2009/04/10

A VIAGCor do textoCor do textoEM DOS BICHOS
Estou a começar a escrever esta estória no Aeroporto de Dakla, enquanto espero pelo avião que me levará a casa e augurando que esta aventura, ou melhor, algumas desventuras dela, tenham terminado.

O meu 4X4, somente devido à quebra de uma simples correia de ventoinha, entregou a alma a Alá. A “depanage” de Marrocos entrou em acção e eis-me assim privado do meu preferido meio de locomoção.

Esta viagem consistiu numa missão humanitária à Mauritânia, para onde IDEIAS NÓMADAS teve por incumbência levar medicamentos, roupa, calçado, material escolar e instrumentos de higiene para crianças e algum material de puericultura, que foram entregues preferencialmente nas aldeias por onde habitualmente o Rali Dakar costuma passar, áreas essas que sofreram economicamente com a estúpida forçada anulação do rali, que a intolerância fundamentalista da má interpretação do Corão acabou por obrigar.

















O meu jipito antes da chegada à Mauritânia queimou a junta da cabeça do motor, acabando por ter que ser rebocado para sul, até à fronteira entre Marrocos e a Mauritânia, onde o deixei à “guarda” do exército dos dois países.














Quando regressámos tornámos a rebocá-lo agora para norte até Barbas, albergue, bomba de gasolina, entreposto de venda de peixe e marisco, restaurante, etc., e que dista apenas oitenta quilómetros da fronteira.












Todo o grupo, coitado, durante um dia, fez somente poucos quilómetros do acampamento que instalámos junto à fronteira e até Barbas, o que até em parte para foi bom, pois assim descansaram da enormidade de quilómetros diários a que esta missão nos obrigou, e que se deveu ao facto de a burocracia para a legalização dos medicamentos que levávamos para distribuir nos ter atirado para três dias de espera na capital da Mauritânia, aonde, nos nossos planos, nem tencionávamos ir o que para mim acabou por ser bom por me permitir fotografar com tempo Nouakshot e tanto tempo tive que até pombos fotografei a beber água na piscina do hotel.
Nouakshot

Se quiserem saber mais sobre toda a viagem desta missão procurem em

Primeira estória

Mas já agora conto-vos o meu primeiro encontro com o desagradável nesta viagem, e a razão do título desta estória.
Um dia de manhã, no caminho para o norte da Mauritânia, após termos dormido na noite anterior num acampamento no Sahara, comecei a sentir uma impressãozita nos dedos do pé, fiquei desconfiado mas não liguei, mas passado um bocadito a certeza era absoluta, dentro da minha bota estava algo que mexia e só podia ser um bicho.

-Páre o jipe por favor Francisco, gritei eu para o condutor do veículo onde eu seguia, pois tenho um bicho dentro da bota e já a estou a tirar e não queremos que o animal fique no carro.

Mal o jipe pára, saio de imediato e já com o atacador desatacado, retiro a bota, bato-a com força na areia com o cano virado para baixo esperando que de lá saia a razão do meu incómodo, mas sem qualquer resultado.
Olho para o interior da bota e nada vejo. Meter a mão lá dentro, conjecturo que é arriscado e algo repugnante.
Será que estava enganado e que nada lá está dentro? Penso que não e volto então a executar a mesma manobra de bater na areia, com a bota virada para baixo, mas aplicando mais energia.

Finalmentedo seu interior, sai aparentemente todo contente, o causador da nossa paragem.

Um grilo, que sai de facto todo jovial, a correr pela areia, a bandear-se e a fazer curvinhas e cujo prazer aparente, penso, se deva à liberdade alcançada e não ao cheirinho do interior da bota.

No acampamento da noite anterior, para nossa surpresa apareciam grilos de todo o lado, grilos esses que mostravam uma total independência, parecendo saber para onde se dirigiam, cruzando-se sem embaterem, não se importando com os humanos, nem tendo qualquer medo deles e encaminhando-se e alcançando-nos numa atitude de tira-te daí que quero passar e que se metem em todo o lado, não se importando com as pauladas que lhe damos para os desviar e que devido à sua teimosia ou determinação continuam no azimute traçado, mantendo a sua velocidade acelerada de chegar a ……!!!!

Da próxima vou seguir um grilo
Mas o meu grilo parecia ter um comportamento diferente, mantinha a mesma pressa, seguia numa determinada direcção, em linha recta, mas cambaleava e vacilava no caminho, curvava e retomava o mesmo trajecto.
Será que o cheirinho no interior da bota dopou o bichinho?

VIAGEM PARA DAKLA

Accionada a assistência em viagem ainda da parte da manhã, esta chegou às dezanove horas, o que é um verdadeiro milagre em terras tão inóspitas.

O trajecto que me esperava era cerca de trezentos quilómetros até Dakla, e àquela hora e sem nada no caminho, cuidei logo do jantar que aquele “oásis” me proporcionaria e que evitaria o “Ramadão” nocturno, para o qual não fui programado.

Após o jantar, consegui ainda persuadir a boa vontade do condutor a dormirmos naquele albergue e a partir apenas de madrugada, pois já estava a ponderar o que me aguardava.

O chefe achou que eu estava já a abusar da boa querença do Marroquino e até porque o chefe não acredita nas minhas "vidências" e lá tive de partir de noite, para norte, fazendo uma prece a Alá, para que não acontecesse ao marroquino o que me estava já acontecendo a mim, o sono, que acabou por me vencer pois não resisti a toda aquela escuridão da cabine e de ir a olhar para uma recta de dezenas de quilómetros, que não conseguia enxergar, pois o “reboque” tinha como luzes de máximo, umas luzes tipo médios com uma das lâmpadas fundida e como nada acontecia e a visibilidade era nula ajudada pela neblina do mar, que nos acompanhava ali mesmo ao nosso lado esquerdo, lá adormeci na “poltrona” do camião arruinando um pouco mais a minha já desgraçada coluna.
Outra estória:
Quando estamos a dormir há pouco tempo e nos acordam, dá-nos a ideia que foi naquele preciso momento que nos deixámos dormir. Pois foi isso mesmo que me aconteceu, sem ter noção de quanto tempo tinha passado e esta sensação foi agravada com um despertar de uma intensidade arrepiante e aterradora, que não quero voltar a experimentar por ter sido de uma veemência horrível a horripilância vivida.

Este violento despertar deveu-se a ter sentido movimentos sobre o meu pé esquerdo, uma espécie de arranhar na bota, o que me deixou ficar apreensivo, mas pensei de imediato, que era algo no chão da cabine do camião que rolara para o meu pé e tentei voltar a dormir.
Mas como podia algo que rolou, e numa recta, mexer assim?

Fiquei subitamente intimidado e olhei para o pé, mas a escuridão era tal que não permitia avistar fosse o que fosse.
Pensei então em pedir ao camionista para acender a luz da cabine, caso a tivesse, quando repentinamente, sinto algo que mexe bem vivo ao longo da minha perna esquerda e aí tive a certeza absoluta, de que só podia ser uma cobra.

Tenho horror àqueles bichos e, naquele sítio, em pleno deserto do Sahara, até poderia ser uma cobra peçonhenta, uma daquelas de cabeça triangular e de língua de fora, com duas presas no maxilar superior, prontinhas a espetarem-se na minha perninha.

Prego um grito e estupidamente e instintivamente estico violentamente a perna, pregando um pontapé no tablier do carro, o que podia ter assustado a cobra, tendo ela agora o motivo para injectar o seu brutal veneno na minha perninha e logo ali, num lugar sem qualquer socorro e com os medicamentos deixados no nosso camião em Barbás .

Com o meu berro e o barulho do pontapé no tablier do carro, o marroquino assusta-se e dá uma guinada no volante, o que projecta o camião para a esquerda, seguida de outra guinada do volante para a direita, voltando eu a sentir a mesma impressão, mas agora na perna direita, pois a outra estava esticada, quase junto ao pára brisas e os meus gritos voltaram a aumentar.

Foi uma sensação claustrofóbica, porque não podia fugir, associada a medo, repugnância, horror e aversão, agravada por ter sentido todo o contacto do bicho com a minha pele, pois o que trazia vestido eram apenas uns calções,.

É uma cobra, c’est une cobre stop, stop .arrete.

O meu horror e o medo de uma morte tão estúpida, como se a morte não fosse sempre estúpida, impeliu-me para abrir a porta do camião e mandar-me em voo para a estrada, o que não consegui, pois devido à escuridão, não consegui encontrar o manípulo da porta, nem consegui ver a cobra no chão da cabine do camião, nem afastar-me dela, pois não sabia onde estava, embora eu, já nesta altura, me encontrasse de joelhos em cima do banco.

O marroquino, penso que sem perceber o que se passava, mas tendo a certeza de que se tratava de algo de grave, pára violentamente o camião o que me projecta para a frente, ele abre a porta e salta da cabine para a estrada e eu, que tentei não cair em cima da cobra apoiando-me no tablier, volto para o banco, onde me tento pôr de pé, o que me força a bater com a cabeça no tecto do camião, de seguida rastejo pelo banco e atiro-me em voo, logo a seguir ao camionista e pela porta por onde ele saiu.

Por sorte não consegui abrir a porta do meu lado, pois o pavor que sofri era tanto, que saltaria com o camião em movimento, o que seria uma escolha errada, sendo preferível a cobra, caso ela não me picasse.

Mesmo assim a queda ainda foi grande, imaginem um salto partindo de cócoras de cima de um banco do camião e caindo em desequilíbrio em cima do duro asfalto.

Felizmente aprendi a cair, tantas já foram as quedas que tantas situações já me proporcionaram e por isso daquele incidente só resultaram uns arranhões e uma valente equimose no ombro esquerdo.
Levantei-me de imediato e corri para a frente do camião, para observar atentamente com a única luz possível, se a minha perninha, apesar de não ter sentido nada, tinha algum sinal de picadela, que tanto podia ser dois sulcos profundos no caso das cobras peçonhentas ou vários orifícios pequenos provocados pelas cobras de dentes pequenos e iguais.
Aforunadamente só apresentava os aranhões provocados pelo raspar da perna no asfalto.

-Monsieur q’est ce que c’est, pergunta-me o condutor do camião.

C’est une cobre, une grande cobre, disse eu, só então pensando que não sabia dizer cobra em francês.
-C’est um reptile um grand réptil une snake et il est dans l’intérieur du camion. Il m’a touché et tourné ma jambe.

Soube mais tarde que a palavra cobra “snake with a hood” é utilizada graças aos Portugueses internacionalmente para denominar a Cobra Capelo desde os tempos das descobertas marítimas, em que Portugal, na altura a maior potencia mundial, criava vocábulos para o mundo.

Eu em francês devia ter bradado couleuvre

Mais valia portanto ter gritado COBRA pois cobre em francês tem precisamente o mesmo significado que em português.
O desentendimento mantinha-se e nada melhor há do que a mímica para um bom viajante internacional.
O meu bracinho começou então a imitar o ondular do corpo da cobra e a minha boca guinchava o sopro vuuuuu que a as cobras fazem quando também têm medo e antes de morderem.

Imaginem uma noite de breu e um desgraçado com dor na perna braço e ombro a fazer teatro para outro, mal iluminados pelo farol de um camião, de madrugada longe de tudo e todos e imaginem as caras de incredulidade de ambos.

Trata se de uma cena penosa, hilariante, que gostava de ver representada.

Agora o marroquino já tinha percebido a situação mas tal como eu não entendia o desfecho da mesma, pois tínhamos uma cobra dentro da cabine do veículo que nos impossibilitava a saída daquela estrada por onde não passa ninguém.

Lembrei-me, então, de ir ao meu carro buscar uma lanterna para vermos o bicho e no meu pensamento engendrava a forma de nos libertarmos, bicho e nós, de tal situação.

Mas a situação não era de fácil resolução porque depois de a conseguir ver, como retirá-la?

Em outro lugar pensar-se-ia numa cana ou num pau comprido, mas no deserto não há árvores.

Encontro a lanterna e entrego-a ao marroquino, o camião era dele e eu achava-o com mais competência para lidar com cobras.

Mas como pensam que foi o desfecho do enredo?
Ele devolve-ma, porque tem medo de cobras.

Isto é que está aqui uma mariquice, filho da mãe do marroquino.

Bruto agarro na lanterna, abro com cuidado a porta do veículo, sentindo então todos os meus pelinhos do corpo a erguerem-se devido ao calafrio que esta conjuntura me acarretava e com a lanterna já apontada para o chão do camião olho com atenção e rapidez para o seu interior, consigo apenas distinguir um saco de plástico preto, vejo então ao lado do saco um vulto negro e grosso.

Pronto ali estava o bicho causador de tal estrago.

A cobra?

Qual cobra.

Quatro ou cinco lagostas que o marroquino tinha comprado em Barbas, penso que para revender, pois eles fazem dinheiro com tudo (como mais à frente irão ler) vivas, colocou-as dentro de um saco entre mim e ele, tendo uma delas caído para cima do meu pé, do que resultou as antenas terem roçado na minha perna imitando a tal cobra que o pensamento forjou.

Não avisam, não pensam e só um coração forte como o meu resiste, e até ver, a estes espaventos.
O RESTO DO TRAJECTO EM DIRECÇÃO A DAKLA

Retomámos o andamento e passados umas dezenas de quilómetros o marroquino pára o camião junto a um estaleiro com tractores com pá frontal, que têm como função retirar a areia que teima e com razão ocupar o elemento estranho daquelas paragens que é a estrada, sai e dirige-se para as traseiras dele e volta com um jerrican vertendo do seu interior gasóleo no nosso veículo.
Pergunto:
-É do seu patrão?
Resposta:
-Não, eu é que sou "amigo do guarda"..........

Esquemas! Só engendrais para ganharem mais.

É outra forma de aproveitamento do alheio.
Mais uma centena de quilómetros paramos numa estação de serviço para um franco convívio de meia hora com parlatório em árabe com trocas comerciais de franco agrado mútuo e chá que nem necessário foi pagar e com direito a factura de gasóleo sem ter havido abastecimento, ou antes abastecimento houve, mas na estrada.

Mais cem quilómetros e repete-se o ritual na segunda bomba de combustível. Pelos vistos não parámos mais vezes por só haver duas estações.

Resultado: Deixei de dizer mal da linha da CP do Oeste onde trajectos de cem quilómetros em um pouco mais de duas horas são de facto francamente mais rápidos apesar disto acontecer num país onde se irá construir um TGV com um trajecto de apenas trezentos quilómetros para poupar vinte minutos em tal trajecto.

O Hotel

Às três horas da madrugada lá cheguei às minhas acomodações, um hotel que à primeira vista me cheirou logo a espelunquice.
Retirei o meu jipe do reboque, pois sabia que tinha de ali permanecer cerca de quarenta horas e o jipe funcionava sem problemas atestando-o de água de trinta em trinta quilómetros.

Subi ao quarto, tratava-se de um apartamento com cozinha que tinha apenas um frigorífico e uma mesa e cadeiras de plástico, estava tudo limpo, mas havia uns insectos rastejantes que não me preocuparam pois não tinham aspecto de querer dormir comigo.
Pus o computador a receber fotografias para o disco externo, despi-me, pensei em tomar banho mas estava tão cansado que adiei para a manhã seguinte.

Já deitado olho para as paredes e verifiquei que tinha como companhia alguns mosquitos e mais de cem moscas.

Levantei-me, claro que aborrecido e fui à recepção em cuecas (não faço a mínima ideia do que os muçulmanos pensam de tal acto) para pedir insecticida, pois preferia dormir com algum veneno do que com todo aquele esvoaçar.
O Porteiro e guarda do meu carro e o recepcionista tinham desaparecido, chamei, fiz barulho, bati em portas, nada e de repente aparece uma mulher e então agora eu, em trajes menores, mas pensam que ela se preocupou, o pior é que ela só sabia falar árabe.
Lá tive de recorrer à mímica, com a mãozinha a pulverizar e a boquinha a fazer chchchch e a árabe não me compreendia.

Eu só em cuecas agarro-lhe na mão, claro que nem me lembrei que não se pode mexer na pele das árabes, consequência um gritinho histérico com um abanão tal como se tivesse apanhado um choque eléctrico, mas entendeu-me e foi comigo ao quarto e percebeu então o que eu queria, se calhar devido ao meu olhar de ódio para com as mosquinhas, mas não havia insecticida.

Agora quero mudar para um apartamento com menos moscas e a saharaui volta ao corredor comigo para recorrermos à mímica da imitação da chave na porta do outro quarto.

A árabe percebeu, mas, para ela agora eu queria dois quartos e portanto tinha de pagar mais.
Passei-me e propositadamente toquei-lhe na mão para acabar com a contenda e ela lá me foi buscar a chave.
O outro quarto só tinha insectos rastejantes e lá dormi deixando a roupa e tudo o resto no outro quarto.
Acordei já de dia levantei-me a pensar no que mais me irá acontecer e dirigi-me à sanita e espanto meu sentado nela os meus pés ficavam no ar no interior da base do chuveiro.

Olhei para observar a casa de banho e de facto ela tinha espaço suficiente para ter tudo de forma diferente não necessitando de tal anomalia, mas eu na Mauritânia também já estive numa casa de banho num hotel de chinguetti, onde a água do autoclismo estava ligada à canalização da água quente, intentos de engenharia do Sahara.

Mas logo a seguir percebi a intenção de tal arte, é que não havia papel higiénico, portanto e então era só levantar e ficar no chuveiro, que foi o que fiz.

Mas agora no duche a quantidade de água que deitava era só um fiozinho. Molhei-me, pus champô e ensaboei-me e abri novamente a água e agora o fiozinho ainda parecia menor.

Reparo então numa torneira por baixo do cilindro eléctrico e lembrei-me que no camião para poupar água, o Victor deixa a torneira quase fechada e pensei que aqui fariam o mesmo, pelo que fui à torneira virei-a para um lado e deixou de deitar água e virei para o outro e também não deitava.

Transformei então a torneira numa ventoinha tal a ansia de obter a águinha, mas nada.
Penso então em ir para o outro apartamento embrulhado no lençol de banho, mas não havia lençol de banho, visto as cuecas e aí vou eu e mal saio deparo logo com outra árabe que andava a fazer a limpeza, mas desta vez eu não estava em trajes menores, estava apenas mascarado de homem ensaboado.

Entro no outro apartamento onde claro também não havia água nem lençol de banho mas onde eu ainda tinha t-shirts limpas que utilizei para tirar o sabão.

Mas já agora pensem no vosso aspecto após porem champô no cabelo e não haver água para o tirar.
Vesti-me, agarrei nas minhas coisas e fugi para outro hotel pois ali não ficaria na segunda noite que teria que passar em Dakla.

No caminho para o outro hotel que conheço de paragens anteriores e para onde não fui por o marroquino me ter garantido que estava esgotado. descobri um novo hotel que me pareceu um paraíso colocado em tais paragens, é dirigido por uma senhora francesa ajudada pelo seu marido, é novo, esteticamente muito bonito, fica em cima da praia e do exterior a fachada

parece apenas um miradouro para o mar, é uma maravilha de organização e um paraíso para os pescadores desportivos e para mim foi uma dádiva

Aquilo do primeiro hotel foi mais um esquema dos Marroquinos, no recebimento de percentagens.
Ideias Nómadas quando costuma escolher hotel sabe bem quais os hotéis onde os seus clientes podem ficar e quando pedimos a assistência em viagem pedimos alojamento no Sahara Regency e foi-nos dito que estava esgotado o que vim a verificar não ser verdade.

DAKLA Permaneci à espera de avião um dia e uma manhã em Dakla, que fica numa península que dista vinte e cinco quilómetros da costa africana e que tem um clima ameno com pequenas variações de temperatura entre a noite e o dia e em terras saharauis.