abanão tal como se tivesse apanhado um choque eléctrico, mas entendeu-me e foi comigo ao quarto e percebeu então o que eu queria, se calhar devido ao meu olhar de ódio para com as mosquinhas, <strong>mas não havia insecticida</strong>.<br /><br />Agora quero mudar para um apartamento com menos moscas e a saharaui volta ao corredor comigo para recorrermos à mímica da imitação da chave na porta do outro quarto.<br /><br />A árabe percebeu, mas, para ela agora eu queria dois quartos e portanto tinha de pagar mais.<br />Passei-me e propositadamente toquei-lhe na mão para acabar com a contenda e ela lá me foi buscar a chave.<br />O outro quarto só tinha insectos rastejantes e lá dormi deixando a roupa e tudo o resto no outro quarto.<br />Acordei já de dia levantei-me a pensar no que mais me irá acontecer e dirigi-me à sanita e espanto meu sentado nela os meus pés ficavam no ar no interior da base do chuveiro.<br /><br />Olhei para observar a casa de banho e de facto ela tinha espaço suficiente para ter tudo de forma diferente não necessitando de tal anomalia, mas eu na Mauritânia também já estive numa casa de banho num hotel de chinguetti, onde a água do autoclismo estava ligada à canalização da água quente, intentos de engenharia do Sahara.<br /><br />Mas logo a seguir percebi a intenção de tal arte, é que não havia papel higiénico, portanto e então era só levantar e ficar no chuveiro, que foi o que fiz.<br /><br />Mas agora no duche a quantidade de água que deitava era só um fiozinho. Molhei-me, pus champô e ensaboei-me e abri novamente a água e agora o fiozinho ainda parecia menor.<br /><br />Reparo então numa torneira por baixo do cilindro eléctrico e lembrei-me que no camião para poupar água, o Victor deixa a torneira quase fechada e pensei que aqui fariam o mesmo, pelo que fui à torneira virei-a para um lado e deixou de deitar água e virei para o outro e também não deitava.<br /><br />Transformei então a torneira numa ventoinha tal a ansia de obter a águinha, mas nada.<br />Penso então em ir para o outro apartamento embrulhado no lençol de banho, mas não havia lençol de banho, visto as cuecas e aí vou eu e mal saio deparo logo com outra árabe que andava a fazer a limpeza, mas desta vez eu não estava em trajes menores, estava apenas mascarado de homem ensaboado.<br /><br />Entro no outro apartamento onde claro também não havia água nem lençol de banho mas onde eu ainda tinha t-shirts limpas que utilizei para tirar o sabão.<br /><br />Mas já agora pensem no vosso aspecto após porem champô no cabelo e não haver água para o tirar.<br />Vesti-me, agarrei nas minhas coisas e fugi para outro hotel pois ali não ficaria na segunda noite que teria que passar em Dakla.<br /><br />No caminho para o outro hotel que conheço de paragens anteriores e para onde não fui por o marroquino me ter garantido que estava esgotado. descobri um novo hotel<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiijSiRuhMMiCovevHH-BpDls0iRcq4esuy01oxwnC8eqw8NabN7QImE_iugLFo8W-ikvsGOj6vguOayeCV6_YJOmZCLb_Wi8eizXaz_8Fc-LA8o-kS_6jpVFSlDoVrxgZOo26GBw/s1600-h/DSC_8108.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323200957347134770" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiijSiRuhMMiCovevHH-BpDls0iRcq4esuy01oxwnC8eqw8NabN7QImE_iugLFo8W-ikvsGOj6vguOayeCV6_YJOmZCLb_Wi8eizXaz_8Fc-LA8o-kS_6jpVFSlDoVrxgZOo26GBw/s320/DSC_8108.jpg" /></a> que me pareceu um paraíso colocado em tais paragens, é dirigido por uma senhora francesa ajudada pelo seu marido, é novo, esteticamente muito bonito, fica em cima da praia e do exterior a fachada<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc8_wEU9AEzPW6XsxaUovZjctRUYSFstcHd5XqXH7A2pMFlid8VLGi8EtyYdj5KNKORNOpqk3GNGEIHGidcDxCFpgRH2tzVPw3WaRjhLyFmRMnh1GqPoChiP3PFsYoUjqIUTRooA/s1600-h/DSC_8053.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323202606860229730" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc8_wEU9AEzPW6XsxaUovZjctRUYSFstcHd5XqXH7A2pMFlid8VLGi8EtyYdj5KNKORNOpqk3GNGEIHGidcDxCFpgRH2tzVPw3WaRjhLyFmRMnh1GqPoChiP3PFsYoUjqIUTRooA/s320/DSC_8053.jpg" /></a></p><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323201872610959890" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHKnL1RBz5-1uWIV-VNDyVcoYu8HOtv5HHY7Q4rV3Sgfj_pd7jeuLQJzk_4Nvp3G_lIUlamtvAqu4L4LVRxKXAIgE48D9kpwu9psgwrjGJd9blixny6eIRZrxMaIDAMbFqt2CNtg/s320/DSC_8111.jpg" /> parece apenas um miradouro para o mar, é uma maravilha de organização e um paraíso para os pescadores desportivos e para mim foi uma dádiva<br /><br />Aquilo do primeiro hotel foi mais um esquema dos Marroquinos, no recebimento de percentagens.<br /><strong>Ideias Nómadas</strong> quando costuma escolher hotel sabe bem quais os hotéis onde os seus clientes podem ficar e quando pedimos a assistência em viagem pedimos alojamento no Sahara Regency e foi-nos dito que estava esgotado o que vim a verificar não ser verdade.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhdwgAz7JAZy_OJHi1rGNn3pl6g0y4VqqY6YBSlcrxQltE7JSIJvpJpvHay9Bo8A0HW6oeZqxRu7fn4YbBN5xrsnJjisON7wVMb4_iYjURZ_ARxM3TN8V1oL5AR_zT5yO2opG1Yg/s1600-h/DSC_8105.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 266px; FLOAT: right; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323196696457436706" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhdwgAz7JAZy_OJHi1rGNn3pl6g0y4VqqY6YBSlcrxQltE7JSIJvpJpvHay9Bo8A0HW6oeZqxRu7fn4YbBN5xrsnJjisON7wVMb4_iYjURZ_ARxM3TN8V1oL5AR_zT5yO2opG1Yg/s400/DSC_8105.jpg" /></a><br /><br /><strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVbokHMZ7DsM_6nqiRNyyCC4GLOqyZVANGhQ_OTnDpZgXXTg29NVcumAk72hVlFJ51SxaUk_hYBGt3Ivd06Ldld9p6q31hNimmPizBqxWUJgpefwx4W-18s1IOpMJCtu5IytCVog/s1600-h/DSC_8094.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 270px; FLOAT: right; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323197877288732578" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVbokHMZ7DsM_6nqiRNyyCC4GLOqyZVANGhQ_OTnDpZgXXTg29NVcumAk72hVlFJ51SxaUk_hYBGt3Ivd06Ldld9p6q31hNimmPizBqxWUJgpefwx4W-18s1IOpMJCtu5IytCVog/s400/DSC_8094.jpg" /></a><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 266px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323199809245096562" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkIhUdBYVe181ipRLatHwbWp6MDf9n_Q1lbyUl-yWQoM4IGtShCGH2Ate35M-lSoE0LEfwp2VPRWLW6tX3YPh62w8NwYYJNdwf93fwWGdehhO_q5rmt3ZCVnQTvLlMmhN5MjQ2qg/s400/DSC_8052.jpg" />DAKLA<img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 266px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323195271822412866" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFfp7i4Lx6p9Na1ukI-EhZsX3NhfZ5iw51UzXQV_4_CN81605JV6D0VO_bbU4kA4TrC49pOI8DkyM-XUe0f91rNl7U33XhuONGImWcc_Z53stywULgnoywb06ookXNKYxbEKXgJA/s400/DSC_8123.jpg" /></strong> Permaneci à espera de avião um dia e uma manhã em Dakla, que fica numa península que dista vinte e cinco quilómetros da costa africana e que tem um clima ameno com pequenas variações de temperatura entre a noite e o dia e em terras saharauis.<img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 270px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323194180142551810" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUcl0fzIbabdFeLEP0JpdOCUpVwnunrJZ91qh_0wHgUFL3ECI6Xb96nxTbj_KWNNnBoSw2NPGebGX_Ui_QrDfT5x1URwDZfr0rul9uY10xrXGc5XZDluCKtkMlxQSzpQELdXvgaA/s400/DSC_8126.jpg" /> <img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 266px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323192786414716658" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZMuK576P-9IlE4TPklA7lc3XDf_DzrNYiYfKkQCW3JqzPeyFKMyOVpRw4aoUQVTOpilWnOV3rf_CsCYrWRJT4RehV4y4akVyHRzc_P5aAcJynLZflj4VJd2jM9ftJttry2lN76A/s400/DSC_8152.jpg" /><br /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 266px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323192000904773106" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw8NusQ3s01nUzoAJROdUCiei1OGfQtKB8J5791kLsD7029-ZBKdTGOlv3Srkez9dY7REdDVFNXVY_T35oEYnYupgpLUD6sykbJ3H6z3YLwfVWTFvFOX0XdYafWX02IjRXjzDfgA/s400/DSC_8183.jpg" /><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-78452819976845658852009-01-23T19:20:00.003+00:002009-01-25T04:10:12.107+00:00<span style="color:#cc6600;"><span style="font-size:180%;"><strong>SERÁ POSSIVEL </strong></span><br /><span style="font-size:180%;"><strong></strong></span><br /></span><strong><span style="color:#ff6600;"><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">QUE TAL ME TENHA ACONTECIDO?</span><br /></span></strong>( falta adicionar fotos)<br /><br />Mais uma viagem mais uma corrida a Marrocos, efectuada há já alguns anos atrás, na período do Ramadão e num dos meus primeiros trabalhos para Ideias Nómadas.<br /><br />Não contei já esta estória por ficar bastante mal no seu términus e, assim, as vossas opiniões em relação à minha pessoa irem ainda piorar mais.<br />Vão ver que o vosso comentário final será:<br />-Mas que nojo.<br /><br /><strong>ESTÓRIA</strong><br /><br />No Sahara , claro, com um grupo de jipes, partimos de manhã num dia de Sol e calor, algo habitual nos grandes e portentosos desertos.<br /><br />Entre nós ia um senhor Engenheiro Mecânico que, não sei se por cansaço de muitos quilómetros já percorridos ou se pela razão que de facto invocou, de os amortecedores terem perdido qualidade de desempenho tal o aquecimento que levaram, teve um “desaguisado” com a pista (e porque não também) devido a alguma velocidade a que seguia e, resultado, o jipe que conduzia foi abraçar um valente pedregulho.<br /><br />O médico foi chamado por rádio com urgência, mas felizmente só o carro necessitava de cuidados, pois tinha a frente um pouco destruída.<br />Esta foi de facto a nossa primeira impressão, pois ao retirar o jipe verificámos muito mais problemas mecânicos, sendo um deles a “fractura” do cárter que já tinha derramado para a pedra do meu querido deserto um líquido, precioso para o carro, mas péssimo para o ambiente que, como perfeito que é, de nada precisa para lubrificação, pois tudo corre nele bem, excepto o que o homem lhe faz, mas é tal a vastidão do Sahara que só junto aos aglomerados populacionais isso mais se nota.<br /><br />Os desertos “heureusement” (gosto desta palavra) são dos poucos sítios da terra onde a pureza da natureza se mantém intacta há seculum seculorum.<br />Será por isso que algumas pessoas ainda andam em camelos?<br /><br />Resultado: Aquele jipe, para sair, dali só rebocado.<br />Jipes e cabos são coisas que não faltam nunca.<br /><br />Almoço é que por vezes não há.<br /><br />Retirar o carro daquela situação e o trajecto efectuado a rebocá-lo, de lento que foi, atirou o nosso almoço para a hora de jantar.<br /><br />Neste demorado e aborrecido resto de trajecto, seguia eu a fechar o grupo com muita fome e sono, que momentaneamente, a fome, o acidente me tinha tirado, mas que logo recuperei tal a pasmaceira da lentidão daquela progressão, quando ao longe surge uma caravana de camelos que vinha na nossa direcção.<br /><br />Preparei logo a máquina fotográfica mas, com o aproximar da caravana, verifiquei tratar-se de camelos com turistas, e como me cheirou a artificialidade guardei a máquina.<br />Mas ao mesmo tempo pensei nas pessoas que ali vinham e, para não os incomodar, parei o meu jipe para evitar barulho e pó e também para não assustar os camelos, pois o meu escape estava nas horas da amargura, ou melhor, a entregar a alma ao criador.<br />A própria panela do escape já me fazia companhia no interior do jipe.<br /><br />Fiquei olhando, era difícil distinguir os berberes dos estrangeiros e não nego que os meus olhares procuravam também alguma bonita turista e de preferência descascada, mas nem nada...<br />Os turistas, como o Sol obriga, tinham-se fornecido e vestido a rigor de roupa árabe com “jhilabas” e turbantes que lhe tapavam toda a cabeça e corpo, usando óculos escuros, o que nem permitiam ver se os olhos delas eram ou não bonitos...<br />Mas só com atenção e com dificuldade pela forma do corpo se distinguiam os homens das mulheres, pois as turistas preferem-se trajar com a roupa árabe masculina.<br /><br />Pensei:<br />Raios partam isto, nem aqui há nada de interesse, mas mesmo assim como não havia mais nada para ver continuava olhando.<br /><br />De repente, e ao meu lado, um “caravaneiro” de forma totalmente desajeitada, tenta parar o seu camelo, o que acaba por conseguir, quase ameaçando chocar com o meu carro,<br /><br />Olha para mim e a diz:<br />- Olha o Gaspar.<br /><br />Fiquei atónito, estupefacto e de certeza com ar espantado e boquiaberto.<br />Será que a fome dá “audiões” tal como a sede dá visões .<br />Meti os dedos nos ouvidos para ter a certeza de que ali, no fim do mundo, alguém que não era do meu grupo e que vinha de algures e de camelo me estava a chamar.<br />Seria a fome a fazer-me esta confusão.<br />Maluco penso ainda não estar.<br />Será um marroquino que me conhece?<br />Mas como pode um marroquino dizer em bom português Gaspar? Além disso eles chamam-me “dôtôr”...<br /><br />O mistério logo se desvendaria quando a personagem vestida de árabe desenrola o turbante que lhe ocultava a cara e com grande espanto meu, ali aparece à minha frente um colega de profissão e de especialidade que trabalha no Hospital do Barreiro.<br />Não houve tempo para conversas pois a caravana continuou a andar.<br />Disse-me só que se tinha metido naquilo durante uma semana, que a esposa estava com ele e ainda conseguiu dizer-me:<br />- Para o ano venho contigo, mas de jipe.<br /><br />Bolas, desde o acidente o nosso trajecto tinha sido um marasmo e agora que havia ali uma fonte de interesse já se ia embora, deixando-me com tantas perguntas para fazer.<br />Vens de onde e para onde vais?<br />Como te meteste nisso?<br />Estás a gostar ou estás arrependido?<br />A ideia foi tua ou da tua esposa?<br />Há mais portugueses?<br />Etc.Etc.<br />Nada.<br /><br />Fiquei cheio de curiosidade e sem ter respostas ás minhas interpelações mentais.<br />Mas que diabo aquilo das caravanas pensava que era uma pasmaceira, afinal até pode ser “stressante” pois nem tempo há para parar e falar.<br /><br />Mas a verdade é que de certeza ele tinha almoçado, e eu... nada.<br /><br />Para o ano quer vir comigo de jipe, bom penso que será bem melhor, pode tomar banho, ao fim da tarde, beber umas “bejecas” embora caras, mas valem o dinheiro que eles pedem por se tratar de fruta proibida e poderá até dormir num bom hotel.<br />Até hoje ainda espero o oferecimento.<br />Teria ficado farto do deserto?<br />Uma semana de camelo…<br />Teria sido Sol e calor a mais.<br />Teriam sido os amortecedores do camelo que são “lixados”.<br />Já andei de camelo a subir e descer dunas com a finalidade de fotografar da duna mais alta o pôr do Sol e andar naquilo é tramado, imagino uma semana.<br />Já sei o que foi, é o tal feitiozinho das mulheres, ele levou a esposa e ela nunca mais o vai perdoar e a partir daí as belezas do deserto só na TV.<br /><br />Prossegui na minha “Jipó-caravana” ainda incrédulo.<br />Este mundo até parece pequeno.<br /><br />Eram já cinco da tarde e eu não me tinha prevenido com as minhas habituais tâmaras ou com os bolinhos secos ou até com as bolachinhas de aveia ou barras energéticas, tinha latinhas de atum e cebolinhas lá atrás, mas parar para comer parecia mal, por isso tinha de continuar o Ramadão e pensar em outras coisas.<br />Pensar em comida é que não.<br /><br />Se eu tivesse dito ao meu colega que o levava para trás qual a decisão dele?<br />O trajecto que eu faço numa manhã vai ele fazer numa semana.<br />Ter-se ia prevenido com anti-inflamatório para as dores das costas, ou antes, de todo o corpinho.<br />Quando têm vontades fisiológicas não se podem esconder atrás dos carros como nós.<br />Deve ser mulheres para um lado homens para outro e de costas viradas, e se algum marroquino vir alguma coisa está tramado pois é Ramadão e será pecado.<br />Aquilo sim, poderá ser uma aventura.<br />Será que um dia eu iria fazer o mesmo?<br /><br />Dormir e passar a tarde num oásis à sombra das palmeiras é algo que me agrada mesmo sem “bejecas”.<br /><br />Conheço o trajecto das caravanas de camelos que atravessavam o Sahara para efectuar trocas comerciais, trocas essas que principiaram com a simples permuta de sal por ouro e sinto-me atraído a fazer esses percursos, mas de jipe ou, melhor ainda, em camião 4X4 transformado em autocaravana.<br /><br />Isso sim é que seria uma boa vida para um tendencial nómada, como eu.<br /><br /><br />A SOPINHA - HARIRA<br /><br /><br />Eram cerca das 6 da tarde e aproximávamo-nos de , onde iríamos deixar o jipe acidentado e pensei:<br />O Hotel ainda é longe, era aqui que estava previsto almoçar, podíamos parar e comer qualquer coisa.<br />O chefe, que faz Ramadão com facilidade, lá teve um pensamento parecido com o meu e disse pelo rádio:<br />“Calha bem chegar a esta hora” pois vamos ter a possibilidade de ouvir o tiro de canhão que é disparado todos os dias no período do Ramadão quando o Sol se põe e temos a oportunidade de podermos comer uma sopa de harira, que é a sopa tradicional desta época religiosa.<br /><br />Sopa de harira, eu adoro essa sopa e com a fome que tinha só já pensava na sopinha.<br /><br />5, 4.3, 2, 1, 0, quilómetros, paramos os jipes junto a um grande aglomerado de pessoas tipo feira marroquina, tento, ainda dentro do carro, cheirar a sopinha, saio, ligo o azimute para a tenda mais próxima.<br /><br />Para passar a multidão encosto-me e empurro com o corpo pessoas e pessoas fazendo gincana entre elas e com custo lá me aproximo da tábua que serve de balcão, consigo chegar, mas só lá caibo de lado, mais um último esforço no empurra a dois marroquinos que me ladeavam, estou de frente para o “cozinheiro” e grito “Harira”.<br /><br />O “estalajadeiro” vem direito ao marroquino que estava ao meu lado e que tinha acabado o Ramadão um pouco mais cedo que eu, tira-lhe a malga onde ele tinha comido, passa-a uma só uma vez por um alguidar, com água muito suja, num gesto rápido de meio segundo e imediatamente e sem a limpar mete a malga dentro de uma panela de sopa para a encher da dita, mão e tudo, mas com a prática só molhou os dedinhos e põe-ma à minha frente.<br /><br />Estava cheio de fome e agora faziam-me aquela porcaria.<br /><br />O que faço com a sopa, mando-a embora?<br />Ao dono da tasca vai-lhe parecer mal.<br />Lá seria mais uma razão para os árabes dizerem mal dos ocidentais.<br /><br />De repente lembrei-me:<br />E a colher?<br /><br />Pois ainda foi mais rápido.<br />É também tirada de uma malga vazia acabada de esvaziar e num décimo de segundo passa pelo único alguidar com a única água encardida que havia naquela tenda e de uma só vez, tal como a malga.<br /><br />Este rápido gesto deve ser para que a água para a lavar não fique suja e foi tal a agilidade do gesto que antes que eu conseguisse gritar para tentar outra solução, eis que a colher é metida dentro da minha harira.<br /><br />Que fazer?<br />A colher há uns instantes estava na boca de um berbere e agora está dentro da minha sopinha.<br />Sem a colher se calhar comia a sopa, mas com a colher?<br /><br />Satisfazer as nossas necessidades fisiológicas é a nossa finalidade principal, a minha fome era muita, o pensamento na sopa tinha-a ainda aumentado...<br />Sim, não, não, sim, enchi o peito de ar, coloquei o pensamento só na sopa e procurei nem cogitar na porcaria que aquilo era e consegui, com muita dificuldade, meter a colher à boca - é que nem o braço ajudava e sentia-me todo arrepiado.<br /><br />Garanto-vos que só as três ou quatro primeiras colheradas é que custaram, e é difícil explicar a sensação tida de malquerença e aversão a uma situação única ao lutar entre a vontade, o instinto e a razão e ainda hoje, só de pensar nisso, me arrepelo e arrepio, mas depois, a sopa e a colher eram todas minhas.<br /><br />Não sei se fui só eu do grupo a quem isto aconteceu, mas uma coisa é certa: até hoje ainda nunca ouvi qualquer comentário a tal repasto.<br /><br />Envergonho-me de vos dizer que a sopa estava óptima e não sei se voltarei a comer uma harira tão boa, mas predigo nunca mais fazer isto (embora pense que se vier a passar dois ou três dias de fome, terei que reconsiderar o atrás descrito. Que porco.)<br /><br />Nota: Já sou possuidor de um utensílio que uso à cintura que faz de colher, garfo e faca e nunca mais me vou esquecer da caixinha com muita comidinha junto à alavanca das mudanças da “minha jipose”.<div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-51973301253876205842008-03-25T00:05:00.008+00:002009-04-25T03:33:24.352+01:00<div align="center"><strong><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">MAURITÂNIA </span></strong></div><br /><br /><br /><br /><div align="center"><strong><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">MOTOS E</span></strong></div><br /><br /><br /><div align="center"><strong><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">PARTICIPANTES EM VEÍCULOS DA ORGANIZAÇÃO<br />OUTUBRO<br /><br />VIII Expedição TT<br /></span></strong><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183318755485285426" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTgZw8fLOEtca_a3pikx4erJeFXnoxeNw_srhv-FhTH6Znw8cDM-ZUzeILOsYRe9wRSrXLKqCqETSm7yGETKG1TEBORIZfnE51qVdkHM9saOnRlMubUYcXhRszYyhQW77ablhzig/s400/DSCN4314g+copy.jpg" border="0" /><br /><div align="center"><br /><strong><span style="color:#cc6600;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183660338529303698" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA3Plx5gxoV2MpDt0VNTEJcMAcMlXNeobtE88fKvt-t9nKgCLJelCURbgJLztqsTTMlz3lLk15B1J3X40WMjhpHJnvSy7aQiRSksCrPsbV-NWsnsFZxK3SF9eS5rstYoq782iXTw/s400/mauritania+1-2004_Alan+263+copy.jpg" border="0" /><br /></span></strong></div><div align="center"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183319030363192386" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPl1AOpmdHkb35muD5EWiiTqRFXXvgHpE_pIRwz7XTJi93NaT6nNCxYNdbSUHUk9zqx5MhBDPnQzFFKhGEdU_CLbD3dAOg0iEAdrGVkGutjGtWi4sP2G5U6OtTfkjkJlYgKP3roA/s400/P3203700+copy.jpg" border="0" /><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183660853925379234" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJf-s2gP5OybayXm9QB3XHfRyf9bbyvyrGNo_ltfqtUIoT60F2vMBMVqyTFNEPpMEdL-nQTukpiedn6BAOxNCrD1un2OjagywG9tEacodX6hrZX1M105Y9GWspRJkmyi8f-qJLEQ/s400/DSCN4290.JPG" border="0" /><br /><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183658981319638130" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZEGSJ5Vvl_eGkp2fD7Bz_P6APpH8myDZb_eaEg7F1KwuksOJo0QxdSqbkPeQeAN5y8u7os92aM4Vdnc8LACz6Aku4C8Qwd_zZitSP-zKexFwx4fgqAswFmpmXnm1Y68yz0FCRyA/s400/Pb130296+copy.jpg" border="0" /></span></strong><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183657727189187682" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkiTEuJRmoakS45jQ081-odtfHPMR2aPlcbDSqoq2ic1E16F37w0iCW3To8990smVKH9HcJFwcPHagqQXqc7D6DX8ZnwOgT7mmQtnv8o1iLomGYue3mslNf0rKWuDUDIW6XFr8cQ/s400/P3264221+copy.jpg" border="0" /><br /><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183656700692003922" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLy91XQ9OuPNrBa6RP7XCCW9MaTL_Q-ZpPx_AnS6Tm-cfHSxSpZVhHlrAtOl1jNSLZfds1zO8WF0D_Pjl57i1cb8_kDgkMuIco-5CBtPY_MloU1Aom652NgHlDsIfLn7r7ltfySA/s400/DSCN4252+copy.jpg" border="0" /><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183659612679830658" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI4ytCKdQulOwu_WCYJrf2i8vaN7KzIRRxRrrd3ZuZNEOl2Df_i0Os5e9cCr8oMHkRdcu4nX5kJT7sM31l4eTJ17zd3a0BBuXxMWmEQZbOhf-Mm6W4Tscr6ufTnmKE64lCyW088A/s400/mauritania+1-2004_Alan+210+copy.jpg" border="0" /><br /><div align="center"><em>RESERVAS POR ORDEM DE CHEGADA</em></div><div align="center"><em>para: <a href="mailto:geral@ideiasnomadas.com">geral@ideiasnomadas.com</a><br /></em></div><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-61342733455433471932008-03-24T22:36:00.008+00:002009-01-26T01:58:03.909+00:00<div align="center"><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>MAURITÂNIA 2009 POR TERRA<br /></strong></span></div><br /><br /><div align="center"><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>com Ideias Nómadas<br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183663194682555570" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL85ePgMJ1jZSW7gjUZeRLDAQHSI2bevJKkhc-rm7fsqRcSZGFMv0NluMhvm3skSu4XJsQj5wPPqCMxf2SsD-hCrmK0fYFlY8OwsKglA8cs6oQsP7owChZFLbrFY5dmEuU8o-pAg/s400/P3254160+copy.jpg" border="0" /><br /></strong></span><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183311806228200402" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjllDT8FPIZzSTH8i1_-79PWKZPyBOp-BIYY8YYKn6wSX7pRblyDgSjpGa-7gS0Tq5xXK6Cd778Lf1aHH-s5fhWw6IA14aYmf73trDRkZ81nmgduFnUBhfE7FsrQ8_QdVAEsLr38Q/s400/DSCN4455+copy.jpg" border="0" /><br /><div><div><div><div><div align="center">.<br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183312592207215602" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8c8es2Bhmagc62kmjqUAGS5DHPOo6Ut6fdIkVg8UUWyyTCKJIy8EyusVJsqYfdJ9Sgqeo7z-04HqG1MnzUjKgcb0YxhB2MVo74jWEYwD0WYUoAAk4ssPhY9-2hJT0WIR5s4sJ3w/s400/DSCN4449+copy.jpg" border="0" /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183682032409115890" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTkkJ_kXOSHzadoDzHklQmN3In9-7bJKbAZdK5FdeOVwKxYlGmYfAhaPiRxW9ntVr3J2bclbdufLN8k9GELEaEuMrJp_dKhK-CCuyIXXF5IMLmV0ykfmdVh4phMvcHs_j-DFUWxg/s400/P3183619+copy.jpg" border="0" /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183315684583668770" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikuvUmHMC_uOCHONafb8ss8Bqzqd7jpbcMpBHMCGSfIOc8-HjN9Zq511hw4pG655HTm0B4oAU-2NIJm9u796zNhfyQJXHHKlfx2dO7lbckzYTiSDoMGQBQJe1Vyh9VamGOpAgU0w/s400/mauritania+1-2004_Alan+263+copy.jpg" border="0" /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183312119760813026" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOBgW6FLyVDBu5dV5hO3OwbwQUKZ63j1yVO6wFP9MUT5i7veJpEduWbIHBrcbgYyn0uUtUhHwxf1E_dhOAz31pXrkQFqnecS2HKjmL5i2vJz-hUeQW6F0y9sgqqEoe_FFrA7zrhg/s400/DSCN4314d+copy.jpg" border="0" /><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183312892854926338" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipRvyHw1hGjMng5tQQFQiJZKCIEKuVSn2YnXPG95wo5tKE0RDpTfFpHNq_turStKOZTv2iA5DCjXRnJ66tSqZJU-gF-_gylzltnnPFihqEcR8n1X8mfBy9ziCuWHwxOOeUZROhYg/s400/DSCN4314e+copy.jpg" border="0" /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183681212070362322" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw5U_EkoRMOkq9fAZzCNwj6DBZAgzz1_49tusUfWYdthmDBrRsW9OOlT7BDem9uqYfgxLyYi-4_VzqD_FZIzaEwehccWP2acLTVGDBl6YVs8YZGGa3uq1gyHB4k_u80AKeX0OTiQ/s400/P3244054+copy.jpg" border="0" /><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183315134827854866" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1cL20w5oM6Qr4fY9-J2-a9alK8WwsCLLfJWrtozuJ8eMWKWLcmLyWzRuRDBi9JsC8pKwq8a-qiVcZy69xhK93jhcTvBGO0QcI3Vh3IBVZRclvzA6zJuQ6uvMOWvzw0SWgGn-u8Q/s400/mauritania+1-2004_Alan+238+copy.jpg" border="0" /><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183681499833171170" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEii0IfkETFHJKbSPwGSJv_6lUsmD_N4xdzEkuSh2JzAyZ5OGevTtm-9VRUf9YoM4BmHpfRFetfOcuZ03s1P0K3gFuk8CFACD-a0iT5TwWB6ut4DhpMsvT5l1AQkyddr-cBBErn7Sw/s400/MARROCOS2007+577+copy.jpg" border="0" /><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183683690266492162" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMaGywYgT-JBpOmR9sw3Y6EDc8zw61rg4OYj1zeR2_B3jzwVSfneNZZy1EhPHcRV7VQj3216a_9Oov3cePGAgGvyJFVmrkjmGLDAYCioGS9sOIjT16LmghDjsETV4x-NqWk-dHgQ/s400/P3234040+copy.jpg" border="0" /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183664045086080194" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwk_4P3-LdQF_AfXDW0_y56zoGWRS74hYV0UP4qlAefALSmbpeOaV2t3ORcxKLTr2NwjaPoo-aon9A32XtHi5_R_dJ4S6WSm-bBk_ZEs0JSTuiwNht8SQPDhEAENupDZeYgh8g5Q/s400/mauritania+1-2004_Alan+211+copy.jpg" border="0" /></div><br /><div align="center"><strong><span style="font-size:130%;">Reservas</span></strong>: <a href="mailto:geral@ideiasnomadas.com">geral@ideiasnomadas.com</a></div></div></div></div></div><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-88875870042759186572008-02-14T22:30:00.010+00:002009-01-26T02:01:19.296+00:00<div align="center"><strong><span style="font-size:180%;color:#993300;">VENHA NOS<br /></span><div align="center"><span style="color:#993300;"><span style="font-size:180%;"><strong>FERIADOS DE JUNHO </strong>COM IDEIAS NÓMADAS </span></span></strong><strong><span style="font-size:180%;color:#993300;">A </span></strong></div></div><div align="center"><strong><span style="font-size:180%;color:#993300;">MARROCOS</span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbPlaQmt1M4TXZhMxcyXnpqiYiqdbWJ8M_Zon422WkFbAlAjhdcNbJo0XXz7RffuVpCHIKUSNzgjJscADUt7esOjx7mfjm59uCe-0DJtWaO4RfHE8WibPYC9nrxAWFPu5qR8noVg/s1600-h/IDEIASNOMADAS_CAISMOTOR_MARROCOS_1_08+915.jpg"><span style="font-size:180%;color:#993300;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166988108055429122" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbPlaQmt1M4TXZhMxcyXnpqiYiqdbWJ8M_Zon422WkFbAlAjhdcNbJo0XXz7RffuVpCHIKUSNzgjJscADUt7esOjx7mfjm59uCe-0DJtWaO4RfHE8WibPYC9nrxAWFPu5qR8noVg/s400/IDEIASNOMADAS_CAISMOTOR_MARROCOS_1_08+915.jpg" border="0" /></span></a></strong><span style="font-size:180%;"> </span></div><div align="center"><span style="font-size:180%;"><br /></div></span><div align="center"><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166982747936243618" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC-c_7Pa4z1IeVWkpKwoLivgUNWHyYtrZt3lE2M50aLkyvbxqr0qRbtboODdgdkvaNqK1u7tjtSD0aVZzDS80daq7JMoCBuu7014F5XzzcPZg5ZcLcuGI-W_6eYbc5913qvbB-DA/s400/IDEIASNOMADAS_CAISMOTOR_MARROCOS_1_08+403.jpg" border="0" /><br /><div align="center"><span style="color:#cc6600;"><span style="font-size:180%;"><strong>Programa em Marrocos<br /></div></strong></span></span><br /><br /><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#cc6600;"><span style="font-size:180%;"><strong></div><p align="center"></strong></span></span><span style="color:#cc6600;"><strong><span style="font-size:180%;">Trilhos do Sul</p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166987339256283122" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB8DHfo9oyiG5nakJu4qahq-GFS-Q0iWCowz3pedMj-IzZ77Arp_QVjO4yyH9yJIS-J0XF1mgpoZGd_KI1NTnZrdeYSU96DXNhZY7_Vn3Louaq-8QTxoIxJrC8Mwg021_FJnlEGg/s400/IDEIASNOMADAS_CAISMOTOR_MARROCOS_1_08+933.jpg" border="0" /></span></strong></span><br /><br /><br /><div align="center"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166998991502557250" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiugQDJzZ-RFxlnDF9sESZRy7iNr7ESVGLSIequ2W39cjVmGy7_wnEjuXhARP598n7DrWdkPqN7Yiwbjv6mylIh28C0VXp361M8lle_zWM0WAnk_HeJenQgthCju7VLa1UmEBPsAQ/s400/IDEIASNOMADAS_CAISMOTOR_MARROCOS_1_08+789.jpg" border="0" /><br /><br /><span style="color:#cc6600;"><strong></strong></span><span style="color:#cc6600;"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong></span></div><div align="center"><span style="color:#cc6600;"><strong><span style="font-size:130%;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ8pTdb4HpIGbxC8-vBqmdlr0qAf_1HyailmS3AvSZWZV37rO1YhobCXX8yGjYXjLfsahHNkAK-SjJxljOL9_JPS2nROKMxzHH9ARkCJS_zLX-KJ9RlXjmdmLB_nYnQ-riuij7tg/s1600-h/IDEIASNOMADAS_CAISMOTOR_MARROCOS_1_08+897.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166989293466402834" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ8pTdb4HpIGbxC8-vBqmdlr0qAf_1HyailmS3AvSZWZV37rO1YhobCXX8yGjYXjLfsahHNkAK-SjJxljOL9_JPS2nROKMxzHH9ARkCJS_zLX-KJ9RlXjmdmLB_nYnQ-riuij7tg/s400/IDEIASNOMADAS_CAISMOTOR_MARROCOS_1_08+897.jpg" border="0" /></a><br /></div></span></strong></span><div align="justify"><br /> </div><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166985531075051474" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdoCYNLOFZLtkS7RenrscH-kJmt-yht4XT-vqNPwsNl4iaGwC6hQXBJmUp4T-cTyGBzLLhyphenhyphenU-eOx0QeZGp0xkszV0OlKp7W6XeJxJ2cEf37dHhtTYD0A4jzb1wwcafIeYcaF6Ffw/s400/IDEIASNOMADAS_CAISMOTOR_MARROCOS_1_08+510.jpg" border="0" /> <p align="center"></p><p align="center"></span></strong> </p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166986862514913250" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTw6B17RGrX0UDymKIfFgzJN-KY6AMgk33RzWr144jIZCmpCKXxAxXM-xBHGf4W4iUAwJu2pHGHy3nA7Y2kK8oS3ICfsQeu9ippnm0060XVnFL56KkuEAR-YfAqwV54xgAzlKxNA/s400/IDEIASNOMADAS_CAISMOTOR_MARROCOS_1_08+886.jpg" border="0" /> <p align="center"><br /> </p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166998330077593650" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhSBjtAhL9h4ERvxhGzH4PcDvpmlZLa-cXGdInKRt80NapMXQbAuCAeWXvF-MpsiuZRy1nvm5jfTt2eAhEgiDP9AJQM7dYJztaY_9IWqTRCKU5KTHManulq8krnkRxw-iOKHx2zw/s400/IDEIASNOMADAS_CAISMOTOR_MARROCOS_1_08+321.jpg" border="0" /> <p align="center"> </p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166983452310880178" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVSKu0nVkSodIyq2uL6VcxoEq_zA9v_egFjPGBhbLvHlJ5Vxa20LC9mzMMR5XS-vACw26xJ3vcXaVTnqCrR9zAsLeeHHWpVPGf0rKREMefM6H1-9XHKGcKwI4-heV_b0ITFU82BQ/s400/IDEIASNOMADAS_CAISMOTOR_MARROCOS_1_08+428.jpg" border="0" /> <p align="center"><br /><br /> </p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5167001031612022866" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu66M-LNUP47qiTxZpJ3mPsL6GAXTClpAw64IT9-tWzIpJHy9pac1z1RMMi6Jbc_6AXs8GXj2lXTAknfulMJYvLR6b7lkRofFrT-OivXk-qCkbJ9JANfg2I-INcuw131YhuWYbRA/s400/IDEIASNOMADAS_CAISMOTOR_MARROCOS_1_08+339.jpg" border="0" /><br /><div align="center"><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>RESERVAS AUTOS EM:<br /><a href="mailto:geral@ideiasnomadas.com">geral@ideiasnomadas.com</a></strong></span></div><div align="center"><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">RESERVAS E PROGRAMA MÓTOS EM:</span></strong></div><div align="center"><strong><span style="font-size:130%;">w.w.w.</span></strong><a href="http://caismotor.tudosobrerodas.pt/"><strong><span style="font-size:130%;">caismotor.</span></strong></a><strong><span style="font-size:130%;">com</span></strong></div><div align="center"><strong></strong></div><div align="center"><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"></span></strong></div><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-46319882859235678252007-05-25T18:26:00.000+01:002008-12-09T13:57:06.063+00:00<div align="right"><span style="font-size:180%;"><strong><span style="color:#cc6600;">Marrocos</span></strong></span></div><div align="center"><strong><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"></span></strong></div><div align="center"></div><p align="right"><span style="font-size:180%;"><strong><span style="color:#cc6600;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068577160147326786" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 540px; CURSOR: hand; HEIGHT: 484px; TEXT-ALIGN: center" height="300" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKQkDLnQcb4fBWsMZq2iwkQpKtxXzgtnO344M6RU8f48Ad_dpDDgRd_fS2bjU7npp-rAZ51neCljlOcnfhKu_wfMD9qTsNvt87YpUDQe0lmF2EW-RMwnmf5lDSywS6Jg6yMw5Ufw/s400/I~000002.JPG" width="680" border="0" /></span></strong></span></p><br /><br /><br /><div align="center"><span style="font-size:180%;"><strong><span style="color:#cc6600;">Rota dos Nómadas</span></strong><br /></div></span><br /><div align="center"><strong><span style="color:#cc6600;">Marrocos</span></strong><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Motos e Jipes<br />29 Setembro a 6 Outubro 2007<br /><br />Programa:<br /></span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">29/09/07: Tarifa – Meknes</span></strong><br />- Encontro em Tarifa - Espanha<br />- Embarque em Fast Ferry para Tanger<br />- Formalidades alfandegárias<br />- Continuação para Meknes<br />- Jantar e alojamento em Hotel <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5GE764brtCx1GbaeSWdU5iD4Q8AhEvCmXJorgxImbMN1Tkrfq5zsPVoEGiBzvQypLhx0-upPszdClAQ1bmuWnho2jriXd_00JBTRZgVAkY1Ru0oafEzcHkXfUPtHP-pAfcfexSg/s1600-h/VI+EXP+MAURITANIA+CAIS+MOTOR+990.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068564047612171970" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5GE764brtCx1GbaeSWdU5iD4Q8AhEvCmXJorgxImbMN1Tkrfq5zsPVoEGiBzvQypLhx0-upPszdClAQ1bmuWnho2jriXd_00JBTRZgVAkY1Ru0oafEzcHkXfUPtHP-pAfcfexSg/s400/VI+EXP+MAURITANIA+CAIS+MOTOR+990.jpg" border="0" /></a>****<br /><br /><span style="color:#cc6600;"><strong>30/09/07: Meknes – Erfoud</strong></span><br />- Pequeno-almoço<br />- Saída cedo rumo a sul<br />- Almoço livre<br />- Entrada em pista perto de Er-rachidia<br />- Final de pista perto de Erfoud<br />- Jantar e alojamento em Hotel ****<br />- 90 Km de pista <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhB_wxr4tkau0a7y8b4JkspswH3tc9liX2HAJFPyDyRQVICnq7ML-5Jb7dFQsMjNnr_1P0JHWAqbg49dvr1mrtF0BfGwoGzkkcEv0UzCLTKmgWeX8sLScDMFifiTfRZhcC5GuNig/s1600-h/135.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068565061224453842" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 402px; CURSOR: hand; HEIGHT: 280px" height="240" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhB_wxr4tkau0a7y8b4JkspswH3tc9liX2HAJFPyDyRQVICnq7ML-5Jb7dFQsMjNnr_1P0JHWAqbg49dvr1mrtF0BfGwoGzkkcEv0UzCLTKmgWeX8sLScDMFifiTfRZhcC5GuNig/s320/135.JPG" width="374" border="0" /></a><br /><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">01/10/07: Erfoud – Merzouga<br /></span></strong>- Pequeno-almoço<br />- Saída cedo por pista rumo a Saf Saf<br />- Passagem pelo Erg Chebbi<br />- Alojamento e Jantar em Albergue<br />- 160 Km de pista <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEix8ak79OU-mJRDOWAlck6VxC8h09TdvnEYrDXpg5LrDo7owyMnGl_PKEI8HC-rQm14cfhvo4HbNTfeUjHK_jAuE-026TMtPGcZQ-qovz_YgW5AYEcg6sZ7WCQtqi-vbD6ENLVMQg/s1600-h/129.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068566684722091746" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 402px; CURSOR: hand; HEIGHT: 280px" height="240" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEix8ak79OU-mJRDOWAlck6VxC8h09TdvnEYrDXpg5LrDo7owyMnGl_PKEI8HC-rQm14cfhvo4HbNTfeUjHK_jAuE-026TMtPGcZQ-qovz_YgW5AYEcg6sZ7WCQtqi-vbD6ENLVMQg/s320/129.JPG" width="478" border="0" /></a><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">02/10/07: Merzouga – Zagora<br /></span></strong>- Saída cedo após pequeno-almoço<br />- Entrada em pista em Taouz<br />- Continuação junto à fronteira com a Argélia até Grismal<br />- Passagem por Beni Ali<br />- Jantar e alojamento em Zagora Hotel****<br />- Cerca de 230 km de pista <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXckWJ3YoECsIsqGnFwVN2EpW6BXC-y6_eyWnCk_JsFqlMREpR5UdHvNw9PM5yT2PxkdTzo69pn2uHOv4Mb_FEOUNqsxdPpGr8UTBJoZ6PUAHn1dlbywBETJFz-VS57-j3KuspfA/s1600-h/250.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068568707651688178" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 402px; CURSOR: hand; HEIGHT: 292px" height="240" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXckWJ3YoECsIsqGnFwVN2EpW6BXC-y6_eyWnCk_JsFqlMREpR5UdHvNw9PM5yT2PxkdTzo69pn2uHOv4Mb_FEOUNqsxdPpGr8UTBJoZ6PUAHn1dlbywBETJFz-VS57-j3KuspfA/s320/250.JPG" width="368" border="0" /></a><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">03/10/07: Zagora – Bani - Zagora<br /></span></strong>- Pequeno-almoço<br />- Saída para etapa especial no Jbel Bani<br />- Jantar e alojamento no mesmo Hotel<br />- 180 Km de pista<br />04/10/07: Zagora – Ouarzazate<br />- Pequeno-almoço<br />- Pista entre Zagora e Agdz<br />- Ligação por asfalto até perto de Ouarzazate<br />- Entrada em pista até Ait Benadou<br />- Regresso a Ouarzazate<br />- Jantar e alojamento em Hotel ****<br />- 145 Km de pista <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1io4A3EJi-wltv9cUbXRtHG18f9yCAOjNA_iwB3ML9Oc7qFuL7EK5D3LO3UeufNJGfFBi2TAwLlaPM7eCR6dTjzrUFO29yX4QbM7ccDTxzlr_Gn2VLEhyphenhyphen3u4s9PUMG3690X-qMQ/s1600-h/DSCF0120.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068570292494620418" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 303px" height="240" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1io4A3EJi-wltv9cUbXRtHG18f9yCAOjNA_iwB3ML9Oc7qFuL7EK5D3LO3UeufNJGfFBi2TAwLlaPM7eCR6dTjzrUFO29yX4QbM7ccDTxzlr_Gn2VLEhyphenhyphen3u4s9PUMG3690X-qMQ/s320/DSCF0120.JPG" width="382" border="0" /></a><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">05/10/07: Ouarzazate – Marrakech<br /></span></strong>- Pequeno-almoço<br />- Saída para Marrakech<br />- Jantar e alojamento em Hotel<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkdgdkCgC-NhPgQ-jQGDwNOJwgY5LSdnJFWP7e-w3rcY8i72MABbKxPbOltT1qVqtBgITfpq0S-wTq7ATm_mlvoZFiecQvUQ7rloveApWvWdT4fKDC3aqbZExGDRB6Lroc2Y3dCQ/s1600-h/Municipia+1ª+Expedição+de+Cartografia+Marrocos+4-07+015.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068571989006702354" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 236px" height="212" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkdgdkCgC-NhPgQ-jQGDwNOJwgY5LSdnJFWP7e-w3rcY8i72MABbKxPbOltT1qVqtBgITfpq0S-wTq7ATm_mlvoZFiecQvUQ7rloveApWvWdT4fKDC3aqbZExGDRB6Lroc2Y3dCQ/s320/Municipia+1%C2%AA+Expedi%C3%A7%C3%A3o+de+Cartografia+Marrocos+4-07+015.jpg" width="346" border="0" /></a> ****<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">06/10/07: Marrakech – Tarifa<br /></span></strong>- Saída cedo rumo a Tanger<br />- Auto-estrada entre Marrakech e Tanger<br />- Formalidades alfandegárias<br />- Travessia em Ferry<br />- Fim de serviços. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeSYAoWoIHukTOLCdF45yC8LZSAPdaTb8d_10ZAdV8WgH4fe3Oklgd7Nca02gK8s8IGFS4fNDVPv0YZw_L43E-nR5k8xezDlPtVlIDJpGfNSd8BlE3nuwPCaFkhCg0YdaF_N3vkg/s1600-h/VI+EXP+MAURITANIA+CAIS+MOTOR+334.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068573780008064802" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 250px" height="213" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeSYAoWoIHukTOLCdF45yC8LZSAPdaTb8d_10ZAdV8WgH4fe3Oklgd7Nca02gK8s8IGFS4fNDVPv0YZw_L43E-nR5k8xezDlPtVlIDJpGfNSd8BlE3nuwPCaFkhCg0YdaF_N3vkg/s320/VI+EXP+MAURITANIA+CAIS+MOTOR+334.jpg" width="422" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">O programa inclui</span></strong>:<br />- Seis noites em Hotel **** em regime de meia pensão<br />- Uma noite em Albergue em regime de meia pensão<br />- Coordenação por veículos da organização<br />- Assistência médica por médico da organização<br />- Pontos GPS das etapas<br />- Seguro de viagem <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1LhrX5hVD3po_EIDuyGqw-SHiBAIMx6xk66TdVwQ7Bz_qhwr4q8bZt5lfR56pnXsltuT5J3ZNOwq4JDiep_EtscCalQZ1hd2-qQFj_zeoHsm0RmPY-SlVbOzHgEW9zD_66uLWow/s1600-h/Municipia+1ª+Expedição+de+Cartografia+Marrocos+4-07+247.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068576026275960626" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 402px; CURSOR: hand; HEIGHT: 255px" height="212" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1LhrX5hVD3po_EIDuyGqw-SHiBAIMx6xk66TdVwQ7Bz_qhwr4q8bZt5lfR56pnXsltuT5J3ZNOwq4JDiep_EtscCalQZ1hd2-qQFj_zeoHsm0RmPY-SlVbOzHgEW9zD_66uLWow/s320/Municipia+1%C2%AA+Expedi%C3%A7%C3%A3o+de+Cartografia+Marrocos+4-07+247.jpg" width="410" border="0" /></a><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Especial Motos:<br /></span></strong>- Transporte das motos desde Lisboa (local a combinar)<br />- <span style="color:#cc6600;">Transporte dos motards:<br /></span><span style="color:#cc6600;"><strong>a)</strong></span> De Portugal em veículo de Organização (4x4)<br /><span style="color:#cc6600;"><strong>b)</strong></span> Em avião até Fez e regresso de Ouarzazate, com ligações em 4x4 entre Fez e Er-rachidia.<br />- Logística de combustíveis na pista<br /><strong><span style="color:#cc6600;"><br />Especial Viagem em Veículo organização:<br /></span>- Viagem como passageiro<br />- Hotéis em regime de Meia Pensão<br />- Partida e chegada: Lisboa (local a combinar)<br /></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Ferry:<br /></span></strong><br />Tarifa – Tanger – Tarifa<br /><br />- <strong>Preço por veículo ida e volta:</strong> 145 euros<br /><strong>- Preço por pessoa ida e volta:</strong> 52 euros<br /><br />+++++++++++++++++++++++++++++<br /><br /><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Preços e condições de participação</span></strong><br /><br />Veículo todo terreno (4x4):<br /><br />- <strong>Preço por pessoa compartilhando quarto duplo em regime de meia pensão:</strong> 780 euros<br />- <strong>Preço por pessoa em quarto individual em regime de meia pensão:</strong> 920 euros<br /><br />- <strong>Como passageiro em veículo organização:<br /></strong>a) <strong>Compartilhando quarto duplo:</strong> 1.000 euros<br /><strong>b) Em quarto individual:</strong> 1.150 euros<br /><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Motos:</span></strong><br /><br /><strong>- Compartilhando quarto duplo com transporte em veículo da organização desde Portugal.</strong> Transporte da moto em camião 4x4 e apoio logístico na pista: 1.250 euros<br /><strong>- Em quarto individual, com transporte em veículo da organização desde Portugal.</strong> Transporte da moto em camião 4x4 e apoio logístico na pista: 1.370 euros.<br /><strong>- Suplemento viagem em avião:</strong> 400 € (Lisboa - Casablanca - fez / Marrakech -Casablanca - Lisboa)<br /><br /><strong>Não incluídos:<br /></strong>- Combustíveis dos participantes<br />- Bebidas nos hotéis<br />- Despesas pessoais<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Nota:</span></strong><br /><br />1. Ao inscrever-se o participante isenta a organização de qualquer responsabilidade decorrente de acidentes ou outros não imputáveis à mesma.<br />2. Comportamentos menos adequados poderão levar a exclusão do passeio, ficando o participante à sua responsabilidade.<br />3. O itinerário pode ser alterado por motivos de segurança, cabendo à organização essa decisão.<br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong><span style="color:#cc6600;">Inscrições:</span></strong><br /></span><strong>1. Lugares limitados.<br />2. As inscrições deverão ser enviadas até dia 20 de Agosto. Com o envio dos elementos de inscrição, deverá ser efectuado o pagamento de 35% sobre o valor estimado de participação.<br />3. Pagamento de 50% do valor de inscrição até dia 15 de Setembro de 2007<br />4. Restantes 15% a serem liquidados até dia 20 de Setembro 2007.<br />5. Todos os pagamentos deverão ser efectuados por transferência bancária.<br /></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;"><span style="font-size:130%;">Informações em:</span><br /></span></strong><br /><a href="mailto:geral@ideiasnomadas.com">geral@ideiasnomadas.com</a><br />c/ Francisco Alves </div><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-88013907317625517392007-05-25T17:54:00.000+01:002008-12-09T13:57:42.468+00:00<div align="center"><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong></strong></span></div><div align="center"><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong></strong></span></div><div align="center"><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong></strong></span></div><div align="center"><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>Marrocos</strong></span></div><div align="center"><strong><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">País dos contrastes</span></strong></div><div align="center"><strong><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">Expedição da Municípia S. A.</span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2gLDZykagHlkP12VUS_k0DkfoICItErLlBe5J4DJZRnang18-hIzzm0vKeAUIlHmwNlKFqOw3tKg-bS8FacATVmJnl4rNpyGK2gwP6ed0YSsR68t-FvoLGHfFsyRa7YaHXuQymg/s1600-h/Municipia+1ª+Expedição+de+Cartografia+Marrocos+4-07+651_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068603449642145618" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2gLDZykagHlkP12VUS_k0DkfoICItErLlBe5J4DJZRnang18-hIzzm0vKeAUIlHmwNlKFqOw3tKg-bS8FacATVmJnl4rNpyGK2gwP6ed0YSsR68t-FvoLGHfFsyRa7YaHXuQymg/s400/Municipia+1%C2%AA+Expedi%C3%A7%C3%A3o+de+Cartografia+Marrocos+4-07+651_1.jpg" border="0" /></a><br /></span></strong><br />Quem tem lido as páginas deste blog vai ficar admirado de, nesta, ser feito o elogio de Marrocos parecendo nas outras não haver nada melhor do que a Mauritânia.<br />Pois são coisas diferentes.<br /><span style="color:#cc6600;"><strong>A nível da prática do todo o terreno a</strong> <strong><span style="font-size:130%;">Mauritânia</span> é o paraíso para essa modalidade.<br /></strong></span><br /><strong><span style="color:#cc6600;"><span style="font-size:130%;">Marrocos</span> tem a vantagem de estar aqui mesmo ao lado, de ser um destino económico, turisticamente muito desenvolvido, e de ter o norte do Sahara a dois dias de viagem de jipe de Portugal.</span></strong><br /></div><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"></span></strong><div align="center"><strong><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">Marrocos o país dos contrastes</span></strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmv9NTYy3M8dXw7wM9Yh9JmVqjsLtUPkGvaRtAFzj3emY02bN3biAfucDvC-7RDSJP4oAypns6kJFnwJNpLZTWuMMXyX2GeIr3mNK3uKvxUIx7mZnSGi1j8jkCsvtBpFkKltJgFg/s1600-h/IPODEC+MARROCOS+5-06+163,1.jpg"><span style="font-size:180%;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068662621406582818" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmv9NTYy3M8dXw7wM9Yh9JmVqjsLtUPkGvaRtAFzj3emY02bN3biAfucDvC-7RDSJP4oAypns6kJFnwJNpLZTWuMMXyX2GeIr3mNK3uKvxUIx7mZnSGi1j8jkCsvtBpFkKltJgFg/s400/IPODEC+MARROCOS+5-06+163,1.jpg" border="0" /></span></a><br /><br /><strong></strong></div><div align="center"><strong>Conheço Marrocos há trinta e cinco anos</strong> e desde que lá fui pela primeira vez fiquei subjugado pelas suas paisagens, pelo seu património arquitectural e artístico, pelo seu povo e pela sua cultura, fruto da mistura das diferentes <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjElq2gmktsA9G4zockp1MgaVV2LJRwfnTHLcfI0TiAljn-iT_c_sWIU1Ybhk7yogGTkL2vphsWumCdCi0ja2nkVZtW0wpYWBIwVZ6xl-8eF3B1UoaknRUVDbgREz-cLEiSJiwzVw/s1600-h/Cópia+de+P3010712_2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068625448464635810" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjElq2gmktsA9G4zockp1MgaVV2LJRwfnTHLcfI0TiAljn-iT_c_sWIU1Ybhk7yogGTkL2vphsWumCdCi0ja2nkVZtW0wpYWBIwVZ6xl-8eF3B1UoaknRUVDbgREz-cLEiSJiwzVw/s400/C%C3%B3pia+de+P3010712_2.jpg" border="0" /></a><br />culturas dos berberes, árabes, judeus e cristãos entre os quais os portugueses, que são actualmente considerados pelos marroquinos como um povo irmão.<br /><br />Prometo publicar centenas de diapositivos que colecciono desde a primeira viagem e que fui tirando em anos sucessivos e que vão mostrar o incrível desenvolvimento deste país.<br /><br />Este desenvolvimento levou à ocidentalização das grandes cidades do Norte e litoral, mas a forte cultura do seu povo permitiu que chegassem até aos nossos dias os antigos usos e costumes que, temo, se irão perder com o crescimento desta actual geração que, ao tornar-se adulta, irá ocidentalizar tudo.<br /><span style="font-size:130%;"><strong><span style="color:#cc6600;">Marrocos é lindo, é o oriente aqui tão perto e só por isso tão diferente.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgit_uuXhHdnGWQsFIBYiuTi4hvd9lvrjZEDYeIHJ7OInvcfIfnLKiXCThXh0bZa_u-HvrZ3i8TAkBzugFNH63Oa4hUoM7JS9qZA7OZSqdOozL7CmxXp3JlxdFbjsPKAnC0Uubw9A/s1600-h/_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068609763244070754" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgit_uuXhHdnGWQsFIBYiuTi4hvd9lvrjZEDYeIHJ7OInvcfIfnLKiXCThXh0bZa_u-HvrZ3i8TAkBzugFNH63Oa4hUoM7JS9qZA7OZSqdOozL7CmxXp3JlxdFbjsPKAnC0Uubw9A/s400/_1.jpg" border="0" /></a></span></strong></span> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIHbxnKTky1ReBLmtn1ta-g5HuIosGfiM1cSX8GZ5qWKjj-DWlqFjMdUG1Vm7W00k_R8IWOq9hygGcuwa_4MueN649KH4cs4BXyCmSg6YVGOESzokhdumRL2Tp3a2wrEFqvR1F6A/s1600-h/273_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068614333089273714" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIHbxnKTky1ReBLmtn1ta-g5HuIosGfiM1cSX8GZ5qWKjj-DWlqFjMdUG1Vm7W00k_R8IWOq9hygGcuwa_4MueN649KH4cs4BXyCmSg6YVGOESzokhdumRL2Tp3a2wrEFqvR1F6A/s400/273_1.jpg" border="0" /></a><br /><br />É uma panóplia de sumptuosas paisagens em mutação constante num contraste brutal entre as montanhas verdejantes do Rif a Norte e as cadeias dunares de Merzouga e Chegaga a Sul, entre as florestas de cedros do Médio Atlas e os palmeirais do magnífico Vale do Drâa, entre os 1300Km de costa Atlântica e a costa Mediterrânica, turisticamente por explorar, e entre as planície pantanosas do Rharb e os altos cumes cobertos de neve do Alto Atlas.<br /></div><br /><br />Percorrendo as suas estradas e as suas pistas, de pouco em pouco tempo a paisagem altera-se<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPqziE-ickifIG0V8TPdHTNdooxF03_reMZddKeEylPNxrW2r2RxJTgux8SlOoOF1Oubhe7-wSMuZnLh5Qg8r5b-ajzP0r2hTSSoLqJhrXziHz3f1vyRrF0hr9BAOeF1MpczYlpA/s1600-h/377_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068616562177300354" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPqziE-ickifIG0V8TPdHTNdooxF03_reMZddKeEylPNxrW2r2RxJTgux8SlOoOF1Oubhe7-wSMuZnLh5Qg8r5b-ajzP0r2hTSSoLqJhrXziHz3f1vyRrF0hr9BAOeF1MpczYlpA/s400/377_1.jpg" border="0" /></a> das planícies para as montanhas, das praias para o deserto, do verde para o ocre ou o dourado,<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div align="center"><strong><span style="color:#cc6600;"></span></strong></div><div align="center"><strong><span style="color:#cc6600;">por isso Marrocos é o país dos contrastes</span></strong> e<br />desengane-se quem pensa que o deserto é monótono e igual, pois também aí a paisagem se modifica e também constantemente altera tonalidades com paisagens espectaculares e cinéfilas que vou tentar mostrar neste blogg. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJize92Oz6XYVQAkrhDhF5oD1UmOb5elrYlrBVKwSmbDSd3r3BNia5nNh7i0b8DAagObEFh6FvRQbDBV5n0BHAW9Lkkpu0fFdrHVfeJvdNWYcWnwuIT7O3MzXx5FX2yzFdE-eAVg/s1600-h/P3304365_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068646914711181282" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJize92Oz6XYVQAkrhDhF5oD1UmOb5elrYlrBVKwSmbDSd3r3BNia5nNh7i0b8DAagObEFh6FvRQbDBV5n0BHAW9Lkkpu0fFdrHVfeJvdNWYcWnwuIT7O3MzXx5FX2yzFdE-eAVg/s400/P3304365_1.jpg" border="0" /></a><br /><br />No trajecto para o Sahara, no Norte, depois de <strong><span style="color:#cc6600;">Tânger</span></strong>, encontramos uma zona montanhosa, o <strong><span style="color:#cc6600;">Rif,</span></strong> de paisagens verdejantes alpinas que, para quem gosta de fotografia ou para quem gosta de contemplar o que é belo, vai obrigar a constantes paragens; uma dessas paragens é obrigatória em C<strong><span style="color:#cc6600;">hefchaouen</span></strong>,<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN762jQNNFDibX59nTQ1APgT4dWZlcBBP4DgoNa1N6Shkk2VM_ScYoJEW7jx163ySsgvRiJOiGdZCP157Vswz_Hme4GPJmrPXWgK4V2shL0vucG_pnmsz9dytqG7vUnSQI7ZHJyw/s1600-h/Municipia+1ª+Expedição+de+Cartografia+Marrocos+4-07+858_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068652579773044722" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN762jQNNFDibX59nTQ1APgT4dWZlcBBP4DgoNa1N6Shkk2VM_ScYoJEW7jx163ySsgvRiJOiGdZCP157Vswz_Hme4GPJmrPXWgK4V2shL0vucG_pnmsz9dytqG7vUnSQI7ZHJyw/s400/Municipia+1%C2%AA+Expedi%C3%A7%C3%A3o+de+Cartografia+Marrocos+4-07+858_1.jpg" border="0" /></a> conjunto harmonioso de casas brancas e azuis, um paraíso de ruelas andaluzes que, devido ao grande número de marabouts e mesquitas, foi durante muitos séculos considerada cidade santa e fechada aos não crentes do Islamismo.<br />É uma cidade de uma arquitectura linda e rara, hoje infelizmente maltratada por um tipo de turismo em busca de Kif (Cannabis) que, apesar da política marroquina, não deixa de ser produzida em abundância nesta região.<br /><br />Continuando para sul temos <strong><span style="color:#cc6600;">Volubilis</span></strong>, as ruínas da cidade romana património da humanidade e, logo a seguir, as cidades milenares de <strong><span style="color:#cc6600;">Meknès</span></strong> e <strong><span style="color:#cc6600;">Fès</span></strong> com as suas medinas que são também património da humanidade.<br /><br />No nosso caminho para o Sahara deparamos com <strong><span style="color:#cc6600;">Ifrane,<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDZWURoEh1FYzUxZPCjYN2Rr-uECXOaaoyoiV-xnGMiV0B20QfcSLsiw6P0_FWzhE2PG6VHSe_epJc8p3w0egs7g0mwvLCOhA8PbQ5h6EFzVqS8xeZ69DimXC-T0j0VHX6Dtzjvw/s1600-h/MRC+2004+RAC+026-CEDROS+(Hernani).JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068636928912218050" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDZWURoEh1FYzUxZPCjYN2Rr-uECXOaaoyoiV-xnGMiV0B20QfcSLsiw6P0_FWzhE2PG6VHSe_epJc8p3w0egs7g0mwvLCOhA8PbQ5h6EFzVqS8xeZ69DimXC-T0j0VHX6Dtzjvw/s400/MRC+2004+RAC+026-CEDROS+(Hernani).JPG" border="0" /></a></span></strong> a Suiça marroquina, com os seus chalets alpinos e os seus lagos, esquecendo-nos até que estamos em Marrocos. Continuamos para <strong><span style="color:#cc6600;">Azrou</span></strong>, com a sua floresta de cedros, e é aqui que vivem os macacos berbéries, os Macaca sylvanus ou magots, os únicos macacos do Maghreb.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0XrkHl8lmDSjw7HTXQ1pIlWJwrcX4Dz_8DAPWyNIT16lCutZSDI_6pLNICi3qz0vuWkjDXq1SQa3e7H4APr8yLx2XvRhJ1AsZwmS5VVF4bmUx-TPteyZuh6JatvWGEQzwvUwRCQ/s1600-h/Cópia+(2)+de+P2280629_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068622699685566354" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0XrkHl8lmDSjw7HTXQ1pIlWJwrcX4Dz_8DAPWyNIT16lCutZSDI_6pLNICi3qz0vuWkjDXq1SQa3e7H4APr8yLx2XvRhJ1AsZwmS5VVF4bmUx-TPteyZuh6JatvWGEQzwvUwRCQ/s400/C%C3%B3pia+(2)+de+P2280629_1.jpg" border="0" /></a>Progredimos alcançando o <strong><span style="color:#cc6600;">Médio Atlas</span></strong>, a seguir ao qual chegamos à sumptuosa cidade de <strong><span style="color:#cc6600;">Marrakech,</span></strong> com o seu minaret, a Koutobia, a cidade do deserto, com numerosas e luxuosas riads, a cidade oásis, com os seus jardins e os seus palácios que, apesar de ser a terceira cidade marroquina, suplanta as outras duas, <strong><span style="color:#cc6600;">Casablanca</span></strong> e<strong><span style="color:#cc6600;"> Rabat</span></strong>, pelo seu charme contribuindo para isso a sua medina<br />classificada pela Unesco como Património da humanidade.<br /><br />Progredindo para o nosso destino, o Sahara, temos ainda o grande e espectacular obstáculo, o <strong><span style="color:#cc6600;">Alto Atlas</span></strong>, com vários cumes a ultrapassar os 4 000m com uma das suas três estradas a de <strong><span style="color:#cc6600;">Tizi-n Tichka</span></strong>, construída em 1920 pela Legião Estrangeira, num traçado de uma antiga pista berbere, rota do sal entre a costa mediterrânica e o Sahara, e uma paisagem de uma grandeza indescritível.<br /><br />Estas notas devem-se para vos contar mais uma estória que aconteceu com um dos mais espectaculares grupos a quem Ideias Nómadas teve o privilégio de preparar uma pequena expedição no Sahara.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9ic9HeZZo4i4-L4iCQ3It2qkHCSLMgKRWEo-9pFKvrwk-rgifdfH3_jb5jw7Y_Dr1BYre38Zwy3otnwY77TINT6DYv71LlM9_Fb1xnk9au6fTcqgbLKUmQtTiZ10pk3Rl6xhokw/s1600-h/Municipia+1ª+Expedição+de+Cartografia+Marrocos+4-07+016.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068654538278131714" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9ic9HeZZo4i4-L4iCQ3It2qkHCSLMgKRWEo-9pFKvrwk-rgifdfH3_jb5jw7Y_Dr1BYre38Zwy3otnwY77TINT6DYv71LlM9_Fb1xnk9au6fTcqgbLKUmQtTiZ10pk3Rl6xhokw/s400/Municipia+1%C2%AA+Expedi%C3%A7%C3%A3o+de+Cartografia+Marrocos+4-07+016.jpg" border="0" /></a><br /><br />Foi precisamente após termos ultrapassado o Alto Atlas e chegarmos à cidade do cinema, <strong><span style="color:#cc6600;">Ouerzazade</span></strong>, que, como combinado, encontrámos o grupo da</div><div align="center"><br /><br /><br /><br /><br /></div><p align="center"><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">lª Expedição de<br />Cartografia a Marrocos </span></strong><br />que aqui chegaram de avião.<br /><br />Tinham à sua espera uma frota de modernos 4x4 com os quais se iriam aventurar nas pistas desérticas do Sahara marroquino.<br /><br />Este grupo era essencialmente constituído por funcionários da <strong><span style="color:#cc6600;">Municípia S.A.,</span></strong> a principal empresa portuguesa de cartografia.</p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068669605023406162" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMfM2ZekS3FcvSHZwmRtEwOpIDV9Nf9suJg_CgUuMshxaCnWNSXGs4l6sPZ1PHe2ooxIaaMjoDi9iwn6-PsFuv-wrdyC21KipNJI1X2uETLzXv_ejpUdtn3eJ5139CvKtcok72jA/s400/Municipia+1%C2%AA+Expedi%C3%A7%C3%A3o+de+Cartografia+Marrocos+4-07+633.jpg" border="0" /> Leram em cima funcionários? O português por vezes é pouco explicito.<br /><br />Tratava-se de gente jovem como nós, abertos para a aventura e desejosos de se embrenharem pelo Sahara, e que viveram de forma intensíssima sete dias maravilhosos e de uma vivência única e diferente.<br /><br />O primeiro contacto com Marrocos foi a cidade de<strong><span style="color:#cc6600;"> Ouerzazade</span></strong>. Ficámos alojados num óptimo hotel, de onde saímos para visitar o mais conhecido e famoso Ksar de Marrocos.<br /><br />Depois de almoçarmos no hotel saímos em jipes para visitarmos o <strong><span style="color:#cc6600;">estúdio de cinema Atlas</span></strong>, onde foram rodados alguns filmes sendo os mais famosos Lawrence da Arábia, Cleópatra, o Ultimo Gladiador, etc. e logo ali todo o grupo teve o primeiro contacto com as pistas num trajecto que nos iria levar a Ait-Benhaddou.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Ait-Benhaddou</span></strong><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068655534710544402" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 538px; CURSOR: hand; HEIGHT: 330px; TEXT-ALIGN: center" height="265" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9dihf12TdHkVYVDCQsxCG0C-_uRtqLiTfK35X3BRLu9zFZzEHHdLfrXOwZW2HoO27fbv-COm7ITdSxMOEaEv4KskDwY-oFmGFTWYH4uk-JC5HYEGeN8StRf362dt_BXHse-OR7w/s400/Municipia+1%C2%AA+Expedi%C3%A7%C3%A3o+de+Cartografia+Marrocos+4-07+088.jpg" width="538" border="0" /> é a mais bela cidade fortificada (kasbah) de Marrocos. Aqui foram rodadas algumas das cenas de Lawrence da Arábia, Um xá no deserto,etc.<br />Toda a cidade foi reconhecida pela Unesco como património da humanidade.<br /><br />Voltámos a <strong><span style="color:#cc6600;">Ouerzazade </span></strong>para no dia seguinte viajarmos para Sul, ao longo do <strong><span style="color:#cc6600;">vale do Mgoura<img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068664713055655986" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 525px; CURSOR: hand; HEIGHT: 308px; TEXT-ALIGN: center" height="265" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_jLe2Kv06c5z8R-WmiQcedt7isfYv6oVD9p_oMHOhSWFNvAICpWMl0uSWt3FWJm3Dq065S8TohUsYPoIHmoe96l6T60m0DvKzL1ba1LZJJF_5rXcRG8uv1_DkJ6IPsQe263sxeQ/s400/Municipia+1%C2%AA+Expedi%C3%A7%C3%A3o+de+Cartografia+Marrocos+4-07+114.jpg" width="525" border="0" /> <p align="center"></span></strong>até às <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeTAUd4ubdPhpY5SSMKgBZgYCbH-_iW8oodZzg6oT5tWJLNalXUTKxr7nXGOjLJWQq4J8F9GhTh-jQk6ZxmI7D9G-NsRvByCIVj34fHV7AMgtCxLxjh-Nzm9_ocNgdBNhGtn0HJQ/s1600-h/Municipia+1ª+Expedição+de+Cartografia+Marrocos+4-07+147.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068665902761596994" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeTAUd4ubdPhpY5SSMKgBZgYCbH-_iW8oodZzg6oT5tWJLNalXUTKxr7nXGOjLJWQq4J8F9GhTh-jQk6ZxmI7D9G-NsRvByCIVj34fHV7AMgtCxLxjh-Nzm9_ocNgdBNhGtn0HJQ/s320/Municipia+1%C2%AA+Expedi%C3%A7%C3%A3o+de+Cartografia+Marrocos+4-07+147.jpg" border="0" /></a><strong><span style="color:#cc6600;">Gargantas do Todra</span></strong>, seguindo depois para <strong><span style="color:#cc6600;">Erfoud</span></strong>, onde nos embrenhamos no Sahara e logo numa pista onde se costuma realizar uma das<br />clássicas etapas do Dakar, seguindo ao longo da fronteira da Argélia em direcção Oeste, com descanso no <strong><span style="color:#cc6600;">Oásis Saf Saf,</span></strong> passagem pela cadeia dunar do <strong><span style="color:#cc6600;">Erg Chebi<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7xiRngAAmjRkOPihN9qDjyeW2DN7O8TL0wv74-rF61-hLtQ1gSUEGMH2i6QfMrXoUcNt2JTxDGlDRwHL1Qnk-5nlFJk8E9mZkcuh9siQ5-jV8S1r1g20GXeqibXXiUFW53r7shA/s1600-h/P3010722_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068642843082184658" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7xiRngAAmjRkOPihN9qDjyeW2DN7O8TL0wv74-rF61-hLtQ1gSUEGMH2i6QfMrXoUcNt2JTxDGlDRwHL1Qnk-5nlFJk8E9mZkcuh9siQ5-jV8S1r1g20GXeqibXXiUFW53r7shA/s400/P3010722_1.jpg" border="0" /></a></span></strong> que nos levou a <strong><span style="color:#cc6600;">Merzouga</span></strong>, seguindo depois para <span style="color:#cc6600;"><strong>Tafraoute</strong></span>, <strong><span style="color:#cc6600;">Tagounite</span></strong> e<br /><strong><span style="color:#cc6600;">Chegaga</span></strong>.<br /><br />Pernoitámos sempre em óptimos hotéis, excepto aqui em Chegagá, onde Ideias Nómadas fez instalar, para essa noite, um acampamento de luxo.<br /><br />Pois foi aqui numa noite de tempestade de areia que uma estória, desta vez romântica, aconteceu.<br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Estória</span></strong><br /><br />Connosco viajava um casal jovem, ambos funcionários da Municípia, que adiaram para Setembro o seu casamento para poderem participar nesta viagem.<br /><br />Nós, <strong><span style="color:#cc6600;">Ideias Nómadas</span></strong>, gostamos que as pessoas se divirtam, que aproveitem ao máximo todos os momentos, convivam, que se adorem e, se possível, se amem, não podíamos deixar que este adiamento se concretizasse e resolvemos realizar-lhes o matrimónio.<br /><br />Precisávamos de um padre, e quem melhor do que um dos organizadores que era também o médico, fotógrafo, guia, relações públicas, animador, sub-chefe e conselheiro do Chefe de Ideias Nómadas para a realização da cerimónia?<br /><br /><br /><br /><br /></p><div align="center"><strong>Eu.<img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068681270154582178" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj94g8YjVEk5TKK90WpxFEkf7P0s6w5MUVCQqRAG0Mc1oSTadYSdDctd0eyUAKgRkCDO5hw1-AscLfM9bXqe8yOdxLGndjEZv_JeLUUwNk5jmPtjrvdcTa5rEofCV-g5pqtcAC8vA/s320/DSC01809.JPG" border="0" /></strong><br />Escolher padrinhos foi fácil, pois todos queriam ser. </div><div align="center">Padrinhos: oMestre,aBeta,oNuno e a Silvia.<br /></div><div align="center">Pedi emprestada uma djaba.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqFj8pMgJh3iXtvD-rHPwBsgrR7srI9PXZWZqGQ1ASP8CK3MzvZCfqL2a4Uc1uIkN2n2qljsVtGjhlFG2u-YLlnMzPFfK-sW0OHEn6JajjaftqZcyJaMa91riqtrxQa3_dTGcVjQ/s1600-h/DSC01808.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068677731101530242" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqFj8pMgJh3iXtvD-rHPwBsgrR7srI9PXZWZqGQ1ASP8CK3MzvZCfqL2a4Uc1uIkN2n2qljsVtGjhlFG2u-YLlnMzPFfK-sW0OHEn6JajjaftqZcyJaMa91riqtrxQa3_dTGcVjQ/s200/DSC01808.JPG" border="0" /></a>Comecei a cerimónia chamando os noivos, </div><div align="center"></div><div align="center">que ficaram totalmente surpreendidos pois nem pela imaginação tal lhes passava.<br /></div><div align="center"><strong><span style="color:#cc6600;"></span></strong></div><div align="center"><strong><span style="color:#cc6600;"></span></strong></div><div align="center"><strong><span style="color:#cc6600;"></span></strong></div><div align="center"><strong><span style="color:#cc6600;"></span></strong></div><div align="center"><strong><span style="color:#cc6600;"></span></strong></div><div align="center"><strong><span style="color:#cc6600;"></span></strong></div><div align="center"><strong><span style="color:#cc6600;">A Cármen e o Paulo. <br /></span></strong>Ou <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLmwTSOLEJ4vXZyACam8_ivNQOAQ9wEK9N44Fer86StVpQzuBECzcSsak2mofHbdy8QrIPKzHT_F0pm0PCAK5P8YZOznlESi3Mn3AGk6Shf3L6NDzexY35qHl6mLSxEyW1hdEpWg/s1600-h/DSC01813.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068675205660760162" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLmwTSOLEJ4vXZyACam8_ivNQOAQ9wEK9N44Fer86StVpQzuBECzcSsak2mofHbdy8QrIPKzHT_F0pm0PCAK5P8YZOznlESi3Mn3AGk6Shf3L6NDzexY35qHl6mLSxEyW1hdEpWg/s200/DSC01813.JPG" border="0" /></a>melhor, o <strong><span style="color:#cc6600;">Paulo</span></strong>, pois <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz0SFTjLkaV7-KxWtJ0f8_f7YOceGKVz2xCestqCuRg3_B83UA4Om6mKLj9rVDZMlX196vsQyjZUjOXLHXzF_FDYuNJWFT7Qo05S7C89lJpUsnqZZJxOkxFiZ5A4lM4aKPrilc-Q/s1600-h/DSC01807.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068676459791210610" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz0SFTjLkaV7-KxWtJ0f8_f7YOceGKVz2xCestqCuRg3_B83UA4Om6mKLj9rVDZMlX196vsQyjZUjOXLHXzF_FDYuNJWFT7Qo05S7C89lJpUsnqZZJxOkxFiZ5A4lM4aKPrilc-Q/s200/DSC01807.JPG" border="0" /></a>estávamos num país muçulmano e como tal dei-lhe a oportunidade de casar com quatro mulheres, segundo a possibilidade local.<br /><strong>O coitado, com tal surpresa, reagiu mal e escolheu apenas uma, a Cármen.</strong><br /><br />A <strong><span style="color:#cc6600;">Cármen</span></strong>, que é um torrão de açúcar, tremia de surpresa e emoção.<br /><br />Comecei a cerimónia.<br /><br /><strong>- </strong><strong><em>Meuz irmãoos dezde a ulltima vezz que nus incuntrámuz nesta paróquia foi no tempo de Pintecostes e eu fizz um discurxo muito aborrexido.<br />Pois hoje ides ficar cuntentes pois de uma festa xe trata</em> ..............<br /></strong><br />Depois perguntei à noiva <em><strong>xe quería o Paulo e xe lhe xeria fiel, xe axeitava levar umas porraditas do marido quando ele axim o quijexe</strong> .<br /></em><br />(Isto tem a ver com uma máxima árabe:<br /><strong><span style="color:#cc6600;">Bate todos os dias na tua mulher, mesmo que não saibas porquê, ela sabe)</span></strong><br />Mulheres, estou a brincar, mas que isto pode resultar, pode.<br /><br />Cármen<br />-Sim<br /><br />Ao Paulo perguntei:<br /><em><strong>Axeitas a Cármen para tua esposa e prometes xer-lhe infiel xó em xircunstâncias espexiais?<br /></strong></em><br />Paulo<br />-Sim<br /><br />Na nossa interpretação de um casamento árabe obrigámos a noiva a lavar os pés ao noivo, a<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLt8_q2JHytJibpaL6V9bSo5mBdIT94P7Hwupfl6iCsbgDJIS6sLV7QPrDIMxOKCizwGNnga0cB65qxZ-CjinI8sFuoC0kBptUNaBIgERmkcNidChGhk0uj_kfu6SrWeLZNkGtIw/s1600-h/DSC01814.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068545506238355058" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLt8_q2JHytJibpaL6V9bSo5mBdIT94P7Hwupfl6iCsbgDJIS6sLV7QPrDIMxOKCizwGNnga0cB65qxZ-CjinI8sFuoC0kBptUNaBIgERmkcNidChGhk0uj_kfu6SrWeLZNkGtIw/s200/DSC01814.JPG" border="0" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiDgX2iQdZp_jtY6EKdGCIU4bD9IuMb3TkZjJJIZE13VuAsG330CNFgPETM1s1ztNreIHojb-9FjOGY27vu1Hnr_DEVdqzKoA5cCxM_y7rH0s0TtiAoJOgHUmFA4srXDYlODGFuA/s1600-h/DSC01815.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068545806886065794" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiDgX2iQdZp_jtY6EKdGCIU4bD9IuMb3TkZjJJIZE13VuAsG330CNFgPETM1s1ztNreIHojb-9FjOGY27vu1Hnr_DEVdqzKoA5cCxM_y7rH0s0TtiAoJOgHUmFA4srXDYlODGFuA/s200/DSC01815.JPG" border="0" /></a>secar-lhos e a beijá-los na demonstração da <strong>evidência da total submissão da mulher ao homem.<br /></strong><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>Homens, isto é ou não é bonito?</strong></span> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIPpivIUFu7NZPM4wjWa6x8bkMM3sl9JW_u1Oz2AKDS0B8__ObP3VqFDvP8lQrdiBX8hbKl8WbuXMXtfRG6kjTnsgW02eqCStTe9GjLcnmf_IMZ-y9DzLYLK9K1N6Ob81Kgp5COg/s1600-h/DSC01817.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068546846268151442" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIPpivIUFu7NZPM4wjWa6x8bkMM3sl9JW_u1Oz2AKDS0B8__ObP3VqFDvP8lQrdiBX8hbKl8WbuXMXtfRG6kjTnsgW02eqCStTe9GjLcnmf_IMZ-y9DzLYLK9K1N6Ob81Kgp5COg/s200/DSC01817.JPG" border="0" /></a><br /><br /></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8LtfIoOROAuHVeUpexG9hIPsxWx0iak9HibLZK7K-7Z9V2kNWZk_2T0YLj2W9c-v-v9bhfwiBj-VaxF98oZ_MsyXeiBmw7vOKpT53C5JJd1Giya_R9hFBUeZeID3lMIxcqF6fnw/s1600-h/DSC01805.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068548018794223266" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8LtfIoOROAuHVeUpexG9hIPsxWx0iak9HibLZK7K-7Z9V2kNWZk_2T0YLj2W9c-v-v9bhfwiBj-VaxF98oZ_MsyXeiBmw7vOKpT53C5JJd1Giya_R9hFBUeZeID3lMIxcqF6fnw/s200/DSC01805.JPG" border="0" /></a>E mais, o noivo teve o direito de, na tenda, <strong>dormir com a Cármen, com mais uma espampanante e atrevida Loira perdida de boa e ainda mais com a amiga da loira que é tão boa como as gajas danadas de boas.<br /><br /></strong><span style="font-size:130%;"><span style="color:#cc6600;"><strong>Depois disto, Ideias Nómadas receia ter-se tornado numa agência de matrimónios para homens ocidentais saudosos.</strong></span><br /></div></span><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-45904906276277064832007-03-25T00:27:00.001+00:002008-12-09T13:57:44.775+00:00<d<div><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>Lei de Murphy e mosca 2</strong></span><br /><br /><br />Como vos comecei já a contar, na primeira <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyH48hhgXQXqHgyo8iRMvwfPnV5ctFtWqDfviPkZKm7iqe5xAMTpXkYuR7dm4dTeRffzoZnLSp_aTiAHPriHr05ILEcO96j20CjTbxhfKvE3iI8KZADRnvuQ4KshrjGhoGr9pGIQ/s1600-h/922.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5053626011614021554" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyH48hhgXQXqHgyo8iRMvwfPnV5ctFtWqDfviPkZKm7iqe5xAMTpXkYuR7dm4dTeRffzoZnLSp_aTiAHPriHr05ILEcO96j20CjTbxhfKvE3iI8KZADRnvuQ4KshrjGhoGr9pGIQ/s320/922.JPG" border="0" /></a>expedição à Mauritânia levámos poucos clientes com o intuito de ensaiarmos como iria funcionar a modalidade de aluguer de jipes, aproveitando a rápida deslocação que o transporte em avião nos proporcionaria permitindo assim alcançar aquele paraíso de "todo o terreno" sem ter de percorrer aquela estada do Sahara Ocidental,que embora bonita se torna monótoma devido à sua extenção.<br /><br />Como esperávamos, <strong><span style="color:#cc6600;">deparámos com problemas nos carros alugados mas não era nossa expectativa que fossem tantos e tão variados</span></strong>, de tal forma que só esta expedição dá para escrever um romance aparentemente de ficção, mostrando apenas a realidade daqueles carros africanos.<br /><br />Na Mauritânia só se alugam carros com condutor. Foi, pois, com desconfiança que concordaram, e pela primeira vez, em ceder carros para serem dirigidos por clientes, pesando para isso ser Ideias Nómadas uma empresa conhecida e com um<br />vasto curriculum no TT africano.<br /><br />Mas quando lá chegámos, ao contrário do acordado, <strong><span style="color:#cc6600;">deram-nos os piores carros que possuíam</span></strong>, provavelmente com o medo que teriam de, no final da expedição, serem entregues carros inicialmente bons mas nas idênticas condições aos que verdadeiramente nos foram confiados.<br /><br />Esta narrativa começa no dia anterior ao acontecimento que vai originar a estória abaixo <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivcjVMybPc4Xzjd3WnmbRwMf4bO0-S9c_9fIABSkSrJtNGI0RNTY14GQnEOufrgwa9tBUncYyYL-UrGArfZklSZY7djXJPa07CH-RJhyphenhyphen0w-jttEBb3d-_iTcJAVJDmZuNUXHRiWA/s1600-h/929.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5053620355142092674" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivcjVMybPc4Xzjd3WnmbRwMf4bO0-S9c_9fIABSkSrJtNGI0RNTY14GQnEOufrgwa9tBUncYyYL-UrGArfZklSZY7djXJPa07CH-RJhyphenhyphen0w-jttEBb3d-_iTcJAVJDmZuNUXHRiWA/s320/929.jpg" border="0" /></a>descrita, com a saída de Atar em três pickups Toyota, uma delas já substituta da minha viatura anterior pois, como já vos contei em estória precedente, no dia anterior eu tinha transformado um direito veio de transmissão da minha Toyota num contorcido tubo em forma de oito o que, para efeitos de progressão, não teve muitas consequências, pois aquela viatura vinha progressivamente mostrando sintomatologia de astenia e já lhe tinha feito um diagnóstico de falência em mais ou menos quilómetros.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Saímos, portanto, de Atar para alcançar Ouadane, seguindo depois para uma zona desértica de pistas de areia revolta com numerosas dunas que nos levaria a Chingueti e continuando, depois, para chegarmos finalmente ao nosso destino-partida, Atar.<br /></span></strong><br />Seria um dia de percurso curto em que faríamos um trajecto turístico, excepção feita à incursão dunar de uma beleza vinda da mescla de areia dourada com múltiplas disformes ondulações de infinita lonjura.<br /><br />Começámos o trajecto pelo<br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>mais largo e longo estradão onde alguma vez já estive</strong></span>,<br />de um piso de lisura irrepreensível, tendo tudo corrido bem até ao seu final.<br /><br />Tudo corrido bem não, pois ocupando a mesma viatura viajava comigo um casal, o que me não permitiu varrer algumas das soberbas curvas daquele majestoso estradão, principalmente uma delas já perto do seu término, mas que ficaram gravadas na minha memória, podendo já várias vezes, posteriormente, ter lá experimentado a trajectória certa para que no máximo de velocidade as possa fazer.<br /><br />O perigo é quase nulo pois em caso de impossibilidade dos carros se segurarem na trajectória da curva é só endireitar o volante seguir em frente, uma vez que é deserto, não há pedras nem árvores, portanto um bom sítio para quem tem a noção de como evitar que um jipe "capote", de poder ali experimentar a sensação dos pilotos do mundial de ralis em idênticas curvas.<br /><br />Não posso nunca deixar de recordar que uma vez, levando ao meu lado o guia de uma outra expedição por nós posteriormente efectuada, na tal curva, após a ter concluído, ele ter batido as palmas de contentamento pela sensação obtida, palmas essas batidas de certeza a um ritmo inferior ao do meu ritmo cardíaco pois dessa vez exagerei na velocidade e, como resolvi não fazer redução na caixa de velocidades, foi em quinta velocidade que vinha e foi em quinta que a efectuei, obtendo assim o máximo da derrapagem mas o mínimo da tracção para que, com mais segurança, pudesse sair daquela situação.<br /><br />Já tentei posteriormente repetir o feito, mas a coragem falta pela forte lembrança da assustadora sensação experimentada, apesar de ter a noção de ter conseguido efectuar com a máxima perfeição a dita curva.<br /><br />Um homossexual assumido da minha terra natal tinha uma frase, dita com outros desígnios, mas que aqui se pode aplicar tal a sensação obtida:<br /><br /><strong>Um misto de dor (aqui mental e não física) e de prazer, mas não experimentem, não experimentem....</strong><br /><br />Tudo a correr bem, portanto, até entrarmos na pista arenosa que nos iria levar a <strong><span style="color:#cc6600;">Ouadane</span></strong>, o tal <strong>entreposto comercial português</strong> já descrito numa estória anterior.<br /><br />A partir daí a Toyota dos cozinheiros parava de alguns em alguns quilómetros devido a aquecimento, esperávamos um pouco e lá prosseguíamos, mas passado pouco tempo já não era só aquela avaria, já havia outra que se manifestava<br />tirando a potência do motor e as paragens tornaram-se mais frequentes e demoradas, pois além de esperar pelo arrefecimento da carrinha tinha de se retirar o filtro de gasóleo para se expurgar alguma sujidade que entupia esse<br />filtro.<br /><br />Bom, alguma sujidade seria aquilo que se escreveria noutras circunstâncias, mas a realidade é que o que saía daquele filtro era um líquido completamente lamacento e pantanoso longe de parecer combustível.<br /><br />Aproveitava estas paragens repetitivas para a pé ir admirando as dunas, as contra dunas, as<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1ppLaz0hNnrwemNmG28h0BDL8Jau_6zkDBQdJVEpQ4777x6f6rK3vhthyPsmDPkmf1fZ4f51JmNgaFXKuQhbutDKwWBWHynk_xw5hs33t-n2cjuBg-NVl0hOhjP0bre0q31h-DA/s1600-h/933.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5053622790388549522" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1ppLaz0hNnrwemNmG28h0BDL8Jau_6zkDBQdJVEpQ4777x6f6rK3vhthyPsmDPkmf1fZ4f51JmNgaFXKuQhbutDKwWBWHynk_xw5hs33t-n2cjuBg-NVl0hOhjP0bre0q31h-DA/s320/933.jpg" border="0" /></a> várias colorações da areia, a tirar uma foto aqui outra ali, a procurar fósseis, pedras e a começar a admirar as diferentes formas esculturais que tomam as diferentes acácias consoante os ventos que as amoldam durante o seu crescimento.<br /><br />Tornei-me nesse dia um coleccionador de <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiowHBLmWm5Gpbq-tQ7FT_pevIx55e-ZrUOmSsvHPPtmxj1vYp0Y_0MdK7tEcJBQ-5E4LwJpZN1nkthteLdK2JXOYU0hzQavvF8eXN0KgBxs_kFF43erPB3c2sMZvW_f6eYcLdOiQ/s1600-h/948.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5053625019476576162" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiowHBLmWm5Gpbq-tQ7FT_pevIx55e-ZrUOmSsvHPPtmxj1vYp0Y_0MdK7tEcJBQ-5E4LwJpZN1nkthteLdK2JXOYU0hzQavvF8eXN0KgBxs_kFF43erPB3c2sMZvW_f6eYcLdOiQ/s320/948.jpg" border="0" /></a>fotografias de árvores com formas ensoberbecidas e contorcidas, que só grandes escultores conseguiriam ter consumado, aqui neste caso o excelente artífice, a nossa querida mãe natureza,<br />ou melhor, o modelador eólico. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6RojVGcHvd02zPkWvTAXDZzzoIVnLxJQNSfQpqDsfozmQkIqDsFWud2f75zvQQp54X7-BuMmXh99djPHZ7N5q-akGeAbTeGQpYtwjim_saYNrpc_7VjUvLoqo2Y9IcCZXeKqnQg/s1600-h/1025_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5053699008878184386" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6RojVGcHvd02zPkWvTAXDZzzoIVnLxJQNSfQpqDsfozmQkIqDsFWud2f75zvQQp54X7-BuMmXh99djPHZ7N5q-akGeAbTeGQpYtwjim_saYNrpc_7VjUvLoqo2Y9IcCZXeKqnQg/s400/1025_1.jpg" border="0" /></a><br /><br />Apesar do tempo perdido conseguimos ainda almoçar junto às ruínas de Ouadane e visitar aquela antiga cidade e antigo entreposto comercial de Portugal.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Os problemas mecânicos e tentativas de resolução continuaram tarde adiante</span></strong>, agora também já com falta de força e aquecimento da minha pickup, o que não nos permitia progredir, a noite aproximava-se e acabámos por optar por abandonar os dois jipes no deserto e colocar todo o seu conteúdo na única carrinha que se mantinha operativa, a do chefe.<br /><br />No interior do carro que resistia a prosseguir encontrava-se o chefe a conduzir, eu e os clientes <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEganXy8DKyVZSA-sF-j_vn7kFnFYrqUZb2bq_5vIkohmd53U7cuY9T2WLgmc5df1tQaLRbwRWxEWL8UKmSvH5ThDYE8H0PmsnDSlDPauSP-SKgFElaafudL2m4rPCJt56bj3r-fkA/s1600-h/20882_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5053710214447859682" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEganXy8DKyVZSA-sF-j_vn7kFnFYrqUZb2bq_5vIkohmd53U7cuY9T2WLgmc5df1tQaLRbwRWxEWL8UKmSvH5ThDYE8H0PmsnDSlDPauSP-SKgFElaafudL2m4rPCJt56bj3r-fkA/s400/20882_1.jpg" border="0" /></a>de Ideias Nómadas e na caixa de carga da pickup ia todo o material de acampamento e cozinha, com os três ocupantes da carrinha de apoio empoleirados sobre a rede que envolvia a bagagem e seguros com uma mão nessa rede e com a outra nos prumos de madeira das tendas que atravessavam toda a carga.<br /><br />Já admirava o chefe mas a partir daí a minha consideração por ele aumentou, pois ele tinha que levar a bom termo, de noite, no profundo deserto e em condições completamente inadequadas, toda aquela gente.<br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong><span style="color:#cc6600;">Senti um enorme receio por toda aquela perigosa e inconveniente conjuntura</span></strong>.</span><br /><br /><strong>No deserto nunca nos devemos locomover num único carro.<br />Em situação alguma, e muito menos em piso de areia, um carro deve estar tão superlotado e carregado.<br />É, de todo, de evitar a transposição de dunas à noite e, nas circunstâncias descritas, até mesmo de dia.<br />Esta progressão tinha ainda um risco acrescido por não haver qualquer pista naquele trajecto.<br /></strong><br />Fiquei também a apreciar os pneus próprios para areia daquele jipe que, talvez devido ao enorme peso suportado, se moldaram ao piso arenoso com a pressão correcta, avançando sem atascarmos.<br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong><span style="color:#cc6600;">Na passagem de uma das dunas Alá estava connosco.</span></strong><br /></span><br />O chefe, como habitualmente e como fez em todas as outras dunas, embalou o jipe começou a subir a pendente com a velocidade necessária, mas algo lhe disse para não a transpor, fez marcha atrás e foi perscrutar como era a<br />inclinação da pendente contro-lateral, tendo ficado arificado (ali o termo certo não era terrificado), se tivesse atravessado o cume teria caído na vertical da altura de alguns metros, fora de pista, pois ali pista não há, e sem outro carro para prestar ou pedir socorro.<br /><br />Esta inesperada aventura, graças a Alá, ao chefe e à única boa pickup que nos foi confiada prosseguiu, ocorrendo ainda mais<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">dois episódios burlescos que vos quero contar.<br /></span></strong><br />Um deles foi a <span style="font-size:130%;">passagem em <span style="color:#cc6600;">Chingueti</span></span><span style="color:#cc6600;">,</span> a mais importante antiga cidade da Mauritânia e a actual sexta cidade santa do Islão.<br /><br />Estava prevista uma visita à cidade que foi substituída, dada a hora já tardia, pela inevitável passagem de carro junto à mesma com a descrição do chefe do que poderíamos ver, caso não tivesse havido tantos problemas que nos fizeram ali chegar já de noite.<br /><br />O chefe tinha a lição bem estudada e apontava com o dedo para onde teria recaído a nossa visita, descrevia-os e <strong>nós com o nosso olhar espreitando o escuro de uma noite sem luar</strong>, imaginávamo-los.<br /><br /><strong>Foi uma sensação nova de incapacidade irrisória junto com algum desalento, estávamos em Chingheti, gostávamos de a contemplar, mas para a conhecer só noutra expedição.</strong><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;"><span style="font-size:130%;">O segundo episódio caricato aconteceu perto do final</span>,</span></strong><br />após termos dado boleia a um Mauritano, com o seu Mercedes também avariado, que aproveitou a nossa carrinha por achar preferível ser mais um passageiro na parte superior da carga do que permanecer na pista naquela noite de breu, usufruindo nós da noção de completo aproveitamento do espaço que a Toyota nos proporcionava.<br /><br />Antes de chegar a Atar a pista deixa o <strong>maciço de Adrar</strong> com pronunciadas descidas que, pela inclinação da pendente e por questões de segurança e tracção, foi asfaltada sendo a única parte deste trajecto que o é.<br /><br />Foi logo nesta primeira e acentuada descida que o chefe apanhou o <strong><span style="color:#cc6600;">segundo grande susto do dia</span></strong>, com <strong>o único jipe em boas condições mecânicas a ficar totalmente sem travões</strong>, com cinco pessoas no seu interior e quatro sobre a pesada carga, e foi graças à segunda velocidade da caixa de velocidades a transmitir um barulho de forte rotação ao motor para conter a velocidade das rodas o único processo de evitarmos entrar em velocidade uniformemente acelerada.<br /><br />Finalmente conseguimos chegar a<strong><span style="color:#cc6600;"> Atar</span></strong>, o chefe por telefone travou-se de razões com a agência rent-a-car e no dia seguinte foi combinado deslocarmo-nos para Akjoust, onde iríamos receber dois bons jipes.<br /><br />Seria verdade ou viriam aí mais duas azémolas ?<br /><br />Foi, pois, com enlevo e êxtase que à hora de almoço nos apareceram duas bombas TT.<br />Um jipe Mitsubichi longo, branquinho, de alta cilindrada para o chefe, e um também topo de gama, africano, um Toyota HDJ 105 com 4.2 c.c. cilindrada, para mim...<br />Finalmente, bem montados e com os cozinheiros numa nova pickup.<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>Estória:</strong></span><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">O desejo de abalarmos era enorme</span></strong>, mas antes de prosseguirmos tentei bloquear os cubos das rodas dianteiras tirando-os da posição automática, procedimento indicado pelos fabricantes de jipes para quando se conduz permanentemente fora de asfalto, mas o condutor da pickup, ao ver tal procedimento, aparece de imediato e com altos modos diz-me para não o fazer e, como eu insistia, ele acabou com o dilema dizendo que <strong>ele é que percebia daquilo pois a vida dele era aquela e era um profissional...<br /></strong><br />Acatei o recado e partimos, primeiro o chefe, depois eu e no final a pickup carregada com o habitual estendal.<br /><br />Enfastiados de carros achegados a carroças e num trajecto para Oeste de Akjoust para alcançar a praia onde iríamos acampar<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDfU_sYTt1wcIaovIZc7kcZNhlV7k5fuTSsUTbQFbpzbAfCMu6quQ-VzSafK2EdfNImv0LIufufEBsSdjfUDb0puKbkpyIcNPLDtqdSiyUL4mp07T7znXBfNdoPLAV40Wucz-vZA/s1600-h/20811_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5053703570133452754" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDfU_sYTt1wcIaovIZc7kcZNhlV7k5fuTSsUTbQFbpzbAfCMu6quQ-VzSafK2EdfNImv0LIufufEBsSdjfUDb0puKbkpyIcNPLDtqdSiyUL4mp07T7znXBfNdoPLAV40Wucz-vZA/s400/20811_1.jpg" border="0" /></a>, deparámo-nos com uma paisagem desértica de piso duro de infinitas pistas paralelas.<br /><br />Para vosso melhor entendimento <strong>progredíamos em milhões de campos de futebol</strong> ou, para compreenderem ainda melhor, <strong>aquele poderia ser um espaço de aterragem do Space Shutle</strong> e poderia fazê-lo em múltiplas direcções, tal era a dimensão daquele área com piso de dureza térrea.<br /><br />Fartos de maus carros, <strong><span style="color:#cc6600;">conduzindo agora dois "maquinões"</span></strong> naquele espaço de aparente infinita lonjura, e querendo recuperar o tempo perdido, já via o meu chefe lá bem à frente, o meu velocímetro marcava cem e preparava-me para acelerar ainda mais, olhei pelo espelho e verifiquei que a pickup estava consecutivamente a ficar para trás e pensei:<br /><br />Coitados dos cozinheiros porquanto vamos chegar ao nosso destino com duas horas de avanço em relação a eles, o que será uma vantagem para nós por haver mais tempo para a praia, para o banho, para nos deitarmos na toalha, para tentar arranjar uns peixinhos para o jantar, etc.<br /><br />Estava um calor q.b. e perguntei ao casal que me acompanhava se preferiam ar condicionado ou vidros abertos.<br /><br />Com a escolha da segunda opção abri o meu vidro e estiquei-me todo para receber aquela aragem mais fresca e não sei como, mas talvez para dizer qualquer coisa ou para respirar ar mais fresco, abri um pouco a boca.<br /><br />Eis que sinto entrar um corpo estranho pela boca adentro, ficando-me atravessado na garganta.<br /><br />Mas de imediato, além da sensação de algo enfiado na garganta, comecei também a apreender que o corpo estranho, tal como eu, se tentava libertar daquela situação, mexia-se e encetei a experimentar surpreendente e incómodo prurido<br />na oro faringe.<br /><br />Só podia ser uma mosca, mas que porcaria, engolir mosca nunca, tinha que a cuspir para o chão, mas com um distinto casal no interior do carro o melhor era parar e cuspir para a rua.<br /><br />Comecei a parar, mas agora já não era só para cuspir, pois as asinhas do bicho, no seu rápido movimento, estavam a provocar-me náuseas e os vómitos foram inevitáveis.<br /><br />Já estava a travar, travei ainda mais intensamente, o jipe parou, abri a porta rapidamente, debrucei-me para o chão e<br /><span style="font-size:130%;"><strong><span style="color:#cc6600;">Pum.....</span></strong><br /></span>E cá está a lei de Murphy a funcionar:<br /><br /><strong>Mesmo no maior dos desertos,se dois jipes se movimentarem a probabilidade de chocarem existe.</strong><br /><br />A prova estava ali, as leis de Murphy que me deliciam pelo gozo humorístico que contêm pela improbabilidade de se aplicarem, tinham logo que ser comigo que operaram.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Como foi possível tal acontecer?</span></strong><br /><br />O causador foi o nosso condutor da pickup, que já não via os seus amigos cozinheiros há algum tempo, vindo com eles no paleio e franca animação e distraído, só se apercebe tardiamente da paragem do meu jipe e, em vez de viraro volante e passar, trava a fundo, bloqueia, vem de rojo e<br /><strong>Pum na traseira do meu jipinho.</strong><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong></strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>A mosca?....</strong></span><br />não faço a mínima ideia, ou a engoli ou a libertei e as náuseas foram imediatamente esquecidas <strong>tal o assombro vivido..<br /></strong><br />Claro que o meu veículo só ficou com uma ligeira amolgadela, mas a pickup tinha o guarda lamas encarquilhado, retraído e a envolver a roda e quando o tentámos puxar para a libertar verificámos que o semi eixo também estava partido.<br /><br />Mais uma pickup semeada no deserto.<br /><br />E com a viagem novamente estragada.<br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong><span style="color:#cc6600;">Mas como de qualquer situação, e até da desgraça, procuro obter algum gozo, encontrá-lo ali até não era difícil.</span></strong><br /></span><br />Senti-o não só ao cogitar de <strong>como era possível haver dois carros batidos naquelas circunstâncias</strong> e também ao <strong>contemplar o condutor da pickup</strong> e aí, na percepção do contraste entre a altivez que aquele profissional teve ainda há cinco minutos antes, chegando a ser inconveniente com tais modos de doutoraço, com o confronto de se mostrar agora completamente destroçado, arrasado e atrofiado, sem saber o que lhe sucedeu e porque aconteceu, e de como iria explicar ao seu chefe tal conduta.<br /><br /><strong>Foi também jocoso quando o chefe voltou para trás e divisámos, ao chegar,</strong><br /><br /><span style="color:#cc6600;"><strong>as rápidas mutações da sua fácies;<br /></strong></span><br /><strong>Primeiro <span style="color:#cc6600;">assombro</span></strong> (<em><strong>estão parados porquê</strong>?)</em><br /><strong>A seguir <span style="color:#cc6600;">céptica</span></strong><span style="color:#cc6600;"> </span>(<em><strong>avaria já?)</strong></em><br /><strong>Depois </strong><strong><span style="color:#cc6600;">incrédula</span></strong> (<em><strong>chocaram?)</strong></em><br /><strong>E por fim <span style="color:#cc6600;">colérica</span></strong> (<em><strong>estamos tramados...)</strong></em></div><br /><div><strong><em>Pausa</em></strong></div><br /><div><strong><em>Seguida de <span style="color:#cc6600;">decidida</span></em></strong></div><br /><div><strong><em><span style="color:#cc6600;"></span></em></strong></div><br /><div><strong><em><span style="color:#cc6600;">Vamos dormir a um hotel.</span></em></strong></div><br /><div><strong><em><span style="color:#cc6600;">Vamos para Nouakchot, </span></em></strong></div><br /><div><strong><em></em></strong></div></div><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-62256897344408037102007-02-28T23:16:00.000+00:002008-12-09T13:57:50.035+00:00<div><div><div><div><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">Património dos Portugueses</span><br /><br />A pressa dos meus companheiros teve as suas vantagens.<br />Pernoitamos em Essaouira, eles com certeza com dias de atraso e eu com dois dias de avanço em relação à nossa chegada a Portugal.<br /><br />Despedimo-nos pois eles, no dia seguinte, queriam chegar ao destino e eu já me sentia confortável e seguro no meu segundo país e exactamente na zona de Marrocos que, com alguma atenção, queria visitar.<br /><br />Queria usufruir da ida a quatro bastiões portugueses no norte de África que distam, entre eles, poucos quilómetros.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Tudo o que é ou foi Português no estrangeiro me atrai.<br /></span></strong><br />Adoro o meu País, a nossa História e os nossos Homens , (infelizmente agora não conheço nenhum, estava só a pensar nos políticos).<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Políticos</span><br /><br />Os políticos actualmente esmeram-se e gastam todas as energias na verbalidade de mal dizer os outros dos outros partidos.<br /><br />Continuo a escutá-los, não para os ouvir, mas porque os elegi como bons oradores de um tipo de humor que me seduz.<br /><br />Tento sempre e permanentemente perceber o segundo sentido das suas frases, porque as dizem naquele momento, o motivo porque estão a criticar algo que até me pareceu bem, se acreditam no que estão dizendo, porque dizem coisas que dois anos depois contradizem, porque chegam a altos cargos públicos sem antes terem dado provas de terem construído qualquer benfeitoria, porque prometem o que nunca serão capazes de cumprir, e tornam a votar neles sem que os votantes se sintam enganados.<br /><br />As minhas desculpas, mas isto é uma arte próxima da vigarice.<br />Respondem-me:<br />- É política.<br />Mas isto tem algum valor, a não ser na arte atrás descrita?<br /><br />Alguns políticos sentem-se tristes pela cada vez maior falta de consideração que os portugueses sentem por eles. Será por muita gente pensar como eu?<br />Só terão um caminho:<br /><br />Falarem com veracidade e desenvolverem a intuição de honorabilidade de que o que dizem é o que pensam não para agrado do partido mas sim para bem do país.<br />Vão perder um ouvinte que se irá virar para o humor dos pastéis de nata, mas de certeza que eles e o país irão ganhar muito com isso.<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><span style="font-size:180%;">Portugal antigo.</span><br /></span><strong><span style="color:#cc6600;"></span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Vivo no Portugal actual mas admiro o que fomos e sinto-me triste, confuso com o que somos.</span></strong><br /><br /><strong>Tão poucos éramos, o que conseguimos e onde chegámos ao aproveitar ao máximo as nossas potencialidades, descobrindo tecnologias que nos transformaram na maior potência mundial dos séculos XV e XVI</strong>.<br /><br />Diz-se que as conquistas, descobrimentos e desenvolvimento económico se deveram ao meio geográfico, às nossas hospitaleiras costas com os seus portos naturais, aos nossos rios com esplendorosos estuários.<br /><br />Mas tudo isto hoje se mantém e toda a frota marítima é quase inexistente, <strong>continuando a haver subsídios para abate de navios<span style="font-size:130%;">???<br /></span></strong><br /><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">O português mais importante da História Universal</span><br /><br />foi o Infante D. Henrique. Não posso no entanto esquecer os reis e os políticos do seu tempo que o impulsionaram e que desenvolveram uma postura correcta que conduziu aos descobrimentos e ao conhecimento geográfico do nosso planeta, <strong>impossíveis de realizar sem a tecnologia investigada e descoberta na Escola de Sagres</strong>.<br /><br />Depois da conquista de Ceuta entregou-se D.Henrique de alma e coração aos estudos cosmográficos, geográficos e matemáticos aplicados à navegação estuda-os e exercita-os pessoalmente, rodeia-se dos maiores cientistas da época.<br /><br />Doa à universidade uma casa que possuía em Lisboa obrigando-a ao ensino de ciências aplicadas à prática, bonito exemplo para as nossas instituições actuais que doam os edifícios para a criação de mais um curso para enganar pais e alunos, pois quando os acabam entram para o mercado de trabalho com as mesmas habilitações como quando entraram para a universidade.<br /><br />Há quem pretenda ver na sua obra um intuito mercantil, tanto dele como do rei D. João II.<br /><strong><span style="color:#cc6600;">Sobre estas duas figuras versa um ideal superior de altruísmo e de aspirações nobres e puras</span></strong> de conversão dos árabes ao cristianismo, e que mostra o carácter mais belo e profundo das glórias nacionais da nossa História.<br /><br />Apesar de grande fortuna pessoal, o Infante morre endividado e na penúria pois as expedições mostraram-se ruinosas com o gasto no desenvolvimento das terras descobertas e com o enorme custo das guerras de Marrocos.<br /><br />Mas nada disto o demoveu, mercê do seu ideal nobre e puro, e graças à sua alma mística levou avante a sua missão.<br /><br />É, pois, graças a ele que aqui estou no grande Portugal.<br /><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"></span><br /><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">O grande Portugal.<br /></span><br />Comecei a visita por<br /><br /><strong><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">Mogdura</span> </strong><br /></div><div>Actual <span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><span style="font-size:180%;"><strong>Essaouira </strong></span><br /></span>Anteriormente chamada <strong>Amogdul</strong> <a href="http://fr.wikipedia.org/wiki/Berbère"><span style="color:#000000;">Berbère</span></a> (a bem guardada), <strong>Mogdura</strong> en português, <strong>Mogadur</strong> em espanhol et <strong>Mogador</strong> em francês, <strong>Essaouira</strong> (الصويرة) (a bem desenhada). <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA3lZPH65wkJnUtH1Y4DWKMrDJMuLZRZLrTUrv4khFQ4c5jkA_CPKJ90LkS-7Tlb27sLYOIi2KfTwEpE2UYm18ziKWilzUOH6C6q_Gw1YXZA1WS-0ORoZs-4wl4MFgccXE_TWe4g/s1600-h/Vue%20sur%20les%20remparts[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5043282000703345554" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA3lZPH65wkJnUtH1Y4DWKMrDJMuLZRZLrTUrv4khFQ4c5jkA_CPKJ90LkS-7Tlb27sLYOIi2KfTwEpE2UYm18ziKWilzUOH6C6q_Gw1YXZA1WS-0ORoZs-4wl4MFgccXE_TWe4g/s400/Vue%2520sur%2520les%2520remparts%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><br />Esta cidade piscatória situa-se 350 Km a sul Casablanca, a 175 Km a oeste de Marrakech e a 170 Km a norte de Agadir.<br /><br /><span style="color:#cc6600;">É uma das cidades mais atraentes de Marrocos</span> graças ao seu património cultural e arquitectónico com a sua Medina ao estilo Marroco-Português que mantém, até hoje, a sua beleza e a sua estrutura medieval. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_o2vwiFTw9wJHD8oX_r24V2nst3paQHa2DI5Pj5wBZbrvS_AxhAaZ3XARGGX7osrhLP1JBvkPSM4g0Use-7i4IgVcY0W4nTCV-s35MtisszWyxiHOXqHOm_lriTrnZh-RoSZXPA/s1600-h/10[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5043281811724784514" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_o2vwiFTw9wJHD8oX_r24V2nst3paQHa2DI5Pj5wBZbrvS_AxhAaZ3XARGGX7osrhLP1JBvkPSM4g0Use-7i4IgVcY0W4nTCV-s35MtisszWyxiHOXqHOm_lriTrnZh-RoSZXPA/s400/10%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><br />Com as suas Riads restauradas, implantadas em ruelas de casas caiadas de branco, de portadas azuis, exóticos cafés, lojas de artesanato, passagens estreitas e sombrias, com recantos romântico-misteriosos que caracterizam esta cidade... mas que fazem lembrar um Óbidos Oriental.<br /><br /><strong>É uma das obras-primas da arquitectura do século XVI.</strong><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV7AvnLLuUyzfoCsNc6Yf5Vygp1W-7HIdy__Rf3WCiSjMJ1HQZCpdj7bWoPUOYEHN_hlr2iyt6TohUvlCcxfaqt21dEqjT4vOLzicB-xEcCddR9sq8MdaWzcCoxAO2FFAvO8a0Lw/s1600-h/al-27[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5043282881171641266" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV7AvnLLuUyzfoCsNc6Yf5Vygp1W-7HIdy__Rf3WCiSjMJ1HQZCpdj7bWoPUOYEHN_hlr2iyt6TohUvlCcxfaqt21dEqjT4vOLzicB-xEcCddR9sq8MdaWzcCoxAO2FFAvO8a0Lw/s400/al-27%5B1%5D.jpg" border="0" /></a>E, por isso, a Medina, o “kasbah” e o “mellah” (bairro judeu), fazendo parte da antiga cidade cercada por muralhas <strong>foram consideradas em 2001, pela</strong> <strong>UNESCO</strong>, <span style="color:#cc6600;"><strong>Património da Humanidade</strong>.<br /></span><br />Tem um encanto e autenticidade de uma terra perdida no tempo, com um povo que cultiva a hospitalidade, fruto, talvez, de uma mistura secular de culturas e religiões.<br /><br /><strong>Serão todas estas as razões da atracção que sentem inúmeros artistas de todos os ramos da cultura, nacionais e estrangeiros, que por aqui passam ou que por aqui ficam?<br /></strong><br />É, porventura, na História de Marrocos, a cidade onde maior número de culturas aqui permaneceu, pois cá estiveram os Fenícios, os Romanos, os Cartagineses. Os Berberes, os PORTUGUESES, os espanhóis, os holandeses, os ingleses, os Judeus e os Franceses.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjemzqGnyW1zfkKfPT8s9HqvRSV2d3IzcJJ1gqVCaNA8KTKqEvW9izn6KzYb-89PmUgtSAnCB5hzTzD1pX_7IB1mMV-OLEH-DM0xwjeDhMEGCavYVUz8FgltcJdZ1y20gcY8HM0dQ/s1600-h/Bastion%20nord%20de%20la%20Sqala[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5043282739437720482" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjemzqGnyW1zfkKfPT8s9HqvRSV2d3IzcJJ1gqVCaNA8KTKqEvW9izn6KzYb-89PmUgtSAnCB5hzTzD1pX_7IB1mMV-OLEH-DM0xwjeDhMEGCavYVUz8FgltcJdZ1y20gcY8HM0dQ/s400/Bastion%2520nord%2520de%2520la%2520Sqala%5B1%5D.jpg" border="0" /></a>No pouco tempo que dominámos esta cidade mandou o nosso rei D. Manuel edificar uma fortificação chamada <strong><span style="color:#cc6600;">Castelo Real de Mogdura</span></strong>, que governámos de 1506 a 1525.<br />Este castelo possui o ex-libris da cidade, a <strong><span style="color:#cc6600;">Scala,</span></strong> uma plataforma fortificada com cerca de 200 metros de comprimento.<br /><br /><br />Rotas e Destinos publicou sobre Essaouira<br /><br />Ninguém sabe, ao certo, de onde vem o <strong>fascínio que Essaouira exerce sobre os viajantes,</strong> mas há quem diga que se trata de um encantamento provocado pelo vento que sopra forte por entre as ruas e as vielas da medina desta pequena cidade piscatória. Pela sua autenticidade anacrónica, tornou-se um <strong>local mítico para uma pequena elite de intelectuais</strong>, uma espécie de refúgio-fetiche de pintores, escritores, músicos, actores e realizadores cinematográficos do mundo inteiro.<br /><br />Ruas estreitas e angulosas procuram proteger os moradores dos fortes e constantes ventos alísios vindos do Atlântico, que se entranham no recato dos lares muçulmanos.<br /><br />Calcula-se que Mogador, o seu primeiro nome, tenha raízes no Fenício antigo, uma palavra que significa torre de vigia e se presume que seja o monte desordenado de pedras batido pelo mar situado no extremo mais distante da praia. Porém, a fama da cidade é ainda mais remota. Tanto os cartagineses como os fenícios faziam aqui as suas trocas comerciais, trocando seda e especiarias por ostras, penas e ouro africano. Por sua vez, nos tempos do império romano, a região – que inclui a península onde hoje se ergue a cidade e a ilha de Mogador, na baía – ficou conhecida como as <strong><span style="color:#cc6600;">Ilhas Púrpuras</span></strong>, pois era este o local de onde provinha o corante púrpura mais requintado, extraído dos moluscos, que era usado para tingir as roupas dos imperadores.<br /><br />Em <strong>1764</strong>, o sultão Mohammed Ben Abdallah decidiu instalar na antiga Mogador a sua base naval, transformando-a no único porto autorizado para contacto entre o reino e o Ocidente.<br /><br />Pouco depois passa a viver aqui uma elite de mercadores judeus com um estatuto especial de intermediários entre o sultão e as potências estrangeiras, obrigadas a instalar um consulado no local.<br /><br />Quanto à nova cidade, o seu desenho – o plano original está conservado na Biblioteca Nacional de Paris – foi encomendado a <strong>Théodore Cornut</strong>, um arquitecto francês a soldo dos ingleses de Gibraltar, entretanto expulso sob acusação de espionagem. Uma outra versão da história conta que Cornut já estava aprisionado em Marrocos, e que trocou a sua liberdade pela realização gratuita do projecto arquitectónico. Mas, lendas à parte, ficou na memória o sucesso do seu traço, que deu origem ao nome actual de <strong>Es Saouira</strong>, que significa “a bem desenhada”.<br /><br />Depois disto, a importância da cidade como posto de trocas e de contrabando de piratas não parou de crescer até ao início do século XX, quando finalmente foi caindo no esquecimento de todos.<br /><br />Aqui convivem duas tribos locais – os <strong>chiadma</strong> (árabes) e os<strong> haha</strong> (berberes) –, a etnia dos gnaouas, descendentes dos escravos negros que acompanhavam as caravanas de ouro e sal vindas do Sudão, e cerca de um milhar de ocidentais que vieram em visita e decidiram ir ficando… sem previsão de partida.<br /><br />De facto, as mágicas dunas do <strong>Cap Sim</strong>, nos arredores da cidade, e a sua magnífica praia deserta merecem um passeio mais atento (num veículo todo-o-terreno).<br /><br />Texto retirado da revista Rotas e destinos<br /><br /><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>Safim</strong><br /></span><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Actual <span style="font-size:180%;"><strong>Safi</strong></span></span><span style="font-size:180%;"><strong><br /></strong></span><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdI_4lWAlFmLFp7udZ6T03qn4DK9JIlcKb3ZlvIN0HGqCkgnh8g7HFFff8DwHobK_S2z0vZCpA-rOJN7UG4DoJUE3SnuF0E8B2cgSi0xUiyMSwNJQi4FeVFOpaRb7yyfw78ltEfg/s1600-h/VI+EXP+MAURITANIA+CAIS+MOTOR+1616.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5043371653850682322" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdI_4lWAlFmLFp7udZ6T03qn4DK9JIlcKb3ZlvIN0HGqCkgnh8g7HFFff8DwHobK_S2z0vZCpA-rOJN7UG4DoJUE3SnuF0E8B2cgSi0xUiyMSwNJQi4FeVFOpaRb7yyfw78ltEfg/s400/VI+EXP+MAURITANIA+CAIS+MOTOR+1616.jpg" border="0" /></a>Safi é acapital da cerâmica marroquina, antiga <strong>Asfi </strong>do tempo dos romanos que também por aqui passaram, é uma cidade de 300.000 habitantes, capital de uma região com 2 000 000.<br /><br />Trata-se, infelizmente, de uma cidade industrial muito poluiodora pelas suas fábricas de cimento, químicos e fosfatos.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvqntBRWYWUzLPfQwdAGf8rE6-J7cwm3mAd6hSph7PPEbgYZHv1e_Mow43wWWz75k9_E_sKtQNgJR550facAGkbVgYCGwU5qpL0zQzr2bhRHx9VTP481nLJkDoybh__ajAmhosvA/s1600-h/VI+EXP+MAURITANIA+CAIS+MOTOR+1696.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5043373676780278754" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvqntBRWYWUzLPfQwdAGf8rE6-J7cwm3mAd6hSph7PPEbgYZHv1e_Mow43wWWz75k9_E_sKtQNgJR550facAGkbVgYCGwU5qpL0zQzr2bhRHx9VTP481nLJkDoybh__ajAmhosvA/s400/VI+EXP+MAURITANIA+CAIS+MOTOR+1696.jpg" border="0" /></a>A beleza das suas praias e da cidade não mereciam este progresso.<br /><br />A indústria de conserva de sardinha foi a primeira indústria de Safi, seguida da dos minerais de Jbilet, dos fosfatos de Youssoufia e do complexo químico a sul da cidade.<br /><br /><strong>Os portugueses conquistaram-na e dominaram-na de 1488 até 1541</strong>, quando a abandonaram, voluntariamente, após a perda de Agadir<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikPehPL5B33L4N58xyDhJdEqJrR_DsB1mnB4tSTNJpiP6yyMeJCVmceVjc6p0w9q2eL2bwkDbTSAooJzkMqGLnc3Ay6zYG4khU0J1tldBVBhdjkN163wU6xB5G-vBT1Wh2o6rrjg/s1600-h/VI+EXP+MAURITANIA+CAIS+MOTOR+1704.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5043375171428897778" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikPehPL5B33L4N58xyDhJdEqJrR_DsB1mnB4tSTNJpiP6yyMeJCVmceVjc6p0w9q2eL2bwkDbTSAooJzkMqGLnc3Ay6zYG4khU0J1tldBVBhdjkN163wU6xB5G-vBT1Wh2o6rrjg/s320/VI+EXP+MAURITANIA+CAIS+MOTOR+1704.jpg" border="0" /></a>. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjixDlRdCTxVLqQgRxniOiJyyxT4u3rQBKKiehmilonPoaquZ5x6fu0SJkxq2z2euFQzR_L2T6WJIOTW42OJ8D_Lebak50aEtzrTjRBp2xeUibwZOkPjSmbO0gO0MwWtJI_Lbvy5Q/s1600-h/VI+EXP+MAURITANIA+CAIS+MOTOR+1708.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5043380260965143570" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjixDlRdCTxVLqQgRxniOiJyyxT4u3rQBKKiehmilonPoaquZ5x6fu0SJkxq2z2euFQzR_L2T6WJIOTW42OJ8D_Lebak50aEtzrTjRBp2xeUibwZOkPjSmbO0gO0MwWtJI_Lbvy5Q/s320/VI+EXP+MAURITANIA+CAIS+MOTOR+1708.jpg" border="0" /></a><br /><br />Mais uma vez o pouco tempo de invasão permitiu deixar de legado o <strong><span style="color:#cc6600;">Castelo do Mar</span></strong> <span style="font-size:100%;">e a</span><strong> <span style="color:#cc6600;">Catedral Portuguesa</span>.<br /></strong>Construímos a <strong><span style="color:#cc6600;">cidadela portuguesa</span></strong> e renovámos a área do kasbah<img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5043377391926989826" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUlcQ-VqHrth4HMRQJlkl7Zgjf_Sh06A8WVCxvmlBekBxfp7IxCaD2wGpn6nqntdUUB7E5WO-vWzrNw1RpOeohCH8RTO2-snDf2_gKGIShTHkcEFAtKndPkcBU36V-7tCLlZwyiQ/s320/VI+EXP+MAURITANIA+CAIS+MOTOR+1706.jpg" border="0" />.<br /><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"></span><br /><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>Mazagão</strong><br /></span><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Actual <strong>El jadida</strong><br /></span><br />Situação Geográfica<br />Situada na costa atlântica de Marrocos, na latitude do mesmo paralelo de Los Angeles, na Califórnia, e em longitude no mesmo meridiano que o extremo Oeste da Irlanda.<br /><strong></strong><br /><strong>El Jadida</strong> é uma cidade portuária e industrial com cerca de 180.000 habitantes situada a 90 quilómetros a sudoeste de Casablanca, 180 quilómetros a oeste de Marrakech a 240 quilómetros a Norte de Essaoira e a 17 quilómetros do Cabo Branco.<br />É uma cidade industrial um pouco poluída pelo seu grande parque industrial, servido pelo maior porto comercial de Marrocos, o Porto de Jorf Lastar, que dá vazão aos fosfatos da fábrica JLEC.<br /><br />Todas estas cidades marroquinas da costa Atlântica, pela sua situação estratégica de bons portos naturais, foram habitadas por diferentes povos que, consoante a sua linguagem, assim lhes mudavam os nomes.<br /><br />Os Fenícios estiveram aqui, em 650 A.C.,o almirante cartaginês <a href="http://fr.wikipedia.org/wiki/Hannon"><span style="color:#000000;">Hannon</span></a> foi o primeiro a escrever sobre esta cidade, Ptolomeu chama-lhe <strong>Rusibis</strong>, os portugueses conquistam-na em <strong>1506</strong> e dão-lhe o nome de <strong>Mazagão</strong>.<br /><br />Em <strong>1542</strong> o rei D. Manuel manda ali erguer uma moderna fortaleza renascentista inexpugnável, constituída por vinte e um baluartes colocados numa cintura de espessas muralhas de 5 metros de largura, 7 metros de altura e 3 quilómetros de comprimento. Efeito da mudança da guerra neuro-balística (armas de arremeço) para a guerra pirobalistica (de armas de fogo).<br />Esta estratégia mostrou-se eficaz, resistindo esta fortaleza durante dois séculos a guerras e cercos.<br />Devido a estes cercos, tiveram os portugueses de transformar uma sala de armas de arquitectura Manuelina, em cisterna.<br /><br />A <strong><span style="color:#cc6600;">Cisterna Portuguesa</span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZqn-GBPjQmETxZtf5go1iOqXAn13c7HvvLXWDXcEJSOgM8NjqhDBGs-_ZzUBGuNf6eJ7FOXBM7nV-9LXMHdbDpg5Ka4rB2yluGtN_PsVSxgb2KgRJpNRsJR8iB0eGtSCoPP-UjA/s1600-h/2889027-The_Portuguese_Cistern-El_Jadida[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5036751482434643442" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZqn-GBPjQmETxZtf5go1iOqXAn13c7HvvLXWDXcEJSOgM8NjqhDBGs-_ZzUBGuNf6eJ7FOXBM7nV-9LXMHdbDpg5Ka4rB2yluGtN_PsVSxgb2KgRJpNRsJR8iB0eGtSCoPP-UjA/s400/2889027-The_Portuguese_Cistern-El_Jadida%5B1%5D.jpg" border="0" /></a></strong> é uma<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5S12Sg1oRVGfb2l3j3dgPRHo1eHk8LBRIjqCuzvMARTPYKl1VduJG_Z7Z_a_GynKKVpGR5ECVHFGOWruqqO8ACGBkWtO9uHEtaFHV2X0kKtsCzIIotv0ZLohEvk11OR_KC_ojNQ/s1600-h/citerne5[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5036753960630773314" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5S12Sg1oRVGfb2l3j3dgPRHo1eHk8LBRIjqCuzvMARTPYKl1VduJG_Z7Z_a_GynKKVpGR5ECVHFGOWruqqO8ACGBkWtO9uHEtaFHV2X0kKtsCzIIotv0ZLohEvk11OR_KC_ojNQ/s400/citerne5%5B1%5D.jpg" border="0" /></a> ampla construção subterrânea de 33 por 34 metros coberta de abóbadas manuelinas suportados por 25 colunas do mesmo estilo arquitectónico, esquecida durante anos e descoberta por casualidade em 1919.<br />A água que cobre o chão pela mistura da semi obscuridade com a entrada de luz pela abertura circular to tecto, cria finos e excitantes reflexos de luz e sombra ao reflectir-se nela o tecto, as colunas e a abertura circular de luz, dando a este lugar um carisma romântico-misterioso, surpreendente e indescritivel.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7DxMJ1kgTz2bXHDkH_o2JwwTCSrQZCOxpodsGXJeW6tvzV_rx3oMQgazj4fwJT1NK15P-kEjBBQjOGw_drFH0M-DDo46Kl4Ls8pdAbKDiJ_WtRzxchwG8Dp8TyNcc3ACmbFGpHg/s1600-h/citerne-d[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5036753741587441202" style="CURSOR: hand" height="387" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7DxMJ1kgTz2bXHDkH_o2JwwTCSrQZCOxpodsGXJeW6tvzV_rx3oMQgazj4fwJT1NK15P-kEjBBQjOGw_drFH0M-DDo46Kl4Ls8pdAbKDiJ_WtRzxchwG8Dp8TyNcc3ACmbFGpHg/s400/citerne-d%5B1%5D.jpg" width="483" border="0" /></a><br /><br />Dotámos assim o mundo da mais bela cisterna alguma vez vista, aproveitada por <strong>Orson Welles</strong> para lá rodar cenas do <strong>filme Othelo.</strong><br /><br />O <strong>marquês de Pombal</strong>, como bom estratega que era, achou, penso eu que erradamente, que os portugueses que ali estavam faziam mais falta no Brasil do que aqui, isto na ideia de garantir a soberania da nossa principal colónia nesse tempo já abalada, e manda abandonar Mazagão enviando a totalidade dos seus habitantes para Amazónia, no Brasil, onde fundaram uma nova cidade chamada Nova Mazagão, na região de Amapá, hoje chamada Mazagão.<br /><br />Existe também em Bombaim uma outra cidade chamada Mazagão, também de origem portuguesa.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Bom estratega?</span></strong><br /><br />O Brasil tornou-se independente pouco tempo depois e se os portugueses ali têm ficado, a exemplo de Mellila e Ceuta, eu, quando viesse para Norte, no final das minhas incursões, teria um lugar onde poderia comer um grão com bacalhau, desenjoando assim das múltiplas tagines que tenho de degustar.<br /><br />O marquês, antes de abandonar a cidade, manda minar a fortaleza, que explode quando os mouros a invadem, sacrificando o herói português que lá ficou para o fazer (de que não sabemos o nome) e matando muitos dos assaltantes.<br /><br />A partir daí a cidade em ruínas passa a chamar-se <strong>Mahdouma</strong> “A destruída”.<br /><br />Em <strong>1832</strong> é restaurada a fortaleza e passa a chamar-se <strong>El Jadida</strong> “A nova”.<br /><br />Foi então habitada, como nas outras cidades da região, por numerosos judeus cujos bairros, os Mellah, podem ser apreciados na velha Medina.<br />Estes abandonam a região aquando da formação do estado de Israel, não sem antes e sobre o protectorado francês, a cidade ter mudado o nome para <strong>Mazagan</strong>, voltando a chamar-se <strong>El Jadida</strong> em 1956, aquando da independência de Marrocos.<br /><br /><br />A cidade fortificada portuguesa de Mazagão foi registada em 2004 pela Unesco como <strong>património da humanidade</strong>, tendo sido considerada a adesão na base de modelo de intercâmbio e influência entre a Europa e a cultura Marroquina, e num claro exemplo da realização e integração de ideais renascentistas na tecnologia de construção portuguesa.<br /><br />A <strong>cidadela portuguesa</strong> no interior do castelo, para se ter uma ideia das suas sinuosas ruelas, becos e arcos, basta subir e dar uma volta pelo caminho de ronda das muralhas aproveitando a óptima vista sobre a Medina e o mar.<br /><br />Na cidadela em todo o lado há património português, a cisterna, a igreja portuguesa, os portais das casas com arcos de cantaria, os nomes lusitanos das ruas e até a igreja espanhola escolheu para nome Igreja de S. António de Pádua<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBGNIpMeuqsswgrnlbYxsjVXm7KM8yQ_asXAxItbJkuUx3xfq7ScJABBmjpjm-O-ytf9DmGS6WStHy6as0NzresSPFTs04GoDmAyhyWXofjXXb73UKRTG0b2yVCj6v71iyAXWnkg/s1600-h/kanissa[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5036751216146671074" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBGNIpMeuqsswgrnlbYxsjVXm7KM8yQ_asXAxItbJkuUx3xfq7ScJABBmjpjm-O-ytf9DmGS6WStHy6as0NzresSPFTs04GoDmAyhyWXofjXXb73UKRTG0b2yVCj6v71iyAXWnkg/s400/kanissa%5B1%5D.jpg" border="0" /></a> mas que, afinal, é de Lisboa.<br /><br /><strong>O nosso principal legado patrimonial foi o <span style="color:#cc6600;">Castelo do Mar</span>, a <span style="color:#cc6600;">cisterna portuguesa</span>, e a</strong> <strong><span style="color:#cc6600;">igreja de Nossa Sr.ª da Assunção</span>, a<span style="color:#cc6600;"> cidadela portuguesa</span>,etc.</strong><br /><br />Pois, pois, depois de tanta escrita falta é uma estória que, como sabem, está sempre relacionada com<strong> algo de estranho que só a mim acontece</strong> e que foi, neste caso, a tentativa de visita a este templo.<br /><br /><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">Estória<br /></span><br />Tal como em Safi, tentei visitar a sé portuguesa, não o conseguindo por o guarda não comparecer e a porta permanecer teimosamente fechada, aqui deparei com idêntica situação e enquanto visitava a cidadela portuguesa passava, de vez em quando, pela igreja para ver se assomava o guardião.<br /><br />Nessas incursões deparo com um muçulmano a sair de uma porta lateral da igreja com algumas grandes chaves à cintura e dirijo-me para ele com contentamento.<br /><br /><strong>Lá ia conseguir entrar na Igreja de Nossa Senhora da Assunção</strong>. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiLw0uGdOtdpzakYlAQx4wgBXk_P3dSxECSnm2722R0mD3FvDrTDlSzfJa-cN6jVobAx8cR1PIGDU_FmsHpP1TFysjTICcwnmxYKtsfEvWAYlhktPsVYA5AKVSQmJdzp1hyZdR5w/s1600-h/kanissa3[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5036752521816729122" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiLw0uGdOtdpzakYlAQx4wgBXk_P3dSxECSnm2722R0mD3FvDrTDlSzfJa-cN6jVobAx8cR1PIGDU_FmsHpP1TFysjTICcwnmxYKtsfEvWAYlhktPsVYA5AKVSQmJdzp1hyZdR5w/s400/kanissa3%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br />A igreja em mau estado de conservação é um património arquitectónico Manuelino.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaAaSd8E-xsLw-39MY8NpKZqG7SZJAq6SCDMy3UdEwB3FWhLzWIIwwOPRUbq8YdBGOo1IdE1uHIL1JzyqNnkGXfqJt7KcArwnAWfoHBT9jkFc0itjsS3OHlJvKlSlNXbMn1MrMsA/s1600-h/kanissa2[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5036752221169018386" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaAaSd8E-xsLw-39MY8NpKZqG7SZJAq6SCDMy3UdEwB3FWhLzWIIwwOPRUbq8YdBGOo1IdE1uHIL1JzyqNnkGXfqJt7KcArwnAWfoHBT9jkFc0itjsS3OHlJvKlSlNXbMn1MrMsA/s400/kanissa2%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Não estranhei</span></strong> o guarda estar conservadoramente vestido de muçulmano, só falar árabe dizendo poucas palavras em Francês, tal como não estranhei a pergunta se eu era paquistanês, que importava isso, eu estava contente com aquela oportunidade e o guarda percebia o meu interesse e acompanhei-o até à porta onde ele meteu a chave.<br /><br />A porta abriu-se, eu tentei entrar mas <strong><span style="color:#cc6600;">o guarda agarrou-me e mandou-me descalçar</span></strong>.<br /><br />Ao seguir o guarda nem sequer me apercebi que o edifício para onde fomos não era a igreja...<br /><br />Era uma mesquita sem ninguém no seu interior, parei, pensei, hesitei e cá estava a oportunidade já pensada algumas vezes, <strong>finalmente entrar numa mesquita.</strong> O guarda tinha de pensar que eu era islamita.<br /><br />Descalcei-me e entrei sob a visão do guardião da mesquita, orei com todo o respeito e na posição que os maometanos usam para o fazer, que eu sei que é de cócaras e de rabo levantado e mais não sei.<br /><br />Tentei usar aquele instante com todo o respeito, aproveitando para retribuir a Alá o meu agradecimento por não ter tido problemas, e tudo ter corrido quase bem no acompanhamento do Euromilhões Lisboa Dakar e para agradecer, já agora, por mais isto e por mais aquilo e por mais aqueloutro.<br /><br />Mas pensam que consegui?<br />Não.<br /><br />Na minha cabeça misturava-se a estupefacção de ali estar, com a surpresa do que me tinha acontecido, com o receio de ali permanecer até por o guarda se poder aperceber de que eu nem orar sabia, eu, um infiel, que pela lei islâmica não mo é permitido, podendo até sofrer sanções físicas pelo acto.<br /><br />Mas ali estava, garanto-vos, com <strong><span style="color:#cc6600;">o máximo respeito do mundo pelo lugar onde me encontrava</span></strong>.<br /><br />Não tenho religião, acho que as religiões foram inventadas pelo homem com vários e inúmeros propósitos, mas sou uma pessoa que estudou ciências e, ao estudar o corpo humano e o seu funcionamento, a vida, a terra, o universo, a física, a química, tudo, a perfeição que encontrei é tal que, para mim, uma pessoa em que todo pensamento assenta na lógica, tem que acreditar que houve um acto de criação de tudo isto e, para haver criação, tem que haver Criador.<br /><br />Já tinha estes pensamentos nas aulas de Religião e Moral e expunha-os ao professor dessa disciplina, o Sr. Padre Afonso que, com o seu facciosismo, chegou comigo ao dele pecado da ira, ao dar-me uma brutal bofetada, quando eu, com doze ou no máximo catorze anos, lhe disse que, quando desejava uma mulher pela sua beleza e pelo que eu sentia, isso seria uma forma de adorar a Deus, e que Lho agradecia pela felicidade que me dava em ter tais pensamentos e nos actos que isso envolvia.<br /><br />Pois <strong>se no mundo ocidental já sofri pelos meus pensamentos religiosos</strong> ali, em que o facciosismo é maior, poderia sofrer muito mais.<br /><br /><strong>Com todos estes pensamentos quem consegue concentrar-se e orar?</strong><br />Fiz um esforço, tentei a meditação, e só consegui isto:<br /><br />-Meu Alá, Tu sabes o que se passa na minha mente, lês os meus pensamentos, sabes o que te queria comunicar, por isso dizer-Te o quê, e para quê?<br />Tu já conheces a minha adoração a toda a natureza que tão bem criastes e que, de tão perfeita, me faz pensar que Tu és ela ou que ela és Tu. (É uma teoria que talvez um dia vos conte porque é muito mais complicada do que isto).<br />Obrigado e continua com a Tua perfeição para nosso gozo divino.<br /><br />Depois disto, a minha sorte é que nenhum islamita encontre este blog e, se o encontrar, que não chegue a estas linhas, o que será fácil pois que, com tanta verborreia, se enfastiará e só contemplará as fotografias.<br /><br />Caso haja denúncia, o melhor será encontrar-me com o Sr. dos Versos Satânicos para saber o caminho a trilhar.<br /><br /><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>Azamor </strong><br /></span><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Actual <strong><span style="font-size:180%;">Azemour </span><br /></strong></span><br />A cidade de Azemour, que <strong>significa em berbere ramo de oliveira</strong>, é uma povoação afastada dos circuitos turísticos.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg91dlPr8YVBh-4ornq0hqf5Eal3F8Wp3fppKLcyq34oR4afjSoNhTWgdsGCQl1Ky1le_G4lFqmkUwc1ODNP-UretiMDtjutUTlma3e7IRgfm1gWQFZUnafeVv27DEDx1hRnzwbHg/s1600-h/Azemmour-vue-fellouk[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5036751740132681218" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg91dlPr8YVBh-4ornq0hqf5Eal3F8Wp3fppKLcyq34oR4afjSoNhTWgdsGCQl1Ky1le_G4lFqmkUwc1ODNP-UretiMDtjutUTlma3e7IRgfm1gWQFZUnafeVv27DEDx1hRnzwbHg/s400/Azemmour-vue-fellouk%5B1%5D.jpg" border="0" /></a>É ladeada pelo <strong>Rio Rabie</strong> e dividida em duas partes distintas, a moderna e a antiga.<br /><br />Foi edificada sobre a antiga cidade fenícia de <strong>Azama</strong> e fica<br /><br /><br /><br /><br />16 quilómetros a Norte de El Jadida e a 72 quilómetros a sul de Casablanca.<br /><br />A <strong>cidadela portuguesa</strong>, que é a parte antiga, está envolta num castelo edificado pelos portugueses, após a sua conquista pelo Duque de Bragança numa curta batalha em <strong>1513</strong>.<br /><br />Os árabes, ao verem o Duque comandar uma esquadra de 500 navios, nada puderam fazer.( Li isto em escritos marroquinos. Será possivel terem sido tantos os navios?)<br /><br />Mas já em <strong>1481</strong> esta região estava submissa ao rei D. João III, com o estabelecimento de um tributo anual de 10.000 aloses.<br /><br />Em <strong>1541</strong> os portugueses evacuam esta praça.<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Vinte e oito anos de ocupação foram suficientes para ali deixarmos a nossa influência</span>, principalmente na arquitectura.<br /><br />A <strong>cidadela portuguesa</strong> com o seu <strong>castelo</strong> de seis bastiões, a necessitar hoje de cuidados, possui no cimo das suas muralhas um caminho de ronda que permite ver toda a Medina.<br /><br />Parte da Medina está em ruínas e a que foi restaurada não respeitou uma característica arquitectónica que se pensa única no mundo e que, caso os dirigentes de Azemour não venham a respeitar, se perderá, perdendo-se com ela a importância desta cidade.<br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong>Em Azemour na cidadela portuguesa existe uma arquitectura única de influência</strong></span> <strong><span style="font-size:130%;">portuguesa</span></strong> que são as suas casas, ou melhor, as<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">portas das suas casas</span>.<br /><br />Estas são a única parte da habitação com aspecto criativo pela sua decoração e ornamentação oriundas das primitivas portas portuguesas.<br /><br />Foram moldadas pelos antigos mestres de harmonia com a ruela onde está inserida o valor da casa e a importância do seu proprietário.<br /><br />Infelizmente as casas vão sendo demolidas e substituídas por outras com portas <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9hUGadm7eMlDv0u_KrrsD-x_VCbYdKoM-NcKD5ccCEORd_5wCJ-4wvudskcJt0y8LoZNNjdumzAnG4idfJUU2n1PDij4NLkFDAve874KOonPyjUXB8OREZujv8fym_Lh7V8qf-g/s1600-h/toile-stacy-elko[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5036750189649487314" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9hUGadm7eMlDv0u_KrrsD-x_VCbYdKoM-NcKD5ccCEORd_5wCJ-4wvudskcJt0y8LoZNNjdumzAnG4idfJUU2n1PDij4NLkFDAve874KOonPyjUXB8OREZujv8fym_Lh7V8qf-g/s400/toile-stacy-elko%5B1%5D.jpg" border="0" /></a>banais.<br />Caso isto não acabe, qualquer dia só as fotografias e alguns quadros como o de <strong>Stacy Elko</strong> nos permitem admirar esta singularidade.<br /><strong></strong><br /><br /><br /><strong></strong><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhop9JyXAfb30CeevghzNaWvrAA3nw-iqwyc6Hbvk0m-VAceL4EpzdTZvUHE8AR7jcndGwA8e52PEIdPyx6FBLE0fKVdrR89GNNCBA5L9VOmr5CZv6VggEQC-rTjld2S4TGDra7TA/s1600-h/ARCADE[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5039320105551011378" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhop9JyXAfb30CeevghzNaWvrAA3nw-iqwyc6Hbvk0m-VAceL4EpzdTZvUHE8AR7jcndGwA8e52PEIdPyx6FBLE0fKVdrR89GNNCBA5L9VOmr5CZv6VggEQC-rTjld2S4TGDra7TA/s400/ARCADE%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><strong></strong><br /><strong>A porta é a única abertura exterior da casa.</strong> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYrb6wSusFEFDq25ZHZHalbrb0w_-m9QBX4GO5IXsfhW4BKFXblFEPAVxzKVsRsiBw2GGLPNFgz_-gDlRC2e1ehtN8Tb9FgoxC_Lry9Q2X9Ej8-tixYXjyBfuNl2mHLyZ5AB2aAQ/s1600-h/porte-zaouia-alkadiria[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5039320801335713346" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYrb6wSusFEFDq25ZHZHalbrb0w_-m9QBX4GO5IXsfhW4BKFXblFEPAVxzKVsRsiBw2GGLPNFgz_-gDlRC2e1ehtN8Tb9FgoxC_Lry9Q2X9Ej8-tixYXjyBfuNl2mHLyZ5AB2aAQ/s400/porte-zaouia-alkadiria%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br />As casas são quadriláteros de paredes rústicas sem qualquer ornamentação,excepto nas caracteristicas portas, sem janelas pois todas têm um páteo interior e <strong>só esta originalidade dá valor a esta Medina e a Azemour</strong>.</div></div><br /><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><br /><div></div></div></div><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-61531459859804532412007-02-25T12:40:00.000+00:002007-03-04T18:42:52.634+00:00<span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>As minhas aventuras começaram nesta viagem após a passagem da fronteira entre o Senegal e a Mauritânia</strong></span><br />(falta ilustrar com fotos)<br />onde nós três, em dois jipes, partimos deixando o grupo, tendo naquele dia pela frente cerca de duzentos e cinquenta quilómetros de pista em zona de savana para alcançar a capital da Mauritânia, <strong><span style="color:#cc6600;">Nouakchot</span></strong>.<br /><br />No caminho fica uma pequena cidade chamada <span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>Rosso.</strong><br /></span>Já por duas vezes, há oito anos e numa pista junto ao mar, passei perto daquela cidade e agora há quinze dias atrás, em trajecto pela própria praia, o mesmo aconteceu.<br /><br /><strong>Finalmente no caminho certo,</strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;"><span style="font-size:130%;">lá ia conhecer Rosso.</span><br /></span></strong><br />O meu principal interesse era saber como seria uma cidade do sul da Mauritânia.<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">A Mauritânia</span> é, sem dúvida, totalmente diferente dos restantes países que conheço, mesmo dos de África.<br />O seu povo mostra uma dignidade nos gestos e trajes que não se encontra nos países limítrofes.<br />São afáveis e simpáticos, na quantidade absolutamente certa e metem conversa connosco de forma despropositada, fazendo-o aparentemente por obrigação educacional, com um comedimento e discrição distinta, o que me leva a admirá-los, mas a não os compreender totalmente.<br />Parece ser uma forma de educação correcta mas, como são reservados, não se deixam conhecer.<br />Parecem europeus no trato, mas têm usos e costumes aliados a fortes conceitos islâmicos completamente diferentes dos nossos.<br />Gostam, aparentemente, dos portugueses, sabem que fomos o primeiro povo estrangeiro a visitá-los e a com eles fazer trocas comerciais, e todos sabem que existe uma família em Atar descendente de portugueses, os Santos, que ainda não tive tempo de visitar, mas que tenciono fazer numa próxima viagem àquele destino.<br /><br /><strong>Será que em Rosso o povo se comporta do mesmo modo?<br /></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Preciso de conhecer uma cidade Mauritana com identidade própria.<br /></span></strong><br /><strong>Nouakchot,</strong> como todas as capitais, não a tem. <strong>Noadibou</strong>, pescas e negócios, ainda menos; <strong>Atar,</strong> turismo que, como todos os lugares turísticos, sofreu descaracterização.<br /><br /><strong>Como seria Rosso?<br /></strong><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>Rosso</strong></span><br /><br />Ao chegar verifiquei que a estrada não passava pelo seu interior e, por rádio, lá segue a pergunta-pedido para os meus dois companheiros.<br /><br /><em><span style="color:#cc6600;"><strong>Então, vamos entrar não é?</strong><br /></span></em>Resposta (não vos disse que no outro carro a pressa era grande):<br /><em>Vamos é para Nouakchot, para <strong>tomar banho e jantar.</strong><br /></em><br /><strong>Tomar banho e jantar faz-se todos os dias, ir a Rosso não.<br /></strong>Quinze minutitos davam para suavizar os olhos da pista, sair da monotonia savânica só cortada por alguns javalis e olhar para o que de agradável Rosso teria para nos mostrar.<br /><br />E lá me encontrei com os meus pensamentos, que fluem sempre nos momentos de contrariedade.<br /><br />Sou democrata, e 2/3 da vontade das pessoas sem dúvida que vencem mas, por vezes, <strong>mais vale um ditador com ideias certas do que muita gente com ideias erradas.<br /></strong>O que acabei de escrever é <strong><span style="color:#cc6600;">politicamente incorrecto e perigoso</span></strong> , e ainda não sei se fica se apago mas, quando a maioria nos contraria, pensar assim tem lógica, mas incutiram-me que é errado, porque a democracia é sempre melhor, <strong>tem é que se educar as pessoas para pensarem igual a nós</strong>,<br /><strong><span style="color:#cc6600;">pronto já percebi, </span></strong><br />esqueci-me anteriormente de fazer campanha eleitoral.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">No dia seguinte continuava a imperar a pressa</span></strong> e, apesar de querer comprar comida em Nouakchot antes de nos pormos à estrada, a resposta foi a mesma, lá para a frente logo se compra, ao que respondi, sem ter a certeza:<br />- olhem que pode não haver...<br /><br />Embora conheça a Mauritânia, <strong>o trajecto que sempre fiz, sul norte, era o existente,</strong> uma pista intragável para camiões, que só conheci em pequenas partes ou a areia da praia utilizada por todos os carros ligeiros, que nós sempre preferimos, quanto mais não fosse pelas belezas naturais que incluem por exemplo o Banco de Arguin.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">A estrada asfaltada que íamos fazer é nova</span></strong>, tem apenas dois anos, e faz toda a travessia de norte para sul do Sahara, <strong>na zona mais despovoada do nosso planeta,</strong> paralela e perto da costa. (isto é para ver se estão atentos e me dizem que são os.........)<br /><br />Mesmo assim sempre pensei possível, como várias vezes tentámos, a compra de comida, pão ou algo parecido e qualquer coisa que o acompanhasse, mas nos sítios críveis onde fomos, e foram alguns, o que nos ofereciam era chá e uma tenda para comer comida, mas a transportada pelo próprio viajante.<br /><br />Para mim comprar comida não era muito importante, pois em “Roma sê romano”, ou melhor,<br /><strong><span style="color:#cc6600;">”no deserto sê nómada”,</span></strong><br />e assim faço-me sempre acompanhar de tâmaras colocadas estrategicamente junto à alavanca das mudanças do jipinho.<br /><br />Tenho também, e sempre, bolachinhas de aveia, que desta vez arrumei tão bem no jipe em minha casa que só as tornei a encontrar novamente, quando o descarreguei também em minha casa, o que é uma vantagem, pois para a próxima viagem já não preciso de as comprar.<br /><br />O tempo estava enevoado e a temperatura baixa para a zona, o que o meu carro muito agradecia, pois <strong><span style="color:#cc6600;">o ponteiro da temperatura teimosamente aproximava-se cada vez mais do vermelho </span></strong>até que, farto da situação e para ter a certeza de que o meu mecânico tinha razão, pus o jipito uns tempos nos 140 e o ponteiro da temperatura automaticamente no vermelho, parei para verificar a água do radiador que, como esperava e o mecânico me tinha dito, não era condizente com a temperatura indicada, o que confirmava a certeza de que era no sensor da temperatura da água que estava o dano.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Problema resolvido mas problema agravado</span></strong>, agora conduzia sempre com o ponteiro da temperatura no máximo, com a possibilidade de saber, caso o jipe aquecesse, que o motor indicaria que tinha aquecido quando entregasse a alma ao criador, situação sempre aborrecida em qualquer lugar, mas mais constrangedora na área onde me encontrava.<br /><br />O <span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>Sahara</strong></span> ameaçava chuva e caíram de facto algumas gotas de água, a estrada tem um movimento nulo, as tâmaras vão semeando caroços na areia da berma, as garrafitas de água vazias vão sendo atiradas para traz da baquet, com uma regularidade de duas horas ureia e outros ingredientes regam os caroços das tâmaras na berma da estrada e os quilómetros vão-se carcomendo com uma média idêntica ao do ponteiro do velocímetro.<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>Àquilo a que nós chegámos,</strong></span><br />fazer metade do Sahara de Sul para Norte em pouco mais do que cinco horas. <strong> </strong><br /><strong>Há dois anos eram precisos dois dias.</strong><br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>Que saudades dos tempos antigos...</strong></span><br /><br />Progredia-se na areia molhada da praia, de janelas abertas com a espuma húmida do mar a bater-nos na cara e a convidar-nos ao banho de mar que, mesmo no Inverno, é mais quente que o do Algarve.<br />Tinha que se parar na praia porque a maré não permitia o avanço, ai o descanso.<br />Tomava-se um banhoco enquanto o peixe a pular de vivo, assado na praia, era preparado para a refeição que antecedia a sesta à sombra do jipe.<br />Tagarelava-se com os locais que conseguiam consultas de borla acompanhadas dos próprios medicamentos e sem exigência de taxa moderadora.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Mas o progresso asfaltado também traz vantagens</span></strong>, permitia-nos ir comer, cerca da hora da merenda, a Barbas, a primeira bomba de gasolina do Sahara Ocidental, isto contando já com uma travessia rápida da fronteira com passagem dos cinco “gabinetes” entre os dois países, em duas horas.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Mas o aparente progresso enganou-me.</span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;"></span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Eu estava em África</span></strong> e <strong><span style="color:#cc6600;">a chegada à fronteira fez-me acordar para a realidade.<br /></span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">A fronteira estava fechada para almoço</span></strong>,<br />nem perguntámos por quanto tempo pois ali o tempo não conta, a burocracia é grande e depois de comer os homens precisam de descansar ou talvez de irem ao supermercado, ao clube de video, ao banco, ao centro comercial (esqueçam, isso é o que nós fazemos, eles ali têm quilómetros de deserto em redor e talvez alguns sofram da prostata e demorem a faxer xi xi ou talvez tenham prisão de ventre e o có có duro,demorado)<br />Naquele dia havíamos de passar e consoante a hora ou dormíamos no “hotel” das bombas de Barbas ou, caso corresse tudo bem, de madrugada chegaríamos a Layoune.<br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"></span></strong><br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Os nossos amigos Libanezes.</span></strong><br /><br />À nossa frente um carro de matrícula senegalesa tinha sido o primeiro a ser barrado na travessia.<br /><br />Ávido de conversa pois viajava sózinho. começo na tagarelice com os seus ocupantes, três libaneses e um marroquino extremamente simpáticos que estavam já puxando do farnel.<br /><strong><span style="color:#cc6600;">Convidam-nos para o repasto</span></strong>,<br />pão libanês, conservas, leite.<br />Eu ofereci o que tinha, aparelhagem para abrir latas, dodots para limpar as mãos e tâmaras e aproveitei o tempo para falar e, claro, comer.<br /><br /><strong>Eram homens de negócios</strong> que iam para Marrocos em busca de os conseguir, mas com o decorrer da conversa já <strong>eram turistas</strong> que iam passar férias a Marrocos, não interessa, comemos bem e ainda nos deram chá feito à moda do Líbano, e presentearam-nos com café em pó que ontem fiz em casa, na cafeteira, e que pensava ser igual ao que bebia na Turquia e que me fez ir comprar uma lata de Nescafé, mas não, é saboroso, aromático e com gosto a perfume de flores.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">A barreira foi aberta</span></strong> e lá passámos com os nossos amigos libaneses, que usaram na primeira fronteira passaportes senegaleses e na segunda marroquinos.<br />Que tenho eu a ver com isso, foram simpáticos e comi melhor do que só tâmaras.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">No caminho para cima, na meditação habitual</span></strong> ajudada pelo barulho do rodar dos pneus no asfalto, lembrei-me de uma situação idêntica de fecho da mesma fronteira e à mesma hora, e também dessa vez comi com uns libaneses homens de negócios que também iam para Marrocos de férias, coincidência, hum?<br /><br />Espero que os satélites não nos tenham tirado fotos durante o vivo convívio.<br /><br />O resto da tarde daquele dia foi de uma óptima progressão, que nos levou a horas um pouco adiantadas aos lençóis do hotel de <strong><span style="color:#cc6600;">Layoune</span></strong>, o mesmo onde o exército da ONU também pernoita, mas sem que antes não desperdiçássemos a oportunidade de comer, no <strong><span style="color:#cc6600;">C</span><span style="color:#cc6600;">abo Boujadôr</span></strong>, uma ceia de peixinhos assados na brasa, numa tasca, que tinha mais gordura nas paredes, chão e tecto do que a que existia nos próprios peixes.<br /><br />Tinha que prestar contas das refeições e já tinha deparado com dificuldades diversas na passagem das facturas,<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">mas ali foi o auge.<br /></span></strong><br />O dono da tasca, ao pedir-lha, fez o gesto manual de não ter esferográfica e eu arranjei-lhe uma; como o gesto se mantinha, seria de certeza falta da factura, tendo eu ido buscar um “guardanapo”.<br />O pior foi quando descobri que o homem não sabia escrever….<br />Mas que importa, o peixe ali é muito barato e paguei eu.<br /><br /><span style="color:#cc6600;"><strong><span style="font-size:180%;">Layoune ou El Aaiún</span> - capital do Sahara ocidental<br /></strong></span><br />Acordei mais cedo do que os meus colegas de viagem e, enquanto eles tomavam o pequeno almoço, busquei na saída da cidade uma estação de serviço para mudar filtros e o óleo do meu jipe que, apesar de boa qualidade, já tinha sofrido demasiado.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong></strong></span><br /><span style="font-size:180%;"><span style="color:#cc6600;"><strong>Estória</strong></span><br /></span><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"></span><strong>Título:<br /></strong><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Estação de serviço com mecânico muito especializado…<br /></span><span style="font-size:130%;">ou</span></strong><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>Lei de Murphi. Quando se muda o óleo pode haver problemas, </strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><span style="color:#cc6600;">mas tantos....<br /></span>ou</strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><span style="color:#cc6600;">O pior foi</span><br /></strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>O pior foi</strong></span> que havia duas estações de serviço mas não mudavam óleo, só na cidade.<br />Voltei atrás e, depois de muitas tentativas, encontrei na mesma rua duas pequenas oficinas.<br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Parei apreensivo em frente de uma delas</span></strong>, mas quase de imediato aparece o dono que, pelos cumprimentos efusivos, me devia conhecer desde pequeno, mas como não me lembrava disse-me logo para meter o jipe lá dentro, porque ele <strong>era um mecânico de aviões e helicópteros</strong> e como estava reformado abriu aquele negócio.<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>Fique logo mais descansado</strong></span> e com cuidado <strong>lá introduzi o jipe na porta que pouco mais larga era do que o carro </strong>e<br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>o pior foi</strong></span><br />quando apurei que, apesar da frente do carro estar encostada à parede, as rodas traseiras do jipe permaneciam no exterior, ficando assim o motor desnivelado e logo o óleo não escorreria todo.<br /><br />Mas cinco litros de óleo novos, juntos com um litro do que não escorria, era melhor do que seis litros de óleo usado.<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>O pior foi</strong></span><br />quando fui escolher o óleo, apesar de boas marcas parecia estar nos anos 50 e perguntei-lhe se não havia melhor, respondendo-me ele que no <strong>armazém ao lado havia e que podíamos ir lá escolhê-lo.</strong><br /><br />Acedi mas<br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">o pior foi</span></strong> pois para sair apurei que havia apenas 20cm entre a porta e o carro e aprontei-me para tirar o carro, único modo de chegar à rua.<br />Logo o dono da oficina disse:<br />-não é preciso olhe e passou.<br /><br />No Dakar tinha emagrecido cinco quilos, se calhar dava, experimentei, forcei e resultado,<br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong></strong></span><br /><span style="color:#cc6600;"><span style="font-size:130%;"><strong> o pior foi</strong> </span></span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>que </strong></span><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>fiquei entalado entre a porta e o jipe</strong></span>,<br /><strong><span style="color:#cc6600;"></span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">auxiliado pelo ajudante de mecânico que me empurrava e pelo mecânico que me puxava para o exterior.<br /></span></strong>Resolvi expirar todo o ar e eis que a manobra ficou concluída, mas<br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>o pior foi,</strong></span> <br />a t-shirt acabadinha de vestir ficou besuntada de óleo de ambos os lado e suja frente e trás.<br /><br />Lá me dirigi para o armazém que afinal era perto, mas que afinal era a outra oficina, a do outro colega do mecânico e onde afinal<span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong> </strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>o pior foi</strong></span> os óleos serem todos iguais aos que eu acabara de ver.<br />Disse ao mecânico que <strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">desistia da mudança do óleo</span></strong> e voltei para a oficina para retirar o jipe.<br /><strong><span style="color:#cc6600;">Mas </span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;"><span style="font-size:130%;">o pior foi</span> entrar?<br /></span></strong>Experimentei o outro lado do carro onde a distância entre ele e a porta me pareceu maior, conseguindo completar a manobra sem qualquer ajuda, sujando menos a t-shirt mas rasgando-a ao prender-se em qualquer coisa.<br />Que importa, já tinha pensado pô-la no lixo por tantas nódoas de óleo.<br /><br /><span style="color:#cc6600;"><strong><span style="font-size:130%;">O pior foi</span></strong> <strong>quandoAvaliei então a eficiência da oficina</strong></span>, o ajudante do mecânico sem ter dado conta, já tinha tirado todo o óleo do meu carro.<br />Lá voltei à outra oficina, escolhi um óleo que me pareceu com características de menos mau, oriundo dos Emiratos Árabes e<br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>o pior foi</strong></span> querer por força da qualidade, que o preço fosse superior aos dos outros, mas que eles garantiam ser do mesmo preço, ao que pensei, pois <strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">não gosto de ser enganado</span></strong>, ser isto uma consequência do mercado árabe unido…<br /><br />Paguei o óleo e como o mecânico já o levava corri para a outra oficina para verificar se de facto era daquele óleo que iam meter.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">E <span style="font-size:130%;">o pior foi</span> que conseguiram chegar primeiro</span></strong>, para entrar tive de me baixar para não destruir mais a t-shirt, e cheguei já com a extracção do resto da primeira lata de cinco litros, e a preparação de imediato da colocação dos segundos cinco litros.<br /><strong>Protestei e disse que tínhamos de ver o nível.</strong><br />O nível na vareta mostrou estar um pouco abaixo do máximo, ao que proferi:<br />-<em>metam só um pouco</em><br />Então, <strong>para medirem</strong>, pensei eu, deitaram o meu óleo para outra lata de dois litros aparentemente vazia <strong><span style="color:#cc6600;">(?)</span> </strong>e<br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>o pior foi</strong></span> quando começaram a deitar todo o conteúdo para dentro do motor.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Comecei a gritar para pararem,</span></strong> ao que o <strong>mecânico dizia não</strong>, pois já se tinha apercebido que o carro levava sete litros, gritei mais e lá pararam.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>O pior foi</strong></span> quando fomos ver o nível que confirmou o que já sabia, estava uns dois dedos acima do máximo.<br /><br />Agora dizia o mecânico:<br /><em><strong><span style="font-size:130%;"><span style="color:#cc6600;">Vamos tirar</span>.</span></strong><br /><br /></em><em></em><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong></strong></span><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>O pior foi </strong><span style="font-size:100%;color:#000000;">que </span></span>tinha a certeza que <strong>passaria ali o dia metendo e depois tirando e depois faltava e metia mais.<br /></strong>Queria mudar o filtro de gasóleo e o do ar mas desisti.<br /><span style="color:#cc6600;"></span><br /><strong><span style="font-size:130%;"><span style="color:#cc6600;">O homem só sabia trabalhar em aviões e helicópteros </span><br /></span></strong><span style="color:#cc6600;"><strong>(nunca mais aprendo).<br /></strong></span><br />Perguntei quanto era:<br /><em>O que eu quisesse</em><br />Ham … e insisti<br /><em>Cem Dm.<br />Ham… dois contos, tanto?</em><br /><em>Pensas que sou americano.<br />Toma lá cinquenta.<br /></em><br />Tirei o carro e retirei dele uma <strong><span style="color:#cc6600;">nova t-shirt que vesti</span></strong>, dei a outra ao miúdo ajudante do mecânico, despedi-me deles e ao entrar para o jipe (não o consegui a tempo)<br /><strong><span style="color:#cc6600;">o <span style="font-size:130%;">pior foi</span></span></strong> que auferi duas palmadas nas costas de despedida do meu “amigo” mecânico,<br /> <strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">o pior foi</span> com as mãos ainda sujas de óleo.<br /></strong><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>Fugi</strong></span><br />a pensar que, sentado no jipe, a t-shirt não pareceria suja, e que só a mudaria a cem quilómetros dali.<br /><br />E <span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>o pior foi</strong></span><br /><strong><span style="color:#cc6600;"></span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">como explicar</span></strong> aos meus apressados companheiros que esperavam por mim na saída da cidade, junto ao rio, quando me fizessem a pergunta:<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>O porquê de tanta demora a mudar o óleo?</strong><br /></span><strong><span style="color:#cc6600;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#000000;"></span></span></span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#000000;">A resposta:<br /><span style="font-size:180%;">África,</span></span></span><span style="font-size:180%;"><br />Será que era plausível?</span></span></strong><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-59247816668579089242007-02-13T22:27:00.000+00:002008-12-09T13:57:50.363+00:00<span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>Euromilhôes Lisboa Dakar 2007</strong><br /></span>(falta completar com fotos)<br /><br />Ainda não acabei de escrever a última estória e <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">estou já a contar-vos, de facto, as últimas estórias que tenho o “karma” de me estarem sempre a acontecer..<br /></span><br />Estas passaram-se em Janeiro último, na expedição que acompanhou o Lisboa Dakar 2007 e para a qual fui contactado ou convidado, como queiram, para trabalhar.<br /><br />A expedição estava toda programada e, com <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">a nossa empresa a fazer a logística, tudo ou quase tudo correu bem,</span> pelo que as estórias são para mim menos interessantes…<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">As minhas aventura só começam no regresso, a partir da fronteira do Senegal</span></strong> quando, por motivos de chamamento do nosso “ganha pão”, eu e mais dois colegas da expedição, em dois jipes, resolvemos deixar os outros sete veículos da organização e metemo-nos à “estrada”.<br /><br />Precisava de chegar mais cedo a Portugal, mas:<br /><strong><span style="color:#cc6600;"></span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Estava muito apreensivo com o regresso.</span></strong><br /><br />O meu jipe, depois de cerca de dez mil quilómetros de ”estradas” e pistas de África, não estava nas devidas condições.<br /><br />O ponteiro da temperatura mostrava aquecimento, no habitáculo o cheiro a gasóleo misturava-se com cheiro de escape e alguns muito audíveis e estranhos barulhos, que não provinham do rádio, não mostravam bom augúrio.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Tinha à minha frente muitos quilómetros de viagem na zona mais inóspita do planeta, o atravessar do Sahara.</span></strong><br /><br /><strong>Dos cinco elementos que acho necessários para atravessar um deserto</strong>, faltavam-me dois: o saco cama, que tinha perdido no último bivouac do Dakar, e um carro em boas condições mecânicas.<br /><br />Por outro lado, tinha a agravante de ter como companheiros de viagem, no outro jipe, duas pessoas com muito mais pressa do que eu para chegar a Portugal e que não conseguia prever como reagiriam no caso de imobilização (avaria) da minha viatura.<br /><br /><strong>O meu jipinho, eu nunca poderia abandonar</strong>,<br /> pois tinha no seu interior aparelhagem médica de muito valor, que incluía um ecógrafo, um monitor cardíaco com desfibrilhador, duas macas cocki, aspirador, talas, planos rígidos, medicamentos, computador, etc....<br /><br />E mesmo que não houvesse todo esse material, o meu jipe até hoje nunca me apeou, e apesar de eu por vezes o tratar mal, (nesta expedição até caí duma duna, mandando para Alá o apoio de um dos amortecedores) <strong>adoro-o, pelo que também eu nunca o abandonaria (os homens são assim). </strong><br /><br /><span style="color:#cc6600;">E assistência em viagem é uma das miragens possíveis naquela zona.</span><br /><br />Tinha, no entanto, uma esperança, caso ficasse sozinho no Sahara, todo o restante grupo me encontraria o mais tardar três dias após, pois o trajecto que iriam fazer era idêntico ao meu.<br />Nesse grupo vinham mecânicos e a possibilidade de reboque para porto seguro.<br /><br /><span style="font-size:180%;"><span style="color:#cc6600;">O grande Prémio do Lago Rosa.</span><br /></span><br />Deixámos <strong>Saint Louis</strong>, uma cidade cuja vista através e para além da ponte, bem como a chegada ao <strong>Hotel histórico La Poste,</strong> se mostrou muito mais romântica e mítica do que o Lago Rosa ao qual, na minha mente, eu aplicava esses adjectivos, e onde senti uma emoção por ali estar e uma desilusão ao pensar:<br /><br /><br /><strong>Isto é que é o Lago Rosa?</strong><br /><br /><br />A nossa expedição tinha horários a cumprir e não havia tempo para grandes visitas e eu estava aperreado como médico do grupo, não me podendo “desenfiar” para ver um pouco mais do Lago Rosa e da aldeia junto a ele, aparentemente de aspecto bastante típico e com bastantes roliças agradabilíssimas à vista.<br /><br />(<strong>Roliças</strong> são uns seres denominados pelo meu grupo, que existem em abundância no Senegal. Segundo dizem, estas roliças são as melhores de África.<br />Mais pormenores?<br />Todos as achámos perdidas de boas.)<br /><br /><br />Além disso, dois dias mais tarde, voltaria ao <strong>Lago Rosa</strong> para assistir ao final do Lisboa Dakar 2007, o Grande Prémio do Lago Rosa; mas nessa altura a desilusão ainda foi maior, pois não só havia corte de acessos pela polícia, como fui colocado no Bivouac VIP da chegada do Dakar.<br /><br />Quando lá cheguei, claro que gostei, pelo que representava aquele lugar, por estar a assistir ao final de um Dakar no mais privilegiado dos lugares.<br /><br />Mas para mim esta presença na tenda VIP nada mais teve do que isto, pois preferia ter visto o Lago Rosa e o princípio, o meio ou o fim do Grande Prémio, e não o fiz por o dever se impor à vontade.<br /><br />Aproveitei o tempo para falar com os nossos pilotos, pelos quais nutro muita admiração, principalmente pelo <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Carlos Sousa</span> e pelo <span style="color:#cc6600;"><strong>Hélder Rodrigues</strong></span>, que conseguiram o resultado máximo possível, pois ambos se classificaram em primeiro lugar da segunda corrida do rali, a dos privados.<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>Desejávamos para o Carlos o primeiro lugar dos Volkswagen</strong></span> e sei que o podia ter alcançado,principalmente após a desistencia do Villers, tal como teria obtido melhores resultados nas etapas se, tal como eu, não estivesse por vezes aperreado em conseguir a sua vontade.<br /><br /><span style="color:#cc6600;"><strong>Melhor resultado para o Carlos na geral seria difícil,</strong></span><br />pois <strong>bater a fiabilidade dos MITSUBICHI É IMPOSSÍVEL.<br />É DEVIDO A ESSA IMPRESSIONANTE FIABILIDADE QUE A MITSUBITCHI CONSEGUE GERIR TODA A PROVA À SUA VONTADE.<br /></strong><br />Falei também, e uma vez mais, com a <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Elisabete Jacinto</span>, uma figura simpática e aparentemente frágil aos comandos do seu camião, dei os meus parabéns aos meus amigos, os <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">manos Inocêncio, o Francisco e o Nuno</span> e ao também meu amigo <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Ricardo Leal dos Santos</span> que conseguiu, pela segunda vez, terminar a solo mais um Dakar, obtendo mais uma vez o primeiro lugar a solo nos jipes <strong>(buggies não são jipes)</strong> e não houve mais tempo para dar parabéns aos outros Portugueses, mais não fosse, por terminarem a prova, nem sequer para <strong>o nosso amigo do Defender, com o qual também tenho uma estória, que já agora conto.<br /></strong><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">O nosso amigo do Defender<br /></span><br />Falei pela primeira vez com ele na partida de uma das etapas, como faço com todos os <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiP9QQ_Bq6FR4BKNIVq7fQI27TBwNrrUhh_b2e8xpdIDLmuvfSQmPO-u1L6lEEoOzlfXOwAipKoeLjJx6-p5ShXpN1IR5ay8zpOJlD5VzQyfz_Zq3sCqrQ-EbfhtaquS67iVHr2w/s1600-h/m_17211[1][1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5031192221873982626" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiP9QQ_Bq6FR4BKNIVq7fQI27TBwNrrUhh_b2e8xpdIDLmuvfSQmPO-u1L6lEEoOzlfXOwAipKoeLjJx6-p5ShXpN1IR5ay8zpOJlD5VzQyfz_Zq3sCqrQ-EbfhtaquS67iVHr2w/s400/m_17211%255B1%255D%5B1%5D.jpg" border="0" /></a>portugueses, não sei é em qual delas foi, pois o volume de toda a informação recebida foi tal, que a memória já me falha; recordo o que aconteceu, mas o onde, foi-se.<br /><br />Neste Dakar tive uma atitude diferente da habitual, de só falar ou fotografar os pilotos e as suas máquinas.<br /><br /><br /><strong>Aconteceu quando</strong> <strong>me colocaram numa zona de passagem do rali e que era ao mesmo tempo zona de reabastecimento das motas</strong>.<br /><br /><span style="color:#cc6600;"><strong>Eu gosto muito de carros, mas nutro pelos motards uma grande admiração</strong></span>, não só por não ser capaz de fazer o que eles fazem, mas também por pensar, em relação aos carros, que se me pusessem um bólide daqueles nas mãos, seria o Ruben dos carros e que, “aquilo havia de dar o máximo, ai isso havia, e se calhar também lhe partiria o motor”, mas nas motas precisava que o tempo voltasse para trás.<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Motards</span><br /><br /><strong>Mas sinto e sei que os motards são os verdadeiros heróis do Dakar</strong> e pronto, eis-me no meio deles, e parado é atitude que só obrigado perfaço.<br /><br /><br />Assim tive a honra de ajudar o <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Cyril Despres</span> , limpei-lhe os óculos, dei-lhe água, retirei-lhe o road book e ajudei-o a montar o seguinte, guardando no meu bolso o anterior, para posteriormente ser por ele autografado.<br /><br />Tive a nítida noção que tinha no meu bolso o road book daquele que viria a ser o vencedor do rali 2007 e, a partir daí, comecei a torcer por isso, sabendo eu que não há, por enquanto, nenhum português, com ajuda, para conseguir tal lugar.<br /><br />Para mim <strong><span style="color:#cc6600;">há três Dakares:</span></strong> o dos pilotos de fábrica, o dos privados e o dos veículos de série, nos quais incluo é claro os jipes.<br /><br />O <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Hélder Rodrigues</span> <strong>ganhou nas motas, o rali dos privados.<br /></strong><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Hélder e Ruben</span>, pode ser que para o ano sejam pilotos de fábrica e, se assim for, um de vocês será o primeiro da geral.<br /><br />Começaram a chegar mais motas e eu, não conseguindo ajudar todos, virei-me então, como era já meu propósito, para os portugueses e brasileiros.<br /><br />E eis que chega o primeiro português, corri para ele e disse-lhe:<br /><br /><em>Hélder, está tudo bem?</em><br />Resposta:<br /><em>Não sou o Hélder sou o Ruben.</em><br />Eu, com a pressa, nem sequer vi que a publicidade da mota era a do Algarve.<br />Era verdade, era o Ruben e o meu contentamento aumentou, pois tinham-me dito que ele tinha partido o motor e tinha desistido.<br />Perguntei-lhe:<br /><em>Então, não tinhas partido o motor?<br /></em>Ao que ele respondeu:<br /><em>Parti, este já é outro e também já está quase partido.<br /></em><br /><br />Fiquei outra vez triste, pois embora conheça mal o Ruben conheço a sua maneira de ser, que admiro na sua grandiosa simplicidade, e sei que ele, tal como eu, gosta de ajudar os outros, tal como o fez, por sua vontade e claro de mota, na volta a Portugal em bicicleta, como me contou um ainda há pouco bivencedor da nossa volta, o grande Joaquim Gomes, (o adjectivo enobrecedor antes do nome tem a ver com ele como pessoa, pois não ligo ao ciclismo; no entanto, parece que da próxima tenho que lhe pedir um autógrafo para o meu filho que, não o conhecendo, o admira).<br /><br />Claro que também guardei o road book do Ruben e, se valesse alguma coisa limpar-lhe as botas com a minha pele tê-lo ia feito, tal o impulso que tive em ajudar aquele que é neste momento o mais rápido motard português no TT.<br /><br />Logo a seguir chegou o <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Hélder Rodrigues</span> e, claro, limpei-lhe também os óculos, os faróis, fui-lhe buscar uma garrafa de água, tirei-lhe o road book mas tive que lho dar, pois, tal como eu, quando corria, guardava todos os road books, não sei é onde, o Hélder também o faz.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Senti e admirei a forma como estes dois motards portugueses se respeitam com amizade e entreajuda</span></strong>, contando um ao outro as vicissitudes que o deserto e os outros concorrentes lhes trazem, não parecendo haver qualquer rivalidade entre eles e dando a ideia que pertencem à mesma equipa.<br />Garanto-vos que o Ruben, ao fim de um certo tempo de ali estar, sentia-se preocupado por o Hélder ainda não ter chegado e quando lhe perguntei pelos outros portugueses disse-me o Bianchi deve estar a chegar e o Ala chega sempre.<br /><br />Mas na verdadeiramente última etapa do Dakar, pois era a que contava em tempos para o resultado, <strong><span style="color:#cc6600;">Tambacunda-Dakar</span></strong>, lá estive também com o Hélder (já pareço o emplastro) ajudei-o mais uma vez e aproveitei para guardar a parte de papel do road book que eles colam, com fita americana, ao aparelho onde o lêem e guardei-o religiosamente agarrado ao meu passaporte, pela respectiva fita.<br /><br /><br />Na passagem de alguma das fronteiras alguém, com pouca sensibilidade, devia ter deitado fora aquele pequeno papel.<br /><br /><br />A minha única esperança é a de que tenha voado e que neste momento esteja misturado em pequenos pedaços com a areia do Sahara.<br /><br /><br />Já que não o posso ter, que seja o meu Sahara a guardá-lo.<br /><br /><strong>Ajudei todos os motards portugueses</strong> e a todos quis pôr gotas nos olhos, o que nenhum aceitou. Será que não tenho cara de oftalmologista?<br /><br />Alguns deles tiveram a ajuda mais especializada de alguns dos portugueses do nosso grupo, incluindo a do meu amigo Didier que, como o nome não indica, é um algarvio de gema e que se considera grande mas não grande coisa, do que eu discordo totalmente pois é, de facto, grande em tamanho e em acções.<br /><br />Recebi a simpatia do <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Bianchi Prata</span>, que até já me conhece e me trata por Dôttôr e do Ala que, com as suas calmas, me obrigou a tirar as rações do bolso do blusão, pois já temia que não tivesse tempo para meter calorias antes de terminar o tempo concedido.<br /><br />Quando se acabaram os portugueses andei à procura do brasileiro <strong><span style="color:#cc6600;">Azevedo,</span></strong> que não vi, e que partiu sem eu lhe poder dizer nada, (como se isso tivesse alguma importância), mas que foi ajudado por outros portugueses.<br /><br /><br />Então dei por mim a ajudar os <span style="color:#cc6600;"><strong>nuestros hermanos</strong></span>, com alguns a mirarem-me com desconfiança, mas com agradecimentos no fim. (Afinal conto anedotas dos espanhóis mas é só garganta, tantas batalhas que lhes vencemos, para quê bater-lhes mais? Neste momento têm melhor economia do que nós e eles agradecem aos nossos “bons” políticos, pois assim podem comprar as nossas empresas, as nossas herdades, etc. mas não terão nunca a nossa simpatia, as nossas praias, a nossa comida e as nossas mulheres, que espero nunca casem com eles, já que “de Espanha nem bom vento nem bom casamento”; excluo desta lamúria os galegos, que são cá dos nossos).<br /><br />Aproveitei, entretanto, para ver os primeiros carros, não deixando aquele local, só o fazendo com a passagem do <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Carlos Sousa</span>, que recebeu uma ovação tão grande de todos os portugueses do nosso grupo quanto o seu valor como piloto.<br /><br />No <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">saharatt </span>não queria misturar competição com estórias mas como elas se interligam aconteceu.<br /><br />Mas lá vai uma estória que tem a ver com o destino, que é algo em que não acredito mas que, por coisas que me acontecem, começo a respeitar.<br /><br /><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">Estória<br /></span><br /><br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">O DESTINO E O DEFENDER<br /></span><br /><br /><br /><br />No nosso acampamento era já escuro, já tinham desligado o gerador, era hora de eu ir dormir, pois os outros já dormiam há pelo menos uma hora e, como sempre, tínhamos de nos levantar cedo para ir ver a partida do Dakar.<br /><br />Fui ao jipe buscar o meu saco cama, que encontrei, e a minha lanterna, que não encontrei, pois quase tudo no meu carro muda de sítio<br /><br />Para dormir não é preciso luz e mais ou menos sabia onde era a minha tenda.<br /><br />Fecho o carro com o saco cama ao colo, marco o azimute à tenda, dou três passos e "entrepico" numa coisa dura, com som metálico, que se mexeu, enxergo o vulto, baixo-me para o apanhar e apercebo-me tratar-se de uma lata de sumo.<br /><br />Verifico que está cheia, por isso não a posso deitar para o lixo e passa-me pela ideia, aproveitando a “lei do menor esforço”, colocá-la em cima do capot do jipe mais próximo, pois era de onde provavelmente teria caído.<br /><br />Mas a consciência por vezes impera, achei que o que estava a fazer estava errado, de manhã poderia parecer mal ao dono daquele jipe, e assim agarrei na lata, voltei atrás e, ligeiramente contrariado, abri o meu jipe e joguei a lata para a bagunça por detrás das baquet; devido à luz interior do jipe apurei tratar-se de uma lata de Red Bull e pensei:<br /><br />Logo me calhou isto?<br /><br />É que uns dias antes, com o cansaço e falta de café resolvi beber, e de seguida, duas latas daquela coisa, ao que uma alma caridosa me acudiu, dizendo que era demais e como já tinha marchado lata e meia, por ali fiquei, ou melhor, fiquei foi de facto com uma pedrada, sem cansaço, a tremer como se tivesse frio e à noite queria dormir e nada...<br /><br />Jurei nunca mais tocar em tal produto, mas <strong><span style="color:#cc6600;">“nunca digas deste produto não beberei”...</span><br /><br /></strong>No dia seguinte lá fomos ver a partida do Dakar, numa das etapas da Mauritânia Atar-Tichit, com o novo grupo chegado de avião, na véspera, a Atar .<br /><br />A opinião que este grupo já deveria ter da minha pessoa não deveria ser grande coisa pois, no aeroporto, à sua chegada, tentei que os aborrecidos, antipáticos, maçadores, impertinentes e enfadonhos vendedores do parque do aeroporto não se aproximassem deles.<br /><br />Além de insuportáveis, importunos e incómodos naquele sitio, os vendedores são também muito cuidadosos com as coisas alheias que, se puderem, põem à sua guarda, esquecendo-se depois de as devolver.<br /><br />Não costumo ser assim para os vendedores africanos até porque sou um consumista inveterado crónico, mas garanto-vos que, se alguma vez comprar alguma coisa àqueles “profissionais” ou aos idênticos que se encontram em frente ao Hotel La Poste, corto uma coisa da minha constituição anatómica, que provavelmente será… o cabelo. Estavam a pensar em quê?<br /><br />Os vendedores Mauritanos(muitos sâo senegaleses) não me obedeciam e eu estava ainda um bocadinho emocionado por ter deixado há pouco o outro grupo, que admirava, pois na sua permanência connosco tinham-se mostrado <strong>perfeitos pilotos do Dakar, no esforço que conseguiram suportar e também pelas qualidades humanas demonstradas</strong> e, quando é assim, a separação custa.<br /><br />Ligeiramente desequilibrado, eis-me a gritar desvairado, a afastar os vendedores, que a bem não me tinham obedecido e que a mal também não o fizeram.<br /><br />Longe estava eu de prever que, naquela partida do Dakar e logo no dia seguinte, o meu grupo me iria novamente ver,<strong> a mim, um dos médicos, a gritar e a pedir ajuda e a querer o mais urgentemente possível uma ou mais latas de Red Bull.<br /><br /><span style="color:#cc6600;">E... qual o motivo desta anormal gritaria....</span></strong><br /><br />É que todos os nossos carros tinham sido colocados a cerca de dois quilómetros após a partida da etapa, numa recta que só tinha como interesse, mal ver os carros a passar, ou então verificar a velocidade que conseguiam alcançar, e isto para mim não é TT.<br /><br />Gosto de curvas, obstáculos, areia, dificuldades, atolanços (dos outros) e, como tinha tempo, resolvi ir a pé para a partida e depois, mais um quilómetro para trás, onde podia ver as máquinas e cavaquear com os pilotos.<br /><br />Aí conheci uma das pessoas do nosso grupo, com a qual ainda não tinha tido a oportunidade de falar, que nem sabia quem era e que, tal como eu, estava também conversando com os pilotos; descobri então que o fazia não só pela mesma paixão que eu, mas por interesses profissionais, por ser jornalista de automobilismo e da nossa bíblia o <strong>Autosport.</strong><br /><br />E lá ficámos nós dois, conversando com os pilotos estrangeiros e nacionais, perguntando-lhes como está a máquina, os azares que têm tido, as esperanças que trazem e até onde esperam chegar e penso que isto serve para os distrair, pois muitas vezes estão fartos de falar sempre com as mesmas pessoas e alguns nem conseguem falar português, como é o caso do <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Carlos Sousa,</span> com quem me costumo encontrar nestas andanças africanas.<br /><br />Assim, e de mudança de carro para carro, deparámos com o Defender do <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Luís Ferreira</span> que eu, no <span style="font-size:130%;color:#6633ff;">Lisboadakar2007blogspot.com</span>, tanto tinha elogiado, como sendo um dos dois carros portugueses e dos poucos de todo o mundo, praticamente de série que participavam no rali, o que é grato para um amante do TT, e o que permite existir assim no Dakar, como já vos disse, <strong>uma outra, e não menos interessante corrida, dentro do rali: a dos carros de série.<br /><br /></strong>Cumprimentámos o <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Luís Ferreira</span>, que começa por nos dizer que estava numa etapa maratona, já bastante cansado pelas etapas anteriores, aproveitando logo para <strong>nos pedir, com ar desesperado, se tínhamos um Red Bull.,</strong> pois tinha-se esquecido de o trazer e precisava de o beber quando o cansaço apertasse ainda mais.<br /><br />Disse-lhe que não tinha, mas depois pensei:<br />No carro tenho, mas estou a três quilómetros do carro e é quase impossível lá chegar a tempo.<br /><br />Mas, como sempre, lá me veio a tal ideia, que poderá ser para vós um novo ditado<br /><strong><span style="color:#cc6600;">“o que parece impossível, por vezes não o é”</span><br /></strong>ou<br /><span style="color:#cc6600;"><strong>“o que parece impossível a tenacidade por vezes executa.” </strong><br /></span><br /><br />e desatei num cross em direcção ao meu jipe, lembrando-me da lata da véspera.<br /><br />Mas em corrida nunca chegaria a tempo, fiz um quilómetro até à partida da etapa e estava estoirado.<br />Olho para um Toyota com uma senhora no seu interior e peço-lhe, com um ar desesperado, transporte para o meu carro, que está dois quilómetros mais além e que o solicito, por se tratar de uma urgência, ao que a senhora respondeu não o poder fazer por o carro não ser dela.<br /><br />Mas não desisti, procurar o dono do Toyota levava tempo, olhei em redor e vi lá longe um jipe militar em movimento, fazendo segurança ao local, comecei a acenar-lhe com ar de aflito e consegui trazê-lo até mim e com o argumento de que era médico e de que um dos pilotos necessitava de um medicamento, consegui introduzir-me dentro do jipe do exército Mauritano, que me levou <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">até ao </span><br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">meu grupo, que mais uma vez me viu desvairado, a correr e a gritar por uma lata de Red Bull</span>,</strong> que pedia para que alguém doutro carro me desse, pois não sabia para que sítio do meu carro e à noite eu a tinha atirado.<br /><br />Tenho como experiência que <strong>encontrar qualquer coisa no meu jipe é sempre uma tarefa árdua e de que por norma desisto,</strong> não sei se ainda se lembram de vos ter dito, <strong>as coisas mudam de sítio,</strong> e mesmo quando ficam ao lado do lugar onde as pus, eu tenho a característica de não as encontrar.<br /><br />Já coloquei gavetas no jipe, caixas e caixinhas, mas o problema persiste.<br /><br />Para quê ter sempre tanta coisa se, depois quando as quero, não as encontro.<br /><br />Mas... e o que faço a tanto objecto, para equipar o jipinho, que compro com tanto esmero e gosto?<br /><br />E ao gozo que dá descobrir e comprar mais um acessório que, no jipe, servirá para… no meu caso, o mais certo, não encontrar?<br /><br />Não havia tempo para explicações, as pessoas ainda não me conheciam, <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">a situação era ilógica</span> e de certeza <span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>na cabecinha daquela gente havia um clamor a Deus, para que nesta viagem não adoecessem, pois um dos médicos era louco.<br /></strong><br /></span>Tudo aquilo era absurdo, não consegui ajuda e, agora, até penso que caso alguém me ajudasse, acabaria por ficar mal visto por todos os outros.<br /><br />Corri para o meu carro e em gestos apressados e tresloucados fui atirando para o chão todo o conteúdo do jipe, para encontrar o Red Bull..<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"></span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>Qual a razão porque tanto gosto de andar sozinho?<br /></strong></span><br /><strong>Mas agora tinha junto a mim o Chefe da expedição</strong> que, como habitualmente acontece, não me compreendia, e que <strong>me dizia para parar, pois estava a assustar toda a gente</strong>, olhei para ele, balbuciei qualquer coisa, e pensei, mas não lhe disse, <em>“porra, largue-me, deixe-me ajudar o homem”,</em> virei-me novamente para o interior do carro e eis-me com os olhos na lata que na noite anterior tinha encontrado.<br /><br />Ignorei o chefe, por pensar que a razão estava toda do meu lado, e preparei-me para correr para a pista, sem sequer saber se o <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Luís Ferreira</span> já teria, ou não, passado e logo<br /><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">outro problema surgiu</span></strong> (agora talvez comecem a compreender o meu gosto por, por vezes, andar só e longe de todos).<br /><br /><br />Agora era uma pessoa importante do automobilismo português e internacional e, portanto, com responsabilidades neste sector e que também estava connosco, a avisar-me que era ilegal entregar a lata, pois isso seria considerada assistência, e que numa prova maratona, como era o caso, não podia ser dada pois poderia levar à desclassificação do piloto.<br /><br /><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">Parei, hesitei e pensei.<br /></span><br /><br /><em>A pessoa em causa merecia toda a minha consideração.<br /></em><br /><br /><em>Todo aquele meu esforço de ajuda tinha sido em vão.<br /></em><br /><br /><em>Mas pôrra, tanta merda só por tentar ajudar quem precisa.<br />Já se tinham esquecido de que costumo recomendar a toma (o consumo) com moderação de Red Bull às pessoas habituadas à cafeína e que, em África, não conseguem beber café.<br /></em><br />Continuei parado e bruto com tudo e todos, e resolvi olhar para as pessoas do grupo, agora já com um ar de envergonhado mas que, de imediato, passou a contentamento e alegre, pois <strong>ninguém estava a olhar para mim.</strong><br />Toda a atenção do grupo era para admirar a passagem de mais um carro.<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Logrei a oportunidade e aqui vou eu</span>,<br /><br />corri paralelo à pista, afastei-me e um minuto depois, lá está a passar o Defender que, graças a Deus, pára como combinado.<br />Caso o não fizesse que justificação teria o meu tresloucado acto?<br /><br />Com a travagem uma <strong>onda de pó envolve-nos</strong> e ninguém conseguiu espiar a entrega do precioso líquido. (Alá estava comigo).<br /><br /><br />E, agora, provem lá que eu dei a lata ao homem?...<br /><br /><br />Tentem lá pôr o homem fora de prova?...<br /><br /><br />Caso queiram prejudicar o homem, provem lá que houve assistência,<br />fiquem sabendo que eu nego!...<br /><br />Com a lata ele chegou ao fim e... sem a lata? Claro que chegaria, mas <strong>que</strong> <strong>eu ajudei, ajudei</strong>.(ajuda não confirmada oficialmente)<br /><br />Tornei a encontrar o dono do Defender no Porto de Dakar, no dia da entrega dos carros para embarque e aproveitei para cumprimentar o seu navegador <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Luís Serenho</span> e meu colega de profissão.<br /><br />O piloto, na mangação, pagou-me a lata com a oferta de outra lata de Red Bull.<br /><br />Mas o <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Luís Ferreira</span> apercebeu-se logo de que este acto não foi em vão, pois foi tal a sofreguidão e rapidez com que, a meias com o meu mecânico, a bebi, o que deu para mostrar a enorme sede que sentíamos, pois estava muito calor e a espera, ao Sol, da burocracia do porto já fora grande e para beber, nada, pelo que…<br /><strong><span style="color:#cc6600;">”nunca digas, deste líquido não beberei”.</span></strong><br /><br />Fiquei depois a cismar nessa coisa do destino e a magicar, desconfiado.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;"><span style="font-size:130%;">A minha ajuda fora ao piloto ou a nós próprios?</span> </span>pois o Red Bull deu asas à nossa sede e cansaço.</strong><br /><br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Mas teria de facto ajudado o piloto?</span><br /></strong><br />Nunca o saberia porque nunca iria perguntar tal coisa.<br /><br />Mas eis um novo ditado:<br /><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">“Nunca digas que nunca saberás”<br /></span></strong><br />e ontem na Net lá se encontrava escarrapachado<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">...<strong>E o Defender chegou a Dakar pelo segundo ano consecutivo!<br /></strong></span>] <a href="mailto:lneves@mediacapital.pt">Luis Neves</a><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5031160576554945666" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_SsvMh8oIK9kk1Hho7oAdZGeYfDJ_eIe3g18kmHFhkVfDJoLjZybrVD0Nu1_txPp4-gnIqjWIogSVwfXtV1PgTkp7sA8MKpdl5rwmJ6PnunlbhBuWVQfzLbQY5VdDed8qZf9DrQ/s400/410%5B1%5D.gif" border="0" /><br />Apesar de todas as vicissitudes que caracterizaram a sua prova, pelo segundo ano consecutivo <strong><span style="color:#cc6600;">Luís Ferreira conseguiu levar até Dakar o Land Rover Defender do Team 4x4 Rodas</span></strong>, terminando na 100ª posição a edição deste ano da dura maratona africana.<br /><br /><br /><br />O trágico falecimento de Hugo Filipe, preparador e responsável pela assistência técnica durante a prova, poucos dias antes da partida e já depois das verificações técnicas, afectou seriamente o moral da equipa, que encarou esta participação como uma forma de homenagear o Amigo e o profissional prematuramente desaparecido. Sendo a única equipa participante sem camião de assistência, restou a Luís Ferreira o inestimável apoio do seu habitual navegador das provas de navegação, Carlos Loureiro, que, não sendo mecânico, assumiu o encargo de resolver como pôde os naturais problemas decorrentes da dureza da prova.<br /><br /><br /><br /><br />Rodando sensivelmente a meio da tabela dos concorrentes portugueses durante a primeira metade da competição, apesar de algumas naturais vicissitudes, a <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">equipa 4x4 Rodas</span> quase se viu forçada a desistir quando se partiu um tirante da suspensão traseira da viatura, ao km 200<br />da <span style="font-size:180%;color:#cc6600;">etapa maratona Atar-Tichit,</span><br />deixando o eixo praticamente solto. A dificuldade em completar essa etapa, com o eixo traseiro preso por cintas, e o facto de ter chegado ao final apenas uma hora antes de ter de partir para Nema,<br /><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">obrigaram a Luís Ferreira a conduzir durante 44 horas seguidas, deixando piloto e navegador à beira da exaustão</span>.<br /><br /><br />Os 900 km de pista com o eixo praticamente solto provocaram também sérios danos no Land Rover Defender, tanto ao nível da suspensão traseira como da transmissão: o jipe ficou sem 5ª velocidade e a caixa chegou a encravar em marcha-atrás, aumentando muito a dificuldade em superar as dunas. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj19v5OOO97e-ixG7vgdrDgxOQBlm3ivsdFltpBDpviCHV4XtCFynIrVsHp7F6lRRJul-oMBLidur-wc575bfr6y0Lt2q16znPYHQD-vMgmmmQpShB8kJdKrKtpD8MhmhnBYfwjYQ/s1600-h/250px-Lata_Red_Bull[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5031160765533506706" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj19v5OOO97e-ixG7vgdrDgxOQBlm3ivsdFltpBDpviCHV4XtCFynIrVsHp7F6lRRJul-oMBLidur-wc575bfr6y0Lt2q16znPYHQD-vMgmmmQpShB8kJdKrKtpD8MhmhnBYfwjYQ/s320/250px-Lata_Red_Bull%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><strong>Só a incrível tenacidade de Luís Ferreira</strong><br /><br /><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>( Vá lá Luís Ferreira, não seja assim<br /><br />e o Red Bull?)</strong></span><br /><br /><br /><br /><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>( e eu... eu?)<br /></strong></span><br />conseguiu, assim, levar o carro de novo até ao Lago Rosa, repetindo o feito já alcançado no ano passado.<br />"Quero dedicar este resultado à memória do Hugo Filipe e à sua família" - declarou Luís Ferreira no final da prova. "Os últimos dias foram muito duros para nós e chegar a Dakar requereu um enorme esforço por parte de toda a equipa" - acrescentou, reconhecendo, contudo, que esta edição foi menos demolidora que a do ano anterior.<br />"Contávamos com mais areia, tal como no ano passado, piso em que tanto eu como o Defender nos sentimos bastante mais à vontade" - concluiu o piloto português, que conseguiu terminar o Lisboa-Dakar pelo segundo ano consecutivo.<br /><br /><br /><strong><span style="font-size:130%;"><span style="color:#cc6600;">As conclusões desta verídica estória, serão tiradas por vocês.</span><br /></span></strong>Numa coisa gostaria que estivéssemos de acordo:<br /><br /><br /><strong>Que são coincidências?<br />Sim.<br /></strong><br /><br /><strong>Que todas estas coincidências se arrumam aparentemente para um determinado fim?<br />Sim,<br /></strong><br /><br /><strong>Mas que tudo isto dá que pensar?<br /></strong><span style="font-size:130%;"><strong>Dá.<br /></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong>E cá vai o meu pensamento </strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong>e conclusão ilógica.<br /></strong><br /></span><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Tal aconteceu para que o destino permitisse que esta estória fosse contada e dedicada a todos vós, meus queridos companheiros da Primeira Expedição Oficial do Euromilhôes Lisboa Dakar 2007.<br /></span><br /><br /></strong><strong></strong><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-1157940714991820052006-09-11T03:03:00.000+01:002007-03-04T20:26:55.124+00:00<span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>TODO O TERRENO, LEIS DE MURPHY E MOSCA.</strong><br /></span><br />Continuando a nossa 1ª expedição à Mauritânia, <span style="color:#cc6600;"><strong>IDEIAS NÓMADAS</strong></span> vai mostrar-vos a importância que as Leis de Murphy têm na prática de todo o terreno.<br /><br />Esta expedição, como o nome indica, foi mesmo para desbravar terreno e a nossa empresa pensou que a forma mais simples de levar clientes ao<strong> paraíso mais próximo de Portugal para a prática de todo o terreno</strong>, <strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">a Mauritânia,</span></strong> seria na modalidade de Fly and Drive e fizemo-la mais para saber como iria funcionar o Drive, pois o terreno já o chefe conhecia.<br /><br />O <strong>norte e centro da Mauritânia</strong> é o coração do Sahara com belezas naturais que já todos viram do alto, nas reportagens do rali Dakar.<br /><br />O <strong>desfiladeiro... (</strong>tenho de ver como se escreve o nome<strong>)</strong>…… milhares de vezes filmado pela Eurosport e que se tornou um lugar mítico.<br /><strong></strong><br /><strong>Planícies</strong> de areias douradas, brancas e amarelas juntam-se aqui, cortadas por elevações esculpidas pela erosão com formas distintas mas imponentes, alguma vegetação rasteira e acácias que se combinaram com os fortes ventos para conseguirem formas esculturais que me levam a ser amante de fotografias de árvores, tal o encanto que algumas têm e que me fazem pensar se Alá não comandará os ventos só para as criar.<br /><strong></strong><br /><strong>Dunas</strong> são aos milhares de milhões, em extensões incalculáveis ao olhar, de ondulações douradas, de formas variadas e mutantes ao sabor dos ventos, as grandes com os seus nomes próprios, nomeadas há séculos pelos nómadas na passagem das suas caravanas comerciais de troca de produtos de norte para sul e para este.<br /><strong></strong><br /><strong>Oásis</strong> com os seus palmeirais que assumem aqui uma coloração forte, viva e única, pontos obrigatórios de passagem e de descanso, de uma beleza indescritível.<br /><br />Ainda hoje, sempre que chego a um oásis e mesmo áqueles onde já estive várias vezes, sinto contentamento, satisfação e admiração por estes lugares <strong>belos emanantes de contraste de côr e vida</strong> e que pela emoção sentida, considero serem <strong>sagrados,</strong> sendo com pouca vontade de que de lá saio sem uma permanencia prolongada.<br /><br /><br /><span style="font-size:180%;color:#cc6600;">1ª Expedição gastronómica de Ideias Nómadas<br /></span><br />Tenho pensado muitas vezes na <strong>1ª expedição gastronómica de Ideias Nómadas,</strong> em que cada bom repasto repleto de iguarias, acompanhado por <strong><span style="font-size:130%;">um bom tinto</span></strong> do Douro, do Alentejo ou do Dão, seguido de uma velha aguardente de vinho verde, acompanhada por um habano, por exemplo Hoyo de Monterrey, seria sempre feito em oásis e seguido de uma siesta e numa de, parte quando parte e chega quando chega, pois a pressa mata e o acampamento é já ali e lá se há-de chegar, senão for hoje amanhã havemos de lá estar.<br /><strong></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Agora temos um Unimog que precisamos de estrear</span></strong><br />e que tem arcas frigoríficas para <strong>peixes (</strong>estou a pensar em cherne<strong>), carnes</strong> (estou a pensar em porco preto, sei onde há bom) compartimentos para <strong>enchidos(</strong> estou a pensar em porco preto<strong>), presuntos(</strong>estou a pensar em porco preto<strong>), queijos(</strong>estou a pensar de leite de ovelha<strong>), azeitonas</strong> (estou a pensar em marroquinas)<strong>, patés</strong> (lá temos também que levar um Sauternes) etc.<br /><br />Sabem-me dizer, se ao fim de uns dias de confeccionado, o <strong>leitão assado</strong> ainda é bom?<br /><br /><strong>Trouxas de ovos</strong> no frigorífico aguentam-se bem, isso eu sei.<br /><strong></strong><br /><strong>Sericáia</strong> não precisa de frio deixando mais espaço nos frigorificos para o que nos aprover.<br /><br />Algo mais dificil ou impossivel será transportar um <strong>Porto Vintage</strong> sem ser agitado.<br /><br />Já me estão a chamar snob, mas também levamos <strong>cacahouettes marroquinas</strong> (para quem não sabe são torradas sem casca exterior) que costumamos comprar em Azilah, para acompanhar uma Super Bock gelada à merenda.<br /><br />Mas claro que há mesma refeição tambem teremos um Alvarinho para regar uma boa <strong>mariscada</strong>.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Escrevam-me a combinar quando</span></strong>, vou eu, o Rui, o Mário, o Alexandre, o Francisco (mas o Soares),etc.<br />A madrinha dos meus bloggs também quer ir.<br /><br />As inscrições só serão aceites após prestação de provas degustativas em restaurantes "danados de bons".<br /><br />O chefe e o Zé ficam em Marrocos, onde já há Mac Donalds e fazem omeletas.<br /><br />Falta contar a parte restante da história da mosca que será quando voltar a vontade e a inspiração, pois agora <strong>fiquei com apetite, vou comer.</strong><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-1152979366797626522006-07-15T16:50:00.000+01:002006-09-05T21:21:13.433+01:00<span style="font-size:180%;color:#cc6600;">A PIOR PISTA DA MAURITÂNIA</strong></span> .</span></span><br /><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong><br /></strong></span><br />Cá vai mais uma estória e mais uma vez na Mauritânia e, como não podia deixar de ser, com um importante cliente da <strong>Idéias Nómadas</strong>, www.saharateam.com.<br /><br />Todos os clientes são importantes e todos são iguais, mas há uns mais iguais que outros (li isto num tratado sobre democracia).<br /><br />Desta vez foi com um arquitecto que o chefe colocou, logo comigo, a compartilhar o mesmo jipe.<br />Ele, coitado, estava com um certo receio, andámos juntos um só dia, desistiu e já vão saber o porquê.<br /><br />A "expedição" era constituída por pick-ups alugadas para poucos dias e muitos quilómetros, com guia, cozinheiros e montadores de tendas.<br /><br />Logo no primeiro dia e no primeiro grande erg (conjunto de dunas), atolanços e dificuldade em prosseguir.<br />O meu chefe já estava lá em cima e diz-me por rádio:<br />- Tem que meter baixas (posição da caixa de velocidades que permite mais força), tem que ganhar embalagem e tem que me contornar pela esquerda.<br /><br />Eu, nas dunas, ando bem, excepto quando chego à crista e não vejo em frente e faço o que não se deve fazer, tiro instantaneamente e de forma involuntária o acelerador e o jipe fica overcraft a chegar ao porto, metendo-se pela areia adentro, atolando-se.<br /><br />Aqui não haveria problemas pois tinha a indicação da passagem.<br /><br />O chefe estava na crista da duna e dizia-me para o contornar pela esquerda, seria pois a passagem certa, pela direita não se devia poder, por ser talvez uma vertente muito acentuada ou um buraco no meio das dunas.<br /><br />Chefe tem sempre razão, excepto quando me manda andar devagar e lá atrás no pó, aqui era quanto mais velocidade melhor, acedi prontamente, acelerador a fundo e preparação para montanha russa.<br /><br />Mas ainda hoje estamos para saber se ele me mandou contornar pela esquerda ou se eu ouvi que era pela esquerda.<br /><br />Resultado, uma hora para tirar o jipe daquela situação e sítio.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/Pb070114.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/Pb070114.jpg" border="0" /></a> <a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/Pb070119.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/Pb070119.jpg" border="0" /></a><br /><br />O chefe garante que me disse que era para contornar pela direita.<br /><br />O arquitecto, a seguir, e com alguma razão, tomou conta do volante, não o largando mais.<br /><br />Lá continuámos, pista, dunas, oásis, pista, areia e o arquitecto sempre a queixar-se que não gosta de conduzir carros, principalmente aqueles em que se tem que mexer na alavanca de mudanças e a dizer-me que da próxima vem de<br />mota, mas deixar-me conduzir é que nada.<br /><br />Eu achava que ele tinha o direito de conduzir, pois o jipe era para os dois, mas se não gostava, para que insistia?<br /><br />Ir ao lado tem também as suas vantagens, os olhinhos conseguem ver tudo e a paisagem merece minuciosa observação.<br /><br />São planícies castanho-douradas, a perder de vista, numa imensidão em todo o redor, semeadas com alguns arbustos e acácias, vendo-se alguns nómadas nos seus dromedários e com elevações erosionadas pelo vento, com formas distintas, cinéfilas e que nos excitam com a sua beleza e cor.<br /><br />A jornada foi longa e dura e, com ele ao volante, andava-se mais devagar, com o chefe sempre à nossa espera.<br /><br />O arquitecto é motard e a relação dele com a prática do todo o terreno e com a areia é óptima nas motas, mas nos carros....<br /><br />Íamos jantar a <strong>Atar</strong> e dormir no hotel, comecei a ver que o jantar se ia tornar ceia e que o dormir teria que ser apressado.<br /><br />O arquitecto lá continuou agarrado à rodinha, fez-se noite e, cansado, desistiu.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/Pb070143.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/Pb070143.jpg" border="0" /></a><br /><br />Lá fui eu para o volante, de noite, e digo-vos, fiquei tramado, estive quase para lhe dizer não, mas a fome apertava e comigo a conduzir íamos chegar meia hora mais cedo, pensava eu.<br /><br /><br />Entre <strong>Akjoust</strong>, uma povoação que no mapa parece uma grande metrópole mas que se resume a alguma população e duas bombas de combustível, e <strong>Atar, </strong>coração histórico e turístico da Mauritânia, que este ano, bem como em anos anteriores, pilotos e caravana do <strong>Lisboa Dakar</strong> <strong>2007</strong>, têm o seu dia de descanso, fica a pior pista deste país com um piso que é diferente da restante Mauritânia, com pista com muita pedra, aberta no meio de pedras um pouco maiores, que de dia se confunde com o restante terreno e onde à noite tudo é igualmente pardo, seguíamos já distantes do carro do chefe.<br /><br /><br />O arquitecto tem pavor de se perder e só confia no chefe, gosta de andar no pó dele, eu detesto pó e as luzes traseiras do carro da frente, na sua dança, quase me hipnotizam; e ele já ouviu uma estória da minha pessoa, a ter tentado atravessar umas dunas enormes no sul de Marrocos, cuja direcção o GPS indicava, paralelas à fronteira Marrocos-Argélia, zona ainda por cima <em>minada</em>, mas isso foi na segunda vez que lá fui e os pontos GPS eram digitados à mão, o que podia levar a enganos, como aconteceu, sendo isto mais uma razão para ele não confiar em mim.<br /><br /><br />Alá neste dia não estava comigo, perdi a pista e, em vez de voltar para trás, prossegui no meio dos calhaus, evitando os maiores, seguindo o GPS e tentando mais à frente retomá-la.<br /><br />Todo o cuidado era necessário, pois além de poder lesar o carro, não queria furar e de repente ali estava a pista, meti nela e começámos a seguir em direcção transversal à que anteriormente seguíamos, portanto era outra pista e pensei que se a seguisse e como ia em direcção a um monte que estava "já ali", encontraríamos provavelmente outra que nos levasse na direcção correcta.<br /><br />Gritos no carro e agora já não eram só do arquitecto, o nosso guia que viajava no banco de trás entrou também no coro de protesto, ambos com medo de se perderem.<br /><br />Pensei, querem ir por cima dos pedregulhos então levem o jipe, mas por respeito lá fiz mais um pouco de trial, a dois quilómetros por hora, jincando os pedregulhos maiores e ao mesmo tempo travando-me de razões com os meus dois<br />companheiros.<br /><br />As pedras eram mesmo grandes e a situação horrível.<br />Sabem o que é andar de jipe com uma roda em cima de uma pedra, a outra roda a subir a outra pedra, a roda de trás a descer um pedregulho e a quarta roda nos dez centímetros que distam entre duas pedras e com os olhos nos pedregulhos da frente para tentar evitar o embate? E isto em quilómetros de extensão e sem ter a certeza de quando alcançar a pista, com três pessoas nervosas no jipe, o chefe lá à frente à nossa espera, fome, cansaço, escuridão, pois no deserto,<br />por bons faróis que se tenham, de noite vê-se sempre mal, horroroso.<br /><br />E o evitável não o foi.<br /><br />Repentinamente, <em>pum pum</em>, o jipe saltava ainda mais e ali o deixámos com o veio de transmissão, que é um ferro grosso e direito, agora transformado num <em>ferro em forma de oito<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/Pb090191.0.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/Pb090191.0.jpg" border="0" /></a></em>, e isto no centro da Mauritânia, longe de tudo e sem possibilidade de qualquer assistência.<br /><br />A próxima estória passa-se dois dias depois desta e vai ser sobre a "<em>mosca</em>".<br />Tenho de me preparar mentalmente para vo-la contar, pois não quero que pensem na sua inverosimilidade.<div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-1152664783399716642006-07-12T01:11:00.000+01:002006-07-16T00:56:58.303+01:00<span style="font-size:180%;color:#cc6600;">Stories, motors, wheels and Sahara</span><br /><br /><br /><span style="font-size:130%;">Hello every body!<br /></span><br />I am starting this blogg with a story, a true story, which <strong>I URGE</strong> to settle, because<br />I am fond of motors and wheels.<br /><br /><strong>You’ll understand the urgency</strong> to resolve this on the lines below.<br /><br />Last Easter I was traveling once again to Sahara with some friends of my Saharateam <a href="http://www.saharateam.com/">http://www.saharateam.com/</a> when I crossed with an Englishman on the southwest road of Morocco, near Dakla, far away from the late capital of West Sahara, Layoune.<br /><br />Going south from Dakla there is a narrow road, with few traffic and long straight roads, crossing the nomads land and leading us to the Mauritanian border.<br /><br />Everything started 120km south Dakla.<br /><br />Two cars and a truck with motorcycles for the Saharateam clients were being driven at 80 or 82km/hour (high speed, as you see) and I was behind them.<br /><br />A sort of “rule” was established in that part of the desert, the first car puts the lights on, either to greet or for them to know that I’m there again.<br /><br />On that narrow road, with nobody, I find an English motorcycle, no worry on the face of the motard, and I think to myself “may be this man is having some problems. If he is and nobody helps him, when I return north I will find only his bones”.I made a u-turn and the result is:<strong> an Englishman older than me, with a BMW a little bit younger than him, with lots of sand in the carburetors due to a sand storm. <em>I think he learned that in the desert</em>,</strong> <em><strong>with</strong> <strong>wind, the motorbikes should not be dismantled</strong></em>.<br /><br />The good Samaritan decided to help the Englishman.<br /><br />He tried to put the bags and the helm in the back of the jeep with the other entire luggage but… no chance. The little jeep was full. However, there was enough room for the helm.<br />The Englishman sat on the right seat, with his bags over him.<br />Driving back for some help we found many beautiful houses in a beautiful village, but… nobody. Going 60km further north we found a service station in construction, which had already a telephone and where an “expert” businessman had already left some cards for “dépanage” trucks.<br />We ascertained with the “expert” businessman to pick up the Englishman at the service station, as well as the bike on the road.<br />And there he stayed, waiting for the “rescue” and thanking me for the trouble, and I went again south to join my group.<br /><br />I drove the fastest I could to reach my team, my “boss” being already a bit upset and, after some hundreds of km south we finally reached the last service station in Morocco.<br /><br />We could not go any further, to Nouadibou in Mauritania, where we had an hotel booked, because the border was already closed – no electricity, and it was hard to do all that bureaucratic work with a lamp.<br /><br />So we decided to stay in the service station, have a shower and sleep in the possible bedroom, while one of my friends preferred to camp.<br /><br />When I opened the back of the jeep to pick up my luggage I laughed to tears!!! Guess what I found – the HELM of the Englishman.<br />~<br />I forgot it was in the back of my car, so did he.<br /><br />Now you can understand the problem I URGE to settle: either I find the Englishman and give him back the helm or, being fond of motors and wheels, I will have to buy a motorbike.<br /><br />Can you help me?I have already seen a Suzuki 600, or should I buy a KTM? Because the helm I have already…<br /><br />May God help me to settle down…<br /><br /><a href="http://www.lisboadakar2007/"></a><a href="http://www.lisboadakar2007.blogspot.com/"><span style="font-size:130%;">http://www.lisboadakar2007.blogspot.com/</span></a><span style="font-size:130%;"><br /></span><a href="http://www.saharagrandedeserto.blogspot.com/"><span style="font-size:130%;">http://www.saharagrandedeserto.blogspot.com/</span></a><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-1151200028824965522006-06-25T02:44:00.000+01:002006-07-29T12:45:33.133+01:00<span style="font-size:180%;color:#ff6600;"><strong><span style="color:#cc6600;">Aventureiros, nós?</span><br /></strong></span><br /><br /><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20023,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20023%2C1.jpg" border="0" /></a>Depois de ter percorrido de lés a lés e variadíssimas vezes o <em>Sahara Marroquino</em> e o <em>Sahara Ocidental</em>, eis me pela primeira vez na<em> Mauritânia</em>.<br /><br />A <span style="color:#cc6600;">Mauritânia</span> é um país com uma grande extensão territorial. <a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20037.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/200/blogg_aventureiros%20037.jpg" border="0" /></a><br />É quase duas vezes maior do que a França e um pouco menor que Angola.<br />Tem muito pouca população, que está quase toda alojada em cidades.<br />No sul, <a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20029,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20029%2C1.jpg" border="0" /></a>na capital <span style="color:#cc6600;">Noakchot</span>, no norte na maior cidade e maior porto do país <span style="color:#cc6600;">Nouadibou</span>, e no centro no maciço de Adrar. <a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/AFRICA%20copy.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/AFRICA%20copy.jpg" border="0" /></a><br /><br />O que vos vou contar aconteceu na <span style="color:#cc6600;">região de Adrar</span>, a Trab El Hajra “País da pedra” o coração histórico e comercial do país, onde existiram as grandes e antigas cidades atravessadas pelas caravanas nómadas, <em><span style="color:#cc6600;">Ouadane, Chingueti, Tichitt e Oualata</span></em>, que desde 1996 estão inscritas pela Unesco, na lista dos monumentos considerados <strong>património mundial</strong>.<br /><br />Quando se percorre a <em><span style="color:#cc6600;">Mauritânia</span></em>,a noção que se tem é <span style="color:#cc6600;">espaço</span>, olha-se nos 360 graus em redor e vê-se o infinito, andam-se centenas de quilómetros. sem se ver viv'alma.<br />São planícies arenosas douradas e onduladas, poucos oásis<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20025,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20025%2C1.jpg" border="0" /></a>, mas lindos, dunas<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20010,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20010%2C1.jpg" border="0" /></a> de várias formas, algumas enormes, as pistas<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20011,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20011%2C1.jpg" border="0" /></a> são de fácil progressão e bastante suaves, estragando pouco os veículos que conduzimos e tal como na neve, por vezes dá mais gozo ir por fora de pista, onde o piso também é bom, mas onde o imprevisto, ou melhor, previsto salto, lomba ou depressão, deve levar a uma ainda maior atenção, para ser evitado.<br />Os animais durante o dia estão escondidos, vendo-se por vezes lebres ou raposas do deserto, quando os nossos jipes estão em rota de colisão com os seus esconderijos.<br /><br />Em relação a isto tenho uma estória para vos contar.<br /><br /><br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>ESTÓRIA<br /></strong></span><br />Um respeitoso cliente da <a href="http://www.saharateam.com/">http://www.saharateam.com/</a> , professor do Instituto Superior Técnico de Lisboa e motard nos tempos livres, cansado de tantos quilómetros, cheio de calor e farto de tentar evitar tanta erva camelo, resolveu entregar a sua mota a um dos enlatados (pessoa que viaja dentro dos carros) .<br />O jipinho em melhor condição para o acolher era o meu.<br />Hesitou um pouco, mas lá veio ter comigo, dizendo-me logo.<br />-<em>Sei a maneira como você conduz, mas peço-lhe o favor que não faça avarias e que vá devagar, pois tenho medo de andar de jipe</em> (foi a maneira polida, de me dizer "tenho medo da sua condução"), ao que eu acedi de boa vontade e tudo fiz para que o senhor pudesse descansar um pouco e que fosse comodamente instalado, liguei o ar condicionado e deixei de carregar no pé direito, passando a olhar mais para os lados,<br /><strong>mas</strong>… eis que na tal rota de colisão me surge uma lebre ….primeiro pensei só em a seguir, para a ver melhor, mas como ela cada vez me dava mais luta, mais velocidade e mais curvas apertadas, comecei a pensar como seria bom comer lebre ao jantar e a corrida ainda se tornou mais intensa, o professor. gritava ao meu lado, <em>pensando eu que era para me entusiasmar naquele</em> <em>principio de</em> <em>luta carro lebre</em>, em que a lebre estava a levar a melhor e a conseguir fintar-me com uma pinta danada.<br />Como os gritos se intensificaram e também já havia gritos no rádio, que eram do meu chefe, percebi então que o meu passageiro estava aflito com um possível capotanço do jipe e lembrei-me do prometido, abandonei a luta que foi prosseguida pelo meu amigo Didier que conseguiu vingar a minha derrota, indo a lebre directamente para a carrinha onde seguia o cozinheiro, com indicação do repasto.<br /><br />Ao fim do dia, já no acampamento, preparei-me para ir fazer um ensopado de lebre, <em><strong>é que</strong></em> eu gosto daquilo e já estava com apetite e qual o meu espanto, os mauritanos tinham deitado a lebre fora, e porquê? por ter acabado por morrer sem ter sido sangrada e assim não se pode comer, norma dos muçulmanos.<br /><br />Outra luta, esta de <em>índole religiosa</em>, esteve prestes a iniciar-se, mas os usos e costumes de cada um devem ser respeitados, assim os muçulmanos respeitem os nossos.<br /><br />Outro dos animais que também se vê e que hoje sei, devia ser o <strong>símbolo do Sporting Clube de</strong> <strong>Portugal</strong>, são as impropriamente chamadas iguanas e cujo verdadeiro nome é l<em>agarto egípcio de cauda espinhosa</em>.<br />Este bicho adora tudo o que é verde, comendo tudo e até papel dessa cor. Não mete água, pois dizem que se lhes der água morre.<br /><br /><strong>Lagarto, adora verde e não mete água</strong>--<br />-<em><strong>Sporting Clube de Portugal</strong></em>, porquê o leão?<br /><br />Deixemos isto, para vos contar aquilo que me fez fazer estes escritos.<br /><br /><em><span style="color:#cc6600;">Mauritânia</span></em>, paisagens douradas espectaculares<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20001,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20001%2C1.jpg" border="0" /></a>, cortadas por elevações cinéfilas, e onde de quando em vez se vêem acácias<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20018.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20018.jpg" border="0" /></a> com formas esculturais talhadas pelos ventos<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20003,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20003%2C1.jpg" border="0" /></a> e que fizeram de mim um fotógrafo de árvores, o que por vezes me faz sair das rotas, porque, “já ali” está uma acácia que parece diferente.<br />Mas o ”já ali”, é ainda maior que no Alentejo e o que parece já ali, está a grandes distancias, pois a grande luminosidade e uma atmosfera sem humidade, dão um máximo de transparência.<br />As cores são lindas, os oásis com os seus palmeirais deixam-nos ficar boquiabertos .<br /><br />É por isso que os estúdios de cinema são no deserto, tanto nos E.U.A. como até na nossa vizinha Espanha, onde no único e pequeno deserto europeu, o Deserto de Tabernas, também há um estúdio de cinema.<br />Mas não é só a luminosidade, os próprios cenários naturais de beleza indescritível, também são um dos motivos.<br />São estas belezas naturais que me atraem e me fazem ir tantas vezes ao Sahara e que fizeram com que tenha ido à Califórnia e não tenha tido tempo para ir a São Francisco.<br /><br /><br />Voltemos então à <em><span style="color:#cc6600;">Mauritânia</span></em>, onde fui pela primeira vez e onde vários jipes<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20015,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20015%2C1.jpg" border="0" /></a> com europeus, acompanhados por duas carrinhas com mauritanos, para nosso apoio nos acampamentos, percorrem quilómetros e quilómetros de bela vastidão e onde só de tempos a tempos surgem<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20024,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20024%2C1.jpg" border="0" /></a> como vida, alguns <a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20004,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20004%2C1.jpg" border="0" /></a>dromedários, que para ali foram trazidos para aproveitamento das pastagens.<br />Só podemos contar connosco, além da beleza natural não há mais nada, nem abastecimentos, nem combustíveis, nem nómadas, nem qualquer tipo de ajuda, dormida,<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20030,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20030%2C1.jpg" border="0" /></a> só em acampamentos.<br /><br />Sinto-me um <strong>explorador</strong>, e isto é ou não é <strong>uma aventura</strong> ?<br />Pois, mas já vos conto.<br /><br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>HISTÓRIA</strong></span><br /><br />No planalto de Adrar , perto de <strong>Guelb Richard</strong>, cratera feita de vários círculos concêntricos, sendo quatro os principais, uma das poucas formações da terra que se consegue ver a olho nu do espaço e se pensava, ter sido formada pelo impacte de um meteorito, sabendo-se hoje, ser uma formação geológica rara, provocada por um acidente tectónico circular, fica<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20007,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20007%2C1.jpg" border="0" /></a> <strong>Chingetti</strong>, a sétima cidade santa do Islão, com as suas mesquitas sagradas e muitas bibliotecas<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20008,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20008%2C1.jpg" border="0" /></a> e no meio fica <strong>Ouadane</strong>.<br />Estas cidades que foram esplendorosas desde a sua formação no sec. XII D.C. até ao sec XVII faziam parte da rota dos comerciantes nómadas que com os seus dormedários atravessavam os desertos, trocando aqui o ouro , marfim e âmbar da África negra por metais, sal, vestuário, perfumes e jóias da região do Maghreb.<br /><br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">OUADANE</span><br /><br />Ouadane era uma dessas cidades de comércio, chamadas “ksour”ou cidades fortificadas<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20006,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20006%2C1.jpg" border="0" /></a>.<br /><br />Constituída por três mil casas de pátio interior, das quais, só estão habitadas, hoje, quatrocentas, estando o restante em ruínas, localizadas em labirintos de ruelas estreitas e situada numa encosta do planalto do Dhar, confundindo-se ao longe, pela cor das casas, com o próprio planalto.<br /><br />Nesta cidade longe de tudo e do mar, que só tem acesso por pista e onde antigamente só se conseguia chegar em caravanas de dromedários, mas que era bem conhecida pela sua actividade científica e cultural e onde eu, na “minha aventura” estava mentalmente fazendo uma “expedição”,------ <strong>fundaram os portugueses <span style="color:#cc6600;">em 1487</span>, um centro comercial.</strong><br /><br />Na altura Portugal tinha 1500 000 habitantes e <strong>tão grande e longe fomos</strong>.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg_aventureiros%20005,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg_aventureiros%20005%2C1.jpg" border="0" /></a><br />Hoje com<br />10 000 000 , somos um pequeno país, que <strong>só </strong>o futebol agita.<br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">Aventureiros nós?<br />Sê-lo-íamos se esta viagem fosse no sec. xv, onde os nossos antepassados de facto o foram, elevando Portugal à potência mundial que fomos, mercê dos conhecimentos científicos possuídos.</span></strong><br /><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong><br /><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong><br /><br /><br /><br /><a href="http://freecounters-a3k.com/u/gaspar/"><img src="http://ctr.freecounters-a3k.com/counter/index.php?u=gaspar&s=7seg" border="0" /></a><br /><a href="http://freecounters-ask.com/u/gaspar/">Free </a><a href="http://freecounters-kdh.com/u/gaspar/">Hit </a><a href="http://freecounters-rdj.com/u/gaspar/">Counter</a><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-1148780779281568692006-05-28T02:25:00.000+01:002008-12-09T13:57:50.619+00:00<em><span style="color:#cc6600;"><strong><span style="font-size:180%;"><span style="font-size:85%;"><br /></span>ESTÓRIAS MOTORES RODAS E SAHARA</span><span style="font-size:100%;">.</span></strong></span></em><br /><br /><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/MENINOS%20284.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/MENINOS%20284.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"><span style="color:#cc6600;"><em><strong>Olá a todos</strong></em><br /></span><br /></div><br /><div align="left">Estou a começar este blogg, onde pretendo misturar as minhas estórias com os meus “hobbies” ou paixões – motores e motores ligados a rodas. </div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left">E conto-vos que já tenho um seguidor a quem deixar a minha frota: o meu lindo neto (os avós são assim). </div><div align="left"> </div><div align="left">Ele fica especado quando vê uma “bôta” (mota, na sua linguagem de ano e meio) e já faz comigo, ao meu colo e ao volante, 100 metros diários na rua onde moro, voltando para casa a pé (se contarem isto à GNR desminto). Claro que não tem trânsito e claro que não se deve fazer.</div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left">Mas ele não é o único a adorar motas (vejam a foto).<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogger%20005.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogger%20005.jpg" border="0" /></a></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><div align="left"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_5891.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IMG_5891.jpg" border="0" /></a>Sou médico e comecei a trabalhar há já algum tempo em expedições em África, numa empresa de eventos (<a href="http://www.ideiasnómadas.com/">http://www.ideiasnómadas.com/</a>) (digo, em vez de trabalhar a divertir-me, pois é norma das nossas viagens proibir as pessoas de terem contacto com doenças).</div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left">Tornei-me, modéstia à parte, num expert à minha maneira em desertos e também nas diferentes formas de estragar e atular jipes.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogger%20009.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogger%20009.jpg" border="0" /></a><br /></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"><br /></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"><br /><br /><br /><br /></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left">As minhas estórias penso que são giras, pois misturam a tentativa de ser perfeito e eficiente com as minhas muitas distracções.<br /><br />E quando é que eu me distraio? Pois quando estou a fazer uma coisa e a pensar em duas ou três outras ao mesmo tempo. Se eu pensar só numa coisa, o que estou a fazer sai bem.<br /><br />Vou começar pela minha última estória. E é pela última não porque a arteriosclerose me esteja já a atacar, mas pela urgência que esta estória implica.<br /><br />No sul de Marrocos, antigo sahara ocidental espanhol, situa-se o Cabo Bojador, dobrado pela primeira vez pelo navegador português Gil Eanes e que nós, na nossa romanceada História, pensávamos ser um lugar de difícil passagem devido a tempestades, mar revolto etc. <span style="font-family:verdana;">(<em>Quem quer passar além do Bojador/Tem que passar além</em></span><em><span style="font-family:webdings;"> </span><span style="font-family:verdana;">da dor</span></em>, disse Pessoa).<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20204.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/200/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20204.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br />Eu já passei por lá 6 vezes e vi sempre um mar muito sereno, onde eu próprio com um barco a remos (mas com motor) seria capaz de passear.<br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20199.0.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/200/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20199.0.jpg" border="0" /></a><br />Descobri, entretanto, pois não sou um expert em História, que o problema dos navegadores portugueses era o de que a sua progressão se fazia a bombordo (lado do barco donde se avista terra), pois no Bojador, como podemos ver pela fotografia, a profundidade do mar mesmo a centenas de metros da costa é muito baixa, e o perigo de encalhar era grande, e para o evitar tinham de se afastar demasiado de terra; caso deixassem de a ver havia <a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20223.2.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/200/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20223.2.jpg" border="0" /></a>o perigo de chegarem ao Brasil, que eles não sabiam que existia.<br />Esta baixa profundidade é hoje aproveitada por "armadores" sem escrúpulos, para abandonarem os antigos navios, não tendo em conta sequer a beleza natural desta baía, de água de cor indescritível.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%201491.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%201491.jpg" border="0" /></a></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left">Se o infante D. Henrique tivesse imaginado chegar ao cabo da Boa Esperança em 4X4, essa descoberta teria sido mais tardia mas mais segura, e o UMM teria sido fabricado mais cedo.<br /><br />Mais a sul de Marrocos situa-se a última cidade<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/AFRICA%20copy.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/AFRICA%20copy.jpg" border="0" /></a> marroquina, chamada Dakla situada já a muitos Km da capital do Sahara Ocidental</div><br /><div align="left">El Aaiún ou Layoune.<br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_7882.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IMG_7882.jpg" border="0" /></a></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"><br />Para sul de Dakla fica uma estrada estreita e com movimento quase nulo, com grandes rectas, que atravessa a terra dos nómadas levando-nos à fronteira da Mauritânia. <a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_7863.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IMG_7863.jpg" border="0" /></a><br /></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left">Pois foi a cerca de 120km para sul de Dakla que tudo começou.<br /><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_5853.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IMG_5853.jpg" border="0" /></a>Dois carros e um reboque com motas para os clientes do Saharateam seguiam à minha frente numa pasmacenta velocidade de 80 e por vezes 82Km/hora com alguns percalços que dão tempo para tudo.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_5759.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IMG_5759.jpg" border="0" /></a><br /></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><div align="left"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20810.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20810.jpg" border="0" /></a>Nesta estrada passo mais tempo a olhar para a esquerda, terra dos nómadas, e para a direita, o mar dos conquistadores portugueses, do que para a frente. <a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%201541.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%201541.jpg" border="0" /></a><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20351.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20351.jpg" border="0" /></a><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20159.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20159.jpg" border="0" /></a><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20793.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20793.jpg" border="0" /></a><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%201541.0.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%201541.0.jpg" border="0" /></a><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20220.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20220.jpg" border="0" /></a><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20136,1.0.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20136%2C1.0.jpg" border="0" /></a><br /></div><br /><div align="left"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20435.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20435.jpg" border="0" /></a>Pois diz-se que as palavras são como as cerejas, pois vamos então à estória.<br /><br /><br /><br /></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><div align="left">Mas antes e depois de ler o que atrás está escrito, <strong><span style="color:#cc6600;">fiquei com a sensação que vocês pensam que vou lá para sofrer.</span></strong></div><br /><div align="left">Nada disso. Nós só falamos do mau, pois vou mostrar-vos o lado bom.</div><br /><div align="left"></div><div align="left"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20038.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20038.jpg" border="0" /></a>Começo pelos pervilegiados que não fazem a tal estrada.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_5677.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IMG_5677.jpg" border="0" /></a><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20057.1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20057.1.jpg" border="0" /></a></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><div align="left"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20103.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20103.jpg" border="0" /></a>Continuo com os hotéis onde costumamos ficar. <a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20081.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20081.jpg" border="0" /></a> </div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20168.1.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20168.1.jpg" border="0" /></a>No deserto, por vezes, as coisas mais simples são fantásticas.</div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20328.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20328.jpg" border="0" /></a>Acampamentos? O que acham? <a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20330.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20330.jpg" border="0" /></a></div><br /><div align="left">O <a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%201262.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%201262.jpg" border="0" /></a>convívio é fácil e muitos são os temas de conversa </div><br /><div align="left">e o que aconteceu aqui no final não é o habitual. <a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%201264.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%201264.jpg" border="0" /></a>O habitual é criarem-se grandes amizades.</div><div align="left"><br /><div align="left"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20110.0.jpg"></a></div><br /><div align="left"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20110.0.jpg"></a></div><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%201268.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%201268.jpg" border="0" /></a><br /><div align="left"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20110.0.jpg"></a></div><br /><div align="left"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20110.0.jpg"></a></div><br /><div align="left"><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Felizmente o Dakar não passou neste dia<img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5121348300470965058" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin3jUku8ip4gGs_Sm5wta-Y96pp-NnmA1FiOTto85psjJdHCN7LvxpYYAvyoHexuxremJCVMH2jQJRjdCidViZJzlqjNVMN3A99Hf2TgshN8ohSoITOM_vpVSlFn6qQcQwmdgHOA/s400/foto_44034_2007-07-12_grande%255B1%255D%5B1%5D.jpg" border="0" /></span></strong></div>E com respeito a companhia, podem arregalar os<br /><div align="left"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20110.0.jpg"></a></div>olhos.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20110.0.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20110.0.jpg" border="0" /></a></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"><span style="font-size:180%;"></span></div><br /><div align="left"><span style="font-size:180%;"></span></div><br /><div align="left"><span style="font-size:180%;"></span></div><br /><div align="left"><span style="font-size:180%;"></span></div><br /><div align="left"><span style="font-size:180%;"></span></div><span style="font-size:180%;"><br /><div align="left"><br /><div align="left"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20110.0.jpg"></a></div><div align="left"> </div><div align="left"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20110.0.jpg"></a> </div></div></span>uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu<br />uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu<br />uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu<br />uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu<br />uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu<br />uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu<br />uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu<br />uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu<br /><br /><div align="left"><span style="font-size:180%;"><strong><span style="color:#cc6600;">Estória<br /></span></strong></div></span><br /><div align="left">Em terras de nómadas, onde só passa um carro de vez em quando e onde já sabem que eu às vezes por ali passo, foi criado o hábito que o carro que vem de frente acende os faróis. É capaz de ser para cumprimentarem, mas também pode ser para que tenham a certeza de que eu os vejo.<br /><br />Nessa estrada estreita e sem ninguém <strong>encontro na berma uma mota inglesa parada, com o motard completamente despreocupado</strong>. Passo por ele e penso 'será que o homem está com problemas? Se está e ninguém o ajudar, quando eu voltar para norte posso encontrar apenas os ossos'.<br />Inversão de marcha – resultado:<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_7887.1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IMG_7887.1.jpg" border="0" /></a> inglês mais velho que eu, com uma BMW um pouco mais nova que ele e que, devido à tempestade de areia, tinha areia nos carburadores. </div><div align="left">Como, não sei, mas penso que aprendeu que no deserto, quando está vento, não se desmontam motas e nós, sabendo isto, também não desmontamos nada, sorte do senhor pois com a nossa vontade de ajudar ele corria o risco de ficar com a mota definitivamente desmanchada por não sermos capazes de a montar.<br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">O bom samaritano resolveu ajudar o inglês.<br /></span></strong><br />Agarrou nele e nos sacos, e ainda no capacete, e tentou metê-lo no pequeno jipe que “roubou” à mulher, pois o dele é longo, bom, mas está estragado.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/P1039431.1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/P1039431.1.jpg" border="0" /></a><br /><br />Primeira manobra: tentar meter toda a mercadoria no atafulhado jipe.<br /><strong><span style="color:#cc6600;">Abri a bagageira e arranjei um pequeno espaço para meter o capacete.<br /><br /></span></strong><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogger%20004.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogger%20004.jpg" border="0" /></a>O inglês apercebe-se do problema, senta-se no banco da frente e coloca todos os seus sacos sobre ele.<br /><br />Voltamos para trás alguns quilómetros e encontramos muitas casas novas, numa aldeia bonita, mas nenhum habitante... <strong><span style="color:#cc6600;">mistérios de um território em organização</span></strong>.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_7889.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IMG_7889.jpg" border="0" /></a><br /><br />Lá voltamos nós mais 60Km para trás, o que em África não é nada, encontramos uma bomba de gasolina em construção, mas que já tinha telefone e onde um “expert” empresário marroquino tinha deixado um cartão de “dépanaje” reboque.<br />Combinámos por telefone, com o marroquino, para vir buscar o inglês à estação de serviço e a mota à estrada.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_7892.0.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IMG_7892.0.jpg" border="0" /></a><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Lá deixámos o inglês, que não sabia uma palavra de francês, em terras onde aquela gente não sabe uma palavra de inglês.<br /></span></strong><br />Viemos embora, com o agradecimento profundo do já nosso amigo motard e com a sensação do dever cumprido.<br /><br />O meu chefe de <span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>Ideias Nómadas</strong></span> fica muito nervoso quando a distância entre nós já não permite o contacto via rádio.<br /><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_5806.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IMG_5806.jpg" border="0" /></a>Eu já o imaginava de 10 em 10km a ver se tinha rede no telemóvel e depois a pensar que, afinal, ali não há rede.<br /><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogger%20008.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogger%20008.jpg" border="0" /></a>Tal como não há rede, também não há radares controladores de velocidade. Os carros da frente acendem as luzes e <strong><span style="color:#cc6600;">só é preciso cuidado com algumas dunas, que sabem que o asfalto não pertence ali,</span></strong> <strong><span style="color:#cc6600;">e com os camelos que, não percebo porquê, não estão sempre do mesmo lado da estrada. Até porque os dois lados da estrada são iguais… Porque é que passam dum lado para o outro?<br /></span></strong><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_6025.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IMG_6025.jpg" border="0" /></a>120 km de distância para o “boss” necessita de muito gás. E olho com tristeza para as boas fotos que não posso tirar, mas que tenho a esperança que já estejam arquivadas no computador, de outras viagens à Mauritânia, pois variar de estrada para este destino não é possível.<br /><br /></div><br /><div align="left">Ao fim de umas centenas de quilómetros para sul começo a ouvir na rádio a voz roufenha do grupo.<br />Estavam na última estação de serviço de Marrocos e já não podiam passar para Nouadibou, onde tínhamos um bom hotel marcado. A fronteira fechava ao cair da noite.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_0006.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IMG_0006.jpg" border="0" /></a> Calculei eu o motivo – não têm electricidade (é que toda aquela burocracia à luz da vela não deve ser fácil).<br /><br /></div><br /><div align="left">Comecei a pensar onde é que o grupo se iria alojar; sabia que a estação de serviço tinha quartos, mas… como seriam os quartos? No entanto, mais valia ficar num quarto do que numa tenda.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_5905.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IMG_5905.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/blogg1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/blogg1.jpg" border="0" /></a><strong>Não o entendeu assim um amigo meu que, na mesma viagem, em vez de levar um saco cama, levou por engano outra tenda, tendo assim dormido com duas tendas</strong>.<br /><a href="http://www.ideiasnómadas.com/">http://www.ideiasnómadas.com/</a> <strong>após reunião, resolveu com aprovação por unanimidade, cobrar apenas uma dormida, tendo considerado para situações futuras, "dormida em tenda envolto noutra".<br /></strong><br /><br /><br /><br /><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_5998.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IMG_5998.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br />.<br /><br />Pensei também na <strong><span style="color:#cc6600;">"comodidade" do banho e fiquei contente por o poder tomar a "solo".</span></strong><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_5961.0.jpg"><strong><span style="color:#cc6600;"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IMG_5961.0.jpg" border="0" href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_5961.jpg" /></DALIGN="LEFT"></span></strong></div></a><br /><div align="left">uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu<br /><br /></div><br /><div align="left">Parei o carro no que Alá transformou o destino daquele dia.<br />Mal o “boss” me viu, veio a correr para me dar a chavinha da suite, ou melhor, para aproveitar para me dar a “rabecada” pelo meu atraso. Eu desboquei, “<strong><span style="color:#cc6600;">passarem antes de mim pelo inglês e nem sequer pararam”, ofensa para o chefe que também é motard</span></strong>. </div><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IMG_5961.jpg"><br /><div align="left"></a></div><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/DSCF3140.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/DSCF3140.jpg" border="0" /></a><strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;">Abro a bagageira para levar a mochila para a suite e… espanto meu, seguido de ruidosa gargalhada, (só rimos da desgraça) ali estava o capacete do motard inglês que eu tinha deixado ficar 500km a norte</span></strong>.<br /><br />Ainda se alvitrou a devolução do capacete, mas como 500km mais 500km dá 1.000km, começámos a imaginar que em Dakla ele o conseguiria substituir, talvez por um penico de esmalte… (isto não é maldade, mas a situação deu para o divertimento).<br /><br /><br />Esta estória talvez sirva para conseguir <span style="font-size:130%;color:#cc6600;">devolver o capacete</span> e para saber se a resolução alvitrada se concretizou ou se o inglês teve o engenho e arte de arranjar melhor solução .<br /><br />Vou enviá-la a vários clubes de motards portugueses e depois de retrovertida em inglês para todos os clubes de motards ingleses, que para além de ficarem a conhecer as nossas actividades<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20990.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20990.jpg" border="0" /></a>,<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20540.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20540.jpg" border="0" /></a><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20615.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20615.jpg" border="0" /></a><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20611.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/VI%20EXP%20MAURITANIA%20CAIS%20MOTOR%20611.jpg" border="0" /></a> <a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20561.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/320/IPODEC%20MARROCOS%205-06%20561.jpg" border="0" /></a><strong><span style="color:#cc6600;">talvez tentem <span style="font-size:130%;">descobrir</span> o antigo dono do capacete.<br /></span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Eu tenho <span style="font-size:180%;">urgência</span></span></strong> nesta devolução,<strong><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"> pois agora tenho um bom capacete e não tenho mota…</span></strong> E caso acabe por ficar com ele o resultado final está-se mesmo a ver: amante de motores e de rodas, já estou a olhar para uma Suzuki 600, baixinha e sem carnagem, ou será que eu não ficaria melhor com uma KTM?<br /><br />Que Deus me dê juízo!!! E ao inglês também.<br /><br /><br /><br />Na restante viagem, como as fotos abaixo documentam, correu quase tudo bem.<br /><br />No TT, todos os dias são plenos de actividade, de acontecimentos e até porque <strong>parte-se quando se pode e chega-se quando se consegue</strong>, havendo sempre muitas estórias.<br /><br /><br /><span style="color:#cc6600;">xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx</span><br /><br /><div align="left"><span style="font-size:180%;"><strong><span style="color:#cc6600;">Querem mais estórias?</span></strong> </span></div><br /><div align="left"><span style="font-size:180%;"></span></div><span style="color:#cc6600;">xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx<br /></span><div align="left"><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>Ou preferem participar?</strong></span></div><br /><div align="left"><span style="font-size:130%;"></span></div><br /><div align="left"><a href="http://www.lisboadakar2008.blogspot.com/"><span style="font-size:180%;"><strong>www.lisboadakar2008.blogspot.com</strong></span></a></div><br /><div align="left"><a href="http://www.saharagrandedeserto.blogspot.com/"><span style="font-size:180%;"><strong>www.saharagrandedeserto.blogspot.com</strong></span></a></div><br /><div align="left"><span style="font-size:130%;"><strong></strong></span></div><a href="http://www.ideiasnómadas.com/"><span style="font-size:180%;"><strong>www.ideiasnómadas.com</strong></span></a><br /><div align="left"><span style="font-size:130%;"></span></div><br /><div align="left"><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong></strong></span></div><br /><div align="left"><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong></strong></span></div><br /><div align="left"><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>Stories, motors, wheels and Sahara</strong></span><br /><br /><span style="font-size:130%;">Hello every body!<br /></span><br />I am starting this blogg with a story, a true story, which <strong>I URGE</strong> to settle, because I am fond of motors and wheels. You’ll understand the urgency to resolve this on the lines below.<br /><br />Last Easter I was travelling once again to Sahara with some friends of my Saharateam <a href="http://www.saharateam.com/">http://www.saharateam.com/</a> when I crossed with an Englishman on the southest road of Morocco, near <strong>Dakla</strong>, far away from the late capital of West Sahara, <strong>Layoune.<br /></strong><br />Going south from Dakla there is a narrow road, with few traffic and long straight roads, crossing the nomads land and leading us to the Mauritanean border.<br /><br />Everything started 120km south Dakla. Two cars and a truck with motorcycles for the Saharateam clients were being driven at 80 or 82km/hour (high speed, as you see) and I was behind them.<br /><br />A sort of “rule” was established in that part of the desert, the first car puts the lights on, either to greet or for them to know that I’m there again.<br /><br />On that narrow road, with nobody, I find an English motorcycle, no worry on the face of the motard, and I think to myself “<em>may be this man is having some problems. If he is and nobody helps him, when I return north I will find only his bones</em>”.<br /><br />I made a u-turn and the result is: an Englishman older than me, with a BMW a little bit younger than him, with lots of sand in the carburettors due to a sand storm. I think he learned that in the desert, with wind, the motorbikes should not be dismantled.<br /><br />The good Samaritan decided to help the Englishman. He tried to put the bags and the helm in the back of the jeep with all the other luggage but… no chance. The little jeep was full. However, there was enough room for the helm. The Englishman sat on the right seat, with his bags over him.<br /><br />Driving back for some help we found many beautiful houses in a beautiful village, but… nobody. Going 60km further north we found a service station in construction, which had already a telephone and where an “expert” businessman had already left some cards for “dépanage” trucks. We ascertained with the “expert” businessman to pick up the Englishman at the service station, as well as the bike on the road.<br /><br />And there he stayed, waiting for the “rescue” and thanking me for the trouble, and I went again south to join my group.<br /><br />I drove the fastest I could to reach my team, my “boss” being already a bit upset and, after some hundreds of km south we finally reached the last service station in Morocco. We could not go any further, to Nouadibou in Mauritania, where we had an hotel booked, because the border was already closed – no electricity, and it was hard to do all that bureaucratic work with a lamp.<br />So we decided to stay in the service station, have a shower and sleep in the possible bedroom, while one of my friends preferred to camp.<br /><br />When I opened the back of the jeep to pick up my luggage I laughed to tears!!! Guess what I found – the HELM of the Englishman. I forgot it was in the back of my car, so did he.<br /><br />Now you can understand the problem I URGE to settle: either <strong>I find the Englishman</strong> and<strong> give</strong> <strong>him back the helm</strong> or, being fond of motors and wheels, I will have to buy a motorbike.<br /><br /><strong>Can you help me?<br /></strong><br />I have already seen a Suzuki 600, or should I buy a KTM? Because the helm I have already…<br /><br />May God help me to settle down… </div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"><a href="http://www.lisboadakar2007/"></a><span style="font-size:180%;"><a href="http://www.lisboadakar2008.blogspot.com/">www.lisboadakar2008</span>.<span style="font-size:180%;">blogspot.com</a></span></a></div><br /><div align="left"><a href="http://www.saharagrandedeserto.blogspot.com/"><span style="font-size:180%;">www.saharagrandedeserto.blogspot.com</span></a></div><div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-28227022.post-1147817331416127112006-05-16T23:08:00.000+01:002006-06-07T01:36:41.236+01:004X4 COMPETICION<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2603/2987/1600/jipe2.1.jpg"><span style="font-size:+0;"></span><span style="font-size:+0;"></span><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1<div class="blogger-post-footer">IDEIAS NÓMADAS. Organizadora de eventos.
Expedições, por enquanto, apenas em todo o planeta Terra</div>António Gasparhttp://www.blogger.com/profile/15626951700589820640noreply@blogger.com4